Dirceu Ayres
Uma equipe de médicos de Miami enxertou células-tronco em um coração de um homem que havia sofrido um infarto, com o objetivo de fortalecer o órgão. A técnica pode significar um avanço significativo nesse tipo de tratamento. A cirurgia, que foi feita após cinco anos de estudos em animais, foi realizada nesta quinta-feira (17) no Hospital Jackson Memorial de Miami (UM) em um cubano de 56 anos que --junto com grupo de outros 44 pacientes-- será submetido nos próximos meses a uma série de testes de avaliação. "Trata-se da primeira tentativa de reparar tecido danificado no coração de um paciente com células-tronco extraídas de células ósseas da própria pessoa", afirma Joshua M. Hare, médico cardiologista, chefe da Divisão Cardiovascular da Universidade de Miami. “Estamos muito, muito otimistas’, disse Hare, destacando que se trata de um assunto de enorme transcendência para a medicina por ser “um enorme problema da saúde pública em todo o mundo”“. Devido aos infartos, "milhões de pessoas possuem tecidos danificados em seu coração", relembrou. As provas e exames previstos em 45 pacientes, que serão separados em grupos de 15 para que sejam injetadas maior ou menor quantidade de células, ou mesmo placebos, devem proporcionar uma conclusão definitiva em final de 2009. "O êxito irá permitir de imediato evitar transplantes de coração, um órgão que apenas 5% dos pacientes que necessitam de um transplante conseguem", acrescentou Hare. Juan Zambrano, cardiologista equatoriano e professor de medicina cardiológica da Universidade de Miami, também participaram da operação. "Estamos bem otimistas que vai funcionar, temos visto como se desenvolve esse processo nos animais, com um sistema muito similar aos humanos. As células-tronco se integram a outras células do coração e podemos segui-las e identificá-las para ver como funciona", afirma. Zambrano explicou que as células que são enxertadas no coração que sofreu infarto são "células-tronco mesenquimatosas, que são obtidas na medula óssea". Após serem extraídas da pessoa, elas são desenvolvidas por seis semanas até chegarem a quantidades entre 20 milhões e 200 milhões de células e "são injetadas nas áreas do coração do mesmo paciente, onde existe uma área que foi danificada por um infarto ou ataque cardíaco prévio", acrescentou. O processo de pesquisa e aplicação é apoiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, segundo os médicos. Segundo os estudiosos esse tipo de procedimento está muitíssimo avançado e já não é experimental. É sim, muito trabalhoso e depende e vai depender sempre de uma equipe de médicos altamente treinados e que trabalhe sempre para melhorar a Medicina evoluindo sempre em estudos e experimentos. As pessoas que receberam as células experimentais estão passando muito bem e sem rejeição nenhuma. Breve estarão longe dos Médicos e dos hospitais.
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