Dirceu Ayres
Cerca de 300 estudantes de diversos cursos da Universidade de São Paulo (USP) se reuniram na tarde desta terça-feira para pedir a permanência da Polícia Militar na Cidade Universitária. A manifestação, que ocorreu na Praça do Relógio, no perímetro do câmpus, foi uma resposta aos manifestantes que protagonizaram o conflito com a PM na última quinta-feira, 27, e acabaram invadindo um prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), onde permanecem acampados. Às 17h08, a manifestação desta tarde tomou forma com a chegada de um carro de som, que estacionou na frente de uma base da Guarda Universitária. Cartazes anunciavam a principal bandeira dos manifestantes: "Eu estudo na USP e sou a favor da PM no câmpus", dizia um deles, em letras garrafais. O movimento foi organizado por um grupo de cerca de dez alunos, que mobilizaram os participantes por meio de redes sociais. Antes do início da manifestação, a página que os representa no Facebook contava com mais de 1.200 seguidores. Marina Grilli, 22 anos, integrante do 2º ano do curso de Letras da FFLCH, criou o espaço na internet. Hoje, ela apareceu na Praça do Relógio para clamar por segurança. "Queremos a PM no câmpus, os policiais estão aqui para cumprir a lei", disse. "Enquetes em redes sociais confirmam que somos maioria". Maconha ─ Os estudantes que protagonizaram o conflito com a PM na semana passada, e passaram a ocupar as dependências do prédio da administração da FFLCH, se reuniram no vão do prédio do curso de História no fim da tarde desta terça-feira. O motivo da reunião: dar sequência aos protestos que pedem a retirada dos policiais do perímetro do câmpus. Enquanto alunos esgoelavam frases como "Fora PM! Abaixo a repressão!" num microfone conectado a caixas de som, outros sentavam-se no chão e bebiam cerveja. Às 19h30, num gramado bem perto do lugar reservado aos oradores, e também nos mezaninos do prédio, dezenas de alunos esfarelavam maconha nas mãos, enrolavam cigarros e fumavam à vontade. A reunião, que promete virar a noite por conta do feriado de Finados no dia seguinte, foi regada a drogas. Até o início da noite, a polícia não tinha aparecido no local.
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