sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O vice-almirante Aragão ressuscita na figura do general Gonçalves Dias

                            
      Dirceu Ayres


A 6ª Região Militar, com sede em Salvador (BA), conta com o mais novo ‘general do povo’, uma réplica do vice-almirante Cândido da Costa Aragão que liderou o motim dos Fuzileiros Navais em 64, sendo um dos artífices da desordem institucional que imperou no governo do ex presidente João Goulart. O general Marco Edson Gonçalves Dias comandante da 6ª Região Militar sabe ser convincente. É agradável no trato com as pessoas, adora um bolo de aniversário e chegou a cair num chororô ao receber o mimo dos policiais amotinados. A atitude considerada leviana pelo Exército e a própria presidente da república, Dilma Rousseff, lhe custou a chefia da operação ‘acalma minha gente, que o andor é de barro.’ E quebrou, realmente! Aquele bolo erguido no alto como um troféu, o fez lembrar-se dos tempos de general de divisão ajudante de ordens do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carregar a bolsa da primeira dama do país, - primeira dama gastadeira, que só sabia gastar exorbitantemente com cartões corporativos, acobertados ‘por segredo de estado’; e nada tendo feito pelo país, nos oito anos de mandato de seu marido, - foi um privilégio concebido como poucos, em sua carreira militar. - Obrigado, meu ‘novo amigo’! Abraçou um dos rebeldes, sendo cercado e aplaudido pelos amotinados. Ele faz parte dos chefes militares considerados ‘disciplinados’; isto é: covardes, na gíria popular! Enquanto o bolo era fatiado pelos comensais, - o primeiro pedaço reservado para o líder da rebelião, ex soldado expulso em 2001 por liderar uma rebelião semelhante à atual, o estado da Bahia era incendiado pela inoperância dos policiais militares. Comércio sendo fechado por ordens de marginais, arrastões, ônibus virados com passageiros dentro, motoristas de carros particulares tirados à força dos veículos sob a mira de arma de fogo de policiais militares, mortes generalizadas em todo o estado, e a assembléia estadual invadida por policiais e familiares, prejudicando os trabalhos dos deputados. E ainda surgem elementos aplaudindo essa desordem, pelo fato dos amotinados serem militares. Esse tipo de corporativismo não conta com a minha simpatia. Eu defendo a instituição militar, não os que se prevalecem dela para caminharem na contra mão da história. Militar não faz greve. E nem leva pânico à população! Quando os bombeiros fizeram greves no Rio de Janeiro, - ilegais, é bom que se entenda, - não atentaram contra a segurança das pessoas. Foi uma manifestação pacífica, com passeatas no Centro e concentração em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Mas a cidade não ficou desprotegida. Onde houve acidente ou incêndio, lá estavam os bombeiros prestando socorro. Quando alguém se afogava, lá estava um bombeiro para socorrer a vítima. Essa responsabilidade levou o país inteiro a torcer pelos grevistas! Bem. O motivo desse texto não é desejar felicidades ao ilustre militar, nem lamentar a sua dispensa da função que exercia até a primeira mordida no bolo de aniversário. Quero alertar para algumas de minhas matérias que venho postando no site, chamando a atenção para o plano já em plena execução, idealizado pelos comuno-petistas. O plano consiste em causar uma desordem institucional completa no país e colocar as Forças Armadas em xeque. Enfraquecê-las até perderem a confiança da nação. Os generais simpatizantes do governo, - ‘chicos do PT’, - e a oficialidade jovem que aos pouco vem sendo cooptada, darão todo o respaldo à intervenção que se avizinha. E o país vai para as calendas! O governo bolivariano de Hugo Chávez perderá longe da futura República Popular do Brasil em que se transformará o país. O pavilhão nacional será substituído pela bandeira da estrela solitária. Um novo hino nacional será composto em parceria com os puxadores de samba, músicos da MPB, compositores de músicas sertanejas e os mestres do FUNK. E um leve ritmo marcial será incrementado ao novo hino, para levantar o moral dos milicos. Milicos frouxos que estarão ao lado do novo governo! Este alerta pode ser confirmado no artigo publicado hoje pelo jornalista Jorge Serrão no seu site Alerta Total. Não sou vidente para prever acontecimentos, mas intuo as coisas como qualquer cidadão que está antenado com os fatos do dia a dia. Até a minha diarista, uma simples moradora da favela do Morro Santa Marta, percebe o que está acontecendo; menos, é claro, os que se locupletam das benesses do poder! O país vive um verdadeiro caos. Muito mais caótico do que os vividos nos anos 60 / 70. Desordem na política com quedas quase que diárias de ministros de estado e secretários de governo, denúncias que comprometem a cúpula do judiciário, o parlamento caindo de podre com políticos sujos que saem e voltam carregados nos braços do povo, subversão nas polícias militares, e as FFAA desestruturadas, com seu material sucateado e a tropa passando necessidades financeiras; mas sendo convocadas para apagar o fogo, ou se queimarem de vez! Este descalabro acontece no nariz de três comandantes militares fracos, que atuam como umas galinhas mortas; omissos, bajuladores e lenientes. Casos de desvios de conduta nos diversos escalões das FFAA são denunciados pela imprensa, e não se coíbem os delitos. ‘Pequenos deslizes!’, - devem pensar os comandantes militares. E fica tudo como dantes no quartel de Abrantes! Disse o ex presidente da República para os três comandantes militares: “- Se demoro mais um pouco no governo passarei a chamá-los ‘camaradas’! Tratamento dado aos companheiros comunistas na antiga URSS. Mas não será preciso esperar 2014 para o ex presidente voltar ao Planalto e acariciar seus ‘camaradas’! Eles já se entregaram. São simpatizantes do socialismo bolivariano de fato e de direito! José Geraldo Pimentel Cap Ref EB Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2012

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