Dirceu Ayres
Ontem, as ONGS estrangeiras comandaram um verdadeiro ataque contra a democracia brasileira, utilizando modernas estratégias de marketing. É a batalha contra o Código Florestal, a primeira grande reforma feita no Brasil nos últimos anos, coordenada e comandada pelo Congresso Nacional. No twitter, lançaram uma hashtag denominada #vetatudodilma. Esta rede social, tentando evitar a manipulação dos resultados, bloqueou a expressão. Junto com a hashtag, as ONGS estrangeiras acionaram os famosos "robôs", usuários fakes. Cada um é capaz de enviar 300 mensagens até ser identificado pelo twitter, que o bloqueia. Mas o estrago está feito. Quase uma hora depois do início do tuitaço, a coordenação do protesto alertou em plena rede que o twitter estava bloqueando #vetatudodilma e que os participantes deveriam trocar para #dilmavetatudo. Em dois minutos, a expressão, puxadas pelos "robôs", chegou ao segundo lugar nos "trends", o ranking das expressões mais usadas. No dia anterior, as ONGS estrangeiras haviam publicado um anúncio a cores no Estadão, a um custo de R$ 200 mil, usando a assinatura da presidente Dilma Rousseff e pedindo que ela "assinasse" o veto ao Código Florestal. Na semana anterior, atacaram um enquete da revista Globo Rural, a mais importante do agronegócio, lançando novamente os seus "robôs", fazendo com que um levantamento sem valor científico fosse transformado em propaganda. Como venceram a enquete, o slogan era: nem os ruralistas são a favor do Código Florestal. A revista Globo Rural, alertada, colocou o seu editor-chefe, Bruno Blecher, a baixar o nível contra internautas, mesmo diante da falcatrua que estava sendo cometida. Não é o primeiro jornalista que, mesmo comendo pela mão da agropecuária, ataca o setor. Virou modismo ser contra o Brasl Rural. Por fim, no dia de ontem, o ápice da campanha. Camila Pitanga (veja post logo abaixo) pediu o veto de Dilma ao vivo, traiçoeiramente, dentro de um evento onde a presidente estava como convidada, sem poder controlar o cerimonial. Mas quem são estas ONGS estrangeiras que atacam a soberania do Brasil e a democracia do nosso país? Vejam, abaixo(cliquem sobre os mesmos para ampliar; ou use ctrl+), um documento da ABIN que analisa a atuação das mesmas em Belo Monte. São as mesmas que atacam o Código Florestal. Hoje a revista Veja publica uma matéria em que afirma, em seu título, que Dilma é mais ousada que Lula. Que estaria fazendo reformas que o antecessor não teve coragem de fazer. A presidente peitou as ONGS estrangeiras em Belo Monte. Segundo as pesquisas, em vez da sua popularidade cair, subiu. O que significa que a pauta ambientalista é puro marketing, pois o povo sabe muito bem de onde vem a comida que enche a sua barriga. Ontem, uma pequisa mostrou que mesmo que 94% dos brasileiros tenham sensibilidade aos temas ambientais, apenas 3% ligam os nossos problemas à agropecuária. Quase dez vezes mais culpam a indústria e, nisso, estão cobertos de razão. O nosso país tem 61% do território coberto por vegetação nativa, um número que ninguém pode ostentar. Tem porque cuidamos e preservamos. Apenas 27,7% do nosso território é usado pela agricultura. Sabem quantos porcento do país é dos índios? 14%! Dilma Rousseff tem a caneta na mão. Tem a prerrogativa democrática do veto. È seu direito. Mas também tem da aprovação integral do Código Florestal. Resta saber se a presidente que peitou os bancos vai enfrentar meia dúzia de ONGS internacionais e dois adversários políticos - José Serra e Marina Silva, favoráveis ao veto - ou se vai ficar ao lado de 5,3 milhões de produtores rurais que garantem um quarto do PIB, um terço dos empregos, 40% das exportações e mais de U$ 20 bilhões de superavit primário por ano. A escolha é dela.
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