Dirceu Ayres
Ontem, segundo a imprensa por culpa da "bancada ruralista", que poderia mudar o seu nome para "pancada ruralista" de tanto que apanha dos artistas, ativistas e jornalistas, a PEC do Trabalho Escravo não foi votada. A verdade é que só não foi votada porque permite que um fiscal do Trabalho decida por si o que é trabalho escravo e, autuando um proprietário, exproprie a sua propriedade. Isso é o estado da arte do totalitarismo. É a cubanização completa do Brasil. Defendida pelo PT, pelo PSOL, pelos artistas, ativistas e jornalistas. Agora leiam abaixo a matéria de ontem no Jornal da Globo. Aí a gente pergunta: vão confiscar a construtora que usava mão-de-obra escrava para fazer casas do Minha Casa, Minha Vida? Será que o governo federal não deveria fiscalizar melhor onde bota o seu dinheiro? Onde estão os maiores antros de corrupção deste país? É lá no rancho, no sítio, na fazenda ou é nas barbas da Maria do Rosário? Fiscais do Ministério Público do Trabalho encontraram 90 trabalhadores vivendo em condições precárias no interior de São Paulo. Eles trabalhavam na obra de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, em Fernandópolis. Imagens feitas por um celular mostram a agonia do trabalhador Antônio Marcos Ferreira Silva, de 39 anos. Ele sofreu um infarto depois de caminhar, debaixo de sol forte, por mais de dois quilômetros para receber o pagamento. "Ficaram de trazer a gente e não trouxeram, aí resolvemos vir andando. Ele falou que estava se sentindo mal, foi caindo morreu, logo, menos de 10 minutos ele morreu logo", conta o amigo da vítima, José Djalma.
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