Dirceu Ayres
Contudo, tucano cogita escolher para sua vice o secretário municipal do Verde, Eduardo Jorge SÃO PAULO - O PV formalizou nesta quinta-feira, 10, em ato na Câmara Municipal paulistana a aliança com a pré-candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. As lideranças verdes afirmaram que a adesão não está condicionada a receber o posto de vice na chapa de Serra. Tampouco a cargos no governo, apesar de Serra cogitar escolher o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), para a vice. E de o tucano ter dito na ocasião que conta com quadros do PV novamente na administração, caso seja eleito. Serra recebeu apoio dos verdes no Salão Nobre da Câmara Municipal "Nosso impulso não foi esse (fortalecer a candidatura de Eduardo Jorge à vice). Nossa ideia era tornar pública que estamos dispostos a conduzir o governo Serra/Kassab de novo à Prefeitura. Não falamos de nenhum espaço (na equipe), mas no processo certamente falaremos. Se for vontade do Serra que a gente colabore de alguma maneira, analisaremos de forma coletiva", disse o presidente nacional do PV, José Luis Penna. "Até queremos (continuar na pasta de meio ambiente), mas não é para ser posto agora."Os diretores verdes disseram que não farão qualquer negociata de cargos. Eduardo Jorge afirmou que não reivindica ser vice. E evitou revelar se pretende se desligar da Prefeitura no mês que vem, a tempo de se desincompatibilizar para a disputa. "A decisão que o Serra tomar pra gente não muda nada", disse Jorge. A adesão do PV à pré-candidatura de Serra teve a articulação de Kassab, que esteve presente na cerimônia. O prefeito também quer indicar um vice do PSD. Serra preferiu adiar para o fim de junho a escolha do vice. Segundo o tucano, ainda é cedo para analisar que pastas os verdes poderiam ocupar. "Isso dá confusão", disse Serra. "O apoio do PV para nós tem um significado não apenas político-eleitoral. Tem um significado ideológico, uma vez que há identidade de idéias quanto à importância da batalha do meio ambiente." O presidente municipal do PV, Carlos Camacho, disse que o apoio a Serra é uma forma de evitar ameaças à democracia. Desde a eleição de Serra à Prefeitura em 2004, o PV controla a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. O prefeito Gilberto Kassab (PSD), sucessor de Serra, deu ao PV a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. "Acho natural que a gente seja convidado a continuar no governo. É gratificante poder realizar no Executivo, você tem ações concretas. Não há nenhuma condicional no apoio, mas expectativa a gente tem", disse o ex-integrante do primeiro escalão de Kassab e pré-candidato a vereador Marcos Belizário. "Entendemos que o vice será escolhido no momento político correto. Talvez outros partidos que ainda não vieram tenham nomes melhores. Todos vão opinar." Na corrida ao Legislativo, o PV caminhará com chapa pura de vereadores, sem coligação proporcional com os tucanos. Minuta. O diretório municipal do PV entregou a Serra um documento intitulado "A Revolução Verde Para São Paulo" com 11 propostas do programa da legenda para a capital paulista. É importante incorporar sugestões de vários partidos ao futuro programa. São partidos diferentes que vão chegar a um programa comum. “E o Serra é o fiador desse programa”, disse Eduardo Jorge. Serra prometeu investir em educação ambiental e pediu aos verdes que elaborem um plano para recuperação das florestas paulistanas. Felipe Frazão, do estadão.com. br
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