segunda-feira, 14 de março de 2011

Moça de Minha Terra



                               Dirceu Ayres
Moça de minha terra,
Quem dera ser um poeta
Com grande inspiração,
Numa linguagem correta
Fazer de choro canção,
De riso fazer gemido
E com espírito sabido        
De um Dirceu especial                
Saindo de minha boca       
Prestigiar essa moça          
Nas festinhas de Natal.

Nesta terra de Alagoas      
Pertinho do além Mar              
Rodeada de lagoas             
Convida todos a ficar         
Terra de povo valente
Deixa feliz muita gente         
Que aqui vem passear.     
È terra onde primeiro
Os povos de cativeiro
Se danaram a festejar.

Só que minha pobre moça           
Bela, forte e bem gentil,
Acha minha idéia pouca    
Pois sou mesmo é varonil.                
Tem ela o corpo composto
Igual caminho do sertão
Tem bronzeado o rosto
E um vestido de algodão         
A alvura dela encanta;         
Como água do cacimbão.


Ela que é moça decente            
E tem muita educação      
Quase que constantemente
lhe apareça um Ricardão.
Passeando displicente
Nas ruas ou no calçadão,
Sem magoar essa gente
Nem arranjar confusão
Fala bem suavemente
Sem dizer um palavrão.

É simples, muito singela,
Porém tem grande valor,
Quem vive pertinho dela,
Tem um anjo protetor.
Ela que tem pele fina
Igual donzela granfina
Que tem muita educação.
Nem tem dedo envergado,     
Seu dedinho é arrumado      
Como o amor no coração.      

Se olhar bem a gente nota
Nela um jeito diferente         
Seu sorriso a gente gosta,  
Desse que enleva a gente    
É boa, amável e bonita
E quando coração palpita
Querendo arranjar xodó,
Tem uma espécie de feitiço
Sem precisar de artifício     
De maquiagem... Nem pó.            

Uma mocinha tão brejeira     
Que em armadilha não cai
Prefere morrer solteira        
Não desgosta ninguém mais.        
Só satisfaz minha vontade
Se eu lhe der a liberdade
Que conheço muito bem
Essa moça tão arrumada
Que sabe sofrer calada
Não vai gostar de ninguém.       

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