quarta-feira, 9 de março de 2011

A PERIFERIA

                                               Dirceu Ayres
MORADOR DA PERIFERIA
Para começar, eu gostaria de dizer que se uma autoridade lesse meus escritos eu ficaria em maus lençóis. Pense, se eu for chamado para falar a respeito e ele dissesse: - Defina "Periferia. Bom, ele mandou, mas, vou consultar o  Aurélio. Lá diz que periferia é: Urb. Bras. “Numa cidade, a região mais afastada do centro urbano.” Logo, é um vocábulo geográfico e não econômico social. Então, a Barra e o Francês com seus mega condomínios e Vilas luxuosas com suas mansões são considerados periferia. Conclui-se que “periferia” é antes de tudo um termo incorreto que algum bastardo bolou para se referir às localidades pobres. O culto é à pobreza e não à periferia. Isso esclarecido, o jogo é assim. Essa apologia estabelecida pelo estado e pela mídia encerra um aspecto cruel e perverso. A lógica é simples. Já que o país não cresce e as pessoas não melhoram de vida, eles tratam de convencê-las de que isso não é tão ruim. A coisa funciona assim: já que não se pode tirá-los da meleca vamos convencê-los de que é digno estar na meleca. E o pior: dotá-los de orgulho de estarem na miséria. É isso aí: ser pobre é legal, diria qualquer Político Municipal, estadual e ou federal. Quem sabe assim ficam quietinhos, já que o Estado não pode cumprir com sua obrigação de fazer o País evoluir. Até aí nada de novo. Lavagem cerebral é uma coisa usual neste país. O problema é que esta tática comporta efeitos colaterais indesejáveis. O primeiro é o aumento da auto-estima, uma coisa até positiva se não ocorresse um efeito paradoxal. O que está acontecendo, na prática, não é só o contentamento resignado com o “status quo” de não melhorar de vida. Com o orgulho da pobreza, o moral dos “Manos” está inflado de tal forma que, ao invés de proporcionar dignidade, provoca, por ignorância e maldade, uma libertinagem que não respeita o próximo e que, num ponto extremo, culmina com os crimes que vêm acontecendo. O motivo é que esta tática abarca o discurso de vitimização abençoado pela esquerda e carreia a idéia de que existe um salvo Conduto para a postura agressiva e Zagaliana (postura de Zagalo) do: “Vocês vão ter que me engolir. Afinal, são vítimas da sociedade”. Todo o processo, claro, turbinado pela impunidade, essa instituição nacional. Como diria meu filho... “Tá ligado”?. Outra característica do culto à pobreza é a exaltação de Projetos de inclusão sociais geralmente ligados à arte e ao esporte. Não sei se escrevo que é enganoso ou enganador, mas com certeza posso usar que é Politicamente correto ser contra essa vitimização das classes mais pobres. Como se não bastasse explorá-los no Ano de eleição, enganá-los, usá-los e se aproveitar de sua ingenuidade honesta. Agora entenda, morar na periferia não é morar nos bairros luxuosos, quando eles falam periferia, quer dizer Pobreza mesmo. Quando se refere à gente pobre sem nada mesmo, na pior. É da PERIFERIA. Essa de torcer a verdade, modificar para dificultar a compreensão dos menos letrados é digno da maestria deles, Políticos e interesseiros que trabalham com muito afinco, mas... Para ajudar de mesmo, seus parentes, amigos e correligionários, Úfa. Basta, precisa parar e quanto mais rápido melhor. Vou respirar.

Um comentário:

  1. OLÁ AMIGO.
    O SEU PROBLEMA CONTINUA E O SICÁRIO FEZ UM COMENTÁRIO NO MEU BLOG SOBRE ESSE GOOGLE. TEM QUE TER UMA SOLUÇÃO PORQUE SE A MODA PEGA ESTAMOS FU. QUANTO À PERIFERIA AGORA TEM OUTRO NOME TAMBÉM BASTANTE USADO, MAIS ATÉ PELOS PRÓPRIOS MORADORES. "COMUNIDADE".

    ABS DO BETO.

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