sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

E na cracolândia em SP....


      Dirceu Ayres

A PM paulista está fazendo uma limpa na área da Cracolândia no centro de SP. Um trabalho que na verdade não passa de cosmética limpeza da região para dar uma satisfação à opinião pública que a anos vem pedindo às autoridades que tomem providências sobre a venda e o consumo de crack naquela região. Sabemos que a especulação imobiliária é um ponto determinante para que o poder público acabe com a cracolândia. O centro velho de SP está em uma fase de reurbanização e revitalização, o projeto Nova Luz. O projeto visa a revitalização urbana e comercial de uma região em que a maioria dos imóveis e edifícios são de arquitetura lindíssima e sub utilizados ou abandonados. Uma cidade como São Paulo onde o espaço para crescimento já está em vias de acabar precisa e muito de projetos que visem a recupação de áreas que ficaram esquecidas pelo progresso e ocupadas pelo sub mundo da humanidade. Tem muita gente dizendo que a retirada dos "nóias" da região é apenas especulação imobiliária e presepada pré eleitoral. Concordo, é mesmo um movimento pré eleitoreiro com interesses financeiros. Mas já é alguma coisa. Só quem já passou por aquela região tem condições de saber que havia passado da hora de se colocar um fim naquele ponto de consumo e tráfico de drogas. São Paulo é a maior cidade do país e não pode conviver com essa situação. O problema do Crack é bem maior que a especulação imobiliária ou alguns votos a mais. É um problema social que transforma o usuário em um lixo humano, um farrapo auto destrutivo que é usado pelos traficantes para manter a especulação financeira do tráfico de drogas e pelos políticos de oposição, que na verdade não fazem porra nenhuma para ajudar na solução desse problema, mas são rápidos em acusar e apontar erros e "abusos aos direitos humanos" cometidos pela prefeitura. Na verdade o direito por lá é dus manos. O que a prefeitura de SP fez foi limpar uma região dos viciados e espalhar todos pela cidade, o que seria bem mais fácil de controlar por estar concentrado em um único local, agora pulverizou pela cidade e o que já era deficitário, saiu do controle de vez. Antes tinha "nóia" só nas ruas, Santa Ifigênia, Aurora, Vitória, dos Andradas e baixos do Minhocão, agora tem por todo canto. O problema do crack só acaba quando o estado brasileiro parar de papo furado e partir para cima dos traficantes com vontade e leis que realmente punam quem trafica drogas. Tem consumidor porque tem traficante. E certamente que ninguém em governo algum tem interesse em acabar com o tráfico de drogas, que entre outras coisas, financia campanha política de muita gente que está no poder. O tráfico que "sustenta" parcela da polícia e até do judiciário. Só não ve quem não quer. Enquanto acusam a prefeitura de estar atuando na cracolândia por conta da especulação imobiliária, muitos dos que acusam querem manter o crack por conta da especulação financeira que ele movimenta. E assim vai o jogo de empurra onde no meio ficam os coitados excluídos socialmente que servem apenas de massa de manobra dessas raposas safadas chamadas de políticos. E falar que viciado é problema de saúde pública é muito simplista. O vício antes de mais nada é um problema social que se não tiver controle adequado e leis bem feitas para punir quem trafica e responsabilizar quem usa acaba se tornando problema de saúde pública. E o estado omisso no controle de drogas acaba se tornando refém dessa situação. E na campanha pré eleitoral de 2010 dona Dilmarionete prometeu acabar com o crack, até camiseta de uma pseudo campanha ela chegou a vestir. E passado pouco mais de um ano, não vimos porra nenhuma em matéria de combate ao crack por parte do DESgoverno fedemal. E isso por sí prova que qualquer droga no Brasil de hoje não passa de oportunidade eleitoral. Foi assim na campanha para presidente e está sendo assim na campanha para prefeitos. E união no combate as drogas ninguém fala. É cada um para sí e a sociedade no meio. E na verdade, não existe interesse algum por parte da classe políticanalha em acabar com as drogas. Quanto mais gente drogada, bebada, burra e alienada mais fácil é a perpetuação no poder. E se você não é polítco, não usa drogas, não bebe, não é alienado pelo futebol e nem assiste ao BBB... Ou tá morto, ou tem pobrema no celébro!! E Phoda-se!!!

Ministério se contradiz ao explicar manobra com verba do São Francisco

                               
     Dirceu Ayres

Um dia após confirmar ao 'Estado' o pedido de remanejamento da recursos da transposição, Integração negou em nota que pretendesse trocar valores de uma obra para outra BRASÍLIA - O Ministério da Integração Nacional se contradisse nesta sexta-feira, 6, ao buscar explicar a tentativa de retirar recursos da transposição do Rio São Francisco para direcionar dinheiro a uma barragem em Pernambuco, berço político do ministro Fernando Bezerra Coelho. Em nota divulgada nesta tarde a pasta nega que a intenção tenha sido trocar diretamente recursos de uma obra para outra, mas outro comunicado enviado na quinta-feira, 5, pelo próprio ministério ao Estado afirmava ter ocorrido o pedido de remanejamento de recursos do São Francisco para atender à barragem Serro Azul, na Zona da Mata Pernambucana. Bezerra está em situação delicada devido à paralisia das obras da transposição do São Francisco e ao favorecimento de seu estado na liberação de recursos. Veja também: Em nota divulgada nesta tarde o ministério tenta negar a informação de que a pasta tentou retirar R$ 50 milhões da transposição para destiná-los à barragem de Serro Azul. "Não é correto afirmar que houve solicitação do Ministério da Integração Nacional para remanejamento direto de recursos do Projeto de Integração do Rio São Francisco - PISF para a Barragem de Serro Azul. O que ocorreu, de fato, foi uma solicitação de ajustes em diversas programações do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, com redução de valores em várias ações do PAC (incluindo PISF) e acréscimos de valores em outras ações (incluindo Serro Azul)." Na quinta-feira, porém, o próprio ministério admitiu que o pedido era de uma troca direta entre as duas obras. "Foi necessário envio de solicitação ao Congresso Nacional para alteração da proposta orçamentária visando incluir recursos suficientes para a execução da barragem de Serro Azul para o exercício de 2012. Os recursos propostos para a suplementação adviriam de ações alocadas no âmbito do Projeto de Transposição do Rio São Francisco", diz nota enviada ao Estado. A retirada de recursos da transposição do São Francisco foi barrada pelo Congresso Nacional por pressão da bancada do Nordeste. O ministério argumenta que tirar R$ 50 milhões da obra não impactaria o ritmo de execução das obras. O Estado procurou o ministério para explicar a contradição nas notas, mas ainda não obteve retorno. Eduardo Bresciani, de O Estado de S.Paulo

O andor de Bezerra não vai livrar Pimentel da procissão dos pecadores federais

                           
   Dirceu Ayres


O caso está encerrado, decidiram Dilma Rousseff e Fernando Pimentel, ambos grávidos de ansiedade pelo pronto engavetamento das histórias muito mal contadas que envolvem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O caso está mais aberto que nunca, avisa o artigo de J. R. Guzzo na última página da mais recente edição de VEJA, reproduzido na seção Feira Livre. Como registra o texto, a chefe do Executivo ─ provavelmente animada com as festas da virada do ano ─ nomeou-se comandante também do Legislativo e do Judiciário para dispensar de quaisquer esclarecimentos aos três Poderes o velho parceiro de comunismo & clandestinidade. “Se quiser falar, ele fala”, resolveu o neurônio solitário. “Se não quiser, ele não fala”. Má idéia, alerta o texto de J. R. Guzzo. Se optar pela mudez seletiva, Pimentel vai anexar uma silenciosa confissão de culpa à pilha de provas e evidências que denunciam a presença, no primeiro escalão federal, de um ex-prefeito de Belo Horizonte que, antes de virar ministro, embolsou pelo menos R$ 2 milhões traficando influência fantasiado de “consultor”. Como a fila dos vigaristas federais não para de andar, o ministro e a presidente aparentemente acreditam que o andor ocupado por Pimentel na procissão dos pecadores já cruzou a zona de turbulência e foi substituído pelo que hospeda o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Logo saberão que se enganam. No momento, o inventivo pernambucano que combate inundações no Sudeste plantando barragens em currais eleitorais no Nordeste lidera a luta por espaço no noticiário. Mas o duelo será equilibrado pela iminente divulgação de outro lote de maracutaias protagonizadas por um ministro do Desenvolvimento que não consegue encontrar explicações para o próprio desenvolvimento financeiro. Caso tivesse juízo, Dilma aproveitaria a farsa da “reforma ministerial” para livrar-se do duplo abraço de afogado. Como a superexecutiva de araque não sabe a diferença entre manifestações de autoridade e chiliques de debutante que errou na escolha do vestido de baile, talvez prefira manter no emprego esses anões morais paridos pela Era da Mediocridade. Onde o país decente enxerga dois sócios remidos do clube dos cafajestes, Dilma vê um par de patriotas com a cara do Brasil que reinventou em parceria com o padrinho Lula. Faz sentido. Desde janeiro de 2003, as coisas mudaram muito nesses trêfegos trópicos. O cinismo eleitoreiro e a ganância de agiota, por exemplo, viraram virtudes. Augusto Nunes

PSB leva o dinheiro para tragédias, acaba com as férias da Dilma e cala a Oposição.

                

     Dirceu Ayres

A oposição, representada pelos governadores Antônio Anastasia (PSDB-MG) e José Richa (PSDB-PR) viraram reféns do PSB e saíram em defesa dos desmandos do ministro Fernando Bezerra (PSD-PE), na Integração Nacional. Do outro lado, Dilma teve que voltar correndo das férias para contornar a crise. O PSB está podendo. O PSDB está morrendo. O Palácio do Planalto teve de atuar nos bastidores para evitar que um mal-estar relacionado ao PSB se tornasse uma crise institucional com o partido aliado. A legenda comanda o Ministério da Integração Nacional, pivô do desconforto político e alvo de críticas por conta dos critérios de distribuição de verbas contra enchentes. A versão de que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, voltara de férias na última terça-feira para fazer uma intervenção branca na pasta provocou dura reação do ministro Fernando Bezerra e fez com que a presidente Dilma Rousseff determinasse a divulgação de uma nota negando a interferência. A negativa, porém, não foi suficiente para colocar um ponto final no incômodo. Em entrevista coletiva, Bezerra mandou um recado claro: "O que nós não podemos aceitar é a perda de autonomia do Ministério da Integração. Ou sou chamado para cumprir uma tarefa com atribuições bem definidas ou não me chame para cumprir meia tarefa". A declaração foi dada anteontem, quando a chefe da Casa Civil já havia tornado pública a nota repudiando a hipótese da intervenção. Conforme a Folha apurou, porém, Dilma não ficou nada satisfeita ao ser informada de que tanto o titular da Integração quanto seu secretário executivo estavam fora de Brasília justamente num momento em que as chuvas atingiam seriamente cidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ela também não gostou de ver notícia na imprensa dando conta de que a pasta teria privilegiado Pernambuco no repasse de verbas. Por isso, a presidente determinou que Gleisi chamasse o ministro para explicar reportagem do "Estado de S. Paulo" segundo a qual 90% da verba do programa da Integração Nacional foram repassados para Pernambuco, Estado do ministro e de seu padrinho político, o governador Eduardo Campos (PSB). A insinuação de privilégio irritou a cúpula do PSB, em especial Eduardo Campos, um dos negociadores da liberação de recursos. Levantamento feito pela Folha mostrou que 95,5% da liberação de pagamentos assumidos em 2011 para o programa de prevenção de enchentes foi para Pernambuco, Estado que, em 2010, vivenciou um dos piores desastres naturais de sua história por conta das chuvas. Ontem, o Planalto fez questão de dizer que a destinação dos recursos fora feita com o consentimento de Dilma, em evento público realizado ao lado de Eduardo Campos. A informação foi dada justamente para ajudar a distensionar os ânimos. A confusão acabou reacendendo uma disputa velada entre PT e PSB. Aliados históricos, a relação dos dois partidos nunca foi tranqüila. Petistas desaprovam o fato de o ex-presidente Lula ter ajudado Campos a se tornar politicamente capaz de concorrer com o partido na disputa pela Presidência em 2014.(Da Folha de São Paulo) Abaixo, comentário de Dora Kramer em sua coluna de hoje, no Estadão: O tucanato em geral, o senador Aécio Neves e área de influência no PSDB em particular pegaram leve, com críticas quase protocolares, no caso das consultorias de Fernando Pimentel porque o ministro da Indústria e Comércio foi e ainda é potencial aliado em Minas Gerais. A fidalguia se repete com o ministro da Integração Nacional porque Fernando Bezerra é aposta eleitoral do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sonho de consumo do PSDB e de quem o presidente do partido, Sérgio Guerra, é firme aliado. Posto assim o cenário, o PSDB não tem moral para dizer que o PT atua com foco exclusivo na disputa eleitoral, contribuindo para a deterioração da prática política no tocante ao exercício democrático do contraditório. O PT coopta e estrangula a oposição, é verdade. Mas a oposição se deixa docemente estrangular. Aposta na articulação de bastidor em detrimento da relação com a sociedade. Mesmo do ponto de vista das artimanhas políticas essa é uma forma esquisita de se conduzir: divide-se internamente e, em relação aos governistas, prefere a composição à oposição.

Ministro da Integração tentou tirar verba da transposição do São Francisco

               
    Dirceu Ayres


Reportagem do 'Estado' mostrou que as obras de transposição estão abandonadas em diversos lotes e que parte do trabalho feito já começa a se perder Parte da obra de transposição já começa a se perder BRASÍLIA - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, tentou tirar R$ 50 milhões do Orçamento de 2012 da obra de transposição do rio São Francisco para destinar recursos a uma barragem em Pernambuco, seu berço político. A tentativa foi feita por meio de ofício encaminhado em outubro de 2011 ao Ministério do Planejamento pedindo uma realocação de recursos para destinar o montante à barragem de Serro Azul, na zona da mata pernambucana. A manobra foi barrada pelo Congresso durante a votação do orçamento O Estado mostrou em dezembro passado que as obras de transposição do rio São Francisco, principal empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste, estão abandonadas em diversos lotes e que parte do trabalho feito já começa a se perder. Até novembro de 2011, somente 5,2% do orçamento de 2011 destinado à transposição tinha sido executado. A ação do ministro para tirar dinheiro da principal obra de sua pasta reforça as acusações de uso político do cargo devido à destinação prioritária de recursos do ministério a seu Estado, onde tem pretensões eleitorais e é apadrinhado do governador Eduardo Campos (PSB).O pedido de remanejamento feito pelo Ministério da Integração chegou oficialmente ao Congresso no dia 6 de dezembro de 2011. A justificativa enviada aos parlamentares é que a mudança era necessária para incluir Serro Azul no PAC. A construção desta barragem é comandada pelo governo de Pernambuco e tem custo estimado de R$ 350 milhões. A certeza da aprovação era tão grande que outros R$ 4 milhões até então destinados a Serro Azul foram realocados. Por questões burocráticas, todos os pedidos de mudança têm de ser feitos pela pasta interessada ao Ministério do Planejamento. Foi este que encaminhou a solicitação ao Congresso.A bancada do Nordeste, porém, não aceitou a mudança. Os parlamentares ficaram irritados porque o ministério nem sequer justificou o motivo da redução de recursos da transposição. "Nós mobilizamos a bancada do Nordeste contra isso. O ministério deve ter as prioridades dele, mas a transposição é a prioridade do Nordeste", afirmou o deputado Efraim Filho (DEM-PB). Ele e mais dois colegas apresentaram emendas pedindo a recomposição dos recursos da principal obra para a região. O relator responsável por analisar o orçamento da Integração, José Priante (PMDB-PA), chegou a apresentar um parecer acatando a sugestão do ministério, mas recuou diante da pressão dos nordestinos e manteve em R$ 900 milhões a previsão de recursos para a transposição em 2012.Em nota enviada ao Estado, o ministério argumenta que retirar recursos da transposição "não impactaria o ritmo de execução do projeto" devido ao estoque de empenhos realizados. Segundo o ministério, a obra tem recursos empenhados de R$ 1,2 bilhão referentes a restos a pagar de anos anteriores e ultrapassaria R$ 2 bilhões disponíveis levando-se em conta o orçamento de 2012. A pasta reafirma a prioridade da transposição. "O Projeto São Francisco, que compõe o Programa de Aceleração do Crescimento, é a maior ação estruturante no âmbito do eixo de Recursos Hídricos e conta com o compromisso do Governo Federal na conclusão da obra e na retomada de um ritmo acelerado de execução no primeiro trimestre de 2012" Sobre a barragem de Serro Azul, a pasta afirma ser essa a "maior obra do sistema de contenção de enchentes da zona da mata pernambucana". Em entrevista coletiva na quarta-feira, 4, o ministro afirmou que pode recorrer a créditos extraordinários para atender à obra. A assessoria da pasta afirma que se forem destinados novos recursos à barragem eles serão "provenientes do PAC". Eduardo Bresciani, do estadão.com. br

Ele é governo, mas uniu a oposição. Ele é "o" candidato a presidente do Brasil.

               
  Dirceu Ayres

Tchau, Aécio Neves. Tchau, Sérgio Cabral. Tchau, PSDB. Tchau, PMDB. Eduardo Campos, governador do Pernambuco e presidente do PSB são o mais poderoso candidato a presidente do Brasil para os próximos anos. Peitou a Dilma, calou a boca do PT, botou os governadores de oposição atingidos pelas tragédias das chuvas a defendê-lo em praça pública, mesmo que o dinheiro que deveria ser dos seus estados tenham ido para os cofres do pernambucano. O "galeguinho dos zóio azul" saiu forte diante de uma oposição covarde e sem representação. E ainda proferiu uma frase lapidar para um bando de governadores frouxos e incompetentes: "não posso ser culpado por ser eficiente". Leiam, abaixo, entrevista concedida à Folha de São Paulo. Folha - O ministro da Integração privilegiou Pernambuco em detrimento de outros Estados, como Minas e Rio? Eduardo Campos - Não é isso o que dizem os governadores de Minas e Rio. Eu não sei o que os outros Estados fizeram e não posso ser culpado por ser eficiente para resolver problemas das enchentes. Estou fazendo obras para evitar mais acidentes e salvar vidas. A que o sr. atribui as críticas? Há tragédias ocorrendo no Rio e em Minas. Eu vivi isso e estou tenso pela chegada das chuvas. No caso do nosso Estado, pegaram meia informação. Passou a impressão que todo o recurso de Defesa Civil foi para Pernambuco. Não é verdade. Foram R$ 25 milhões de R$ 31 milhões, negociados com a presidente e anunciados em evento público, com imprensa presente. Alguns jornais disseram que houve intervenção da ministra Gleisi, da Casa Civil, na Integração por conta dos desastres em Minas e no Rio. Isso criou mal-estar no governo. Isso é conversa. A presidente, tocada com as notícias de Minas e Rio, diz que a ministra volte para Brasília e ordena que a Casa Civil negue que haja uma intervenção no Ministério da Integração. Não há tentativa de desestabilizar o ministro? Não tem jogo interno de tentar queimar Fernando. E crise entre PSB e governo? Crise nenhuma. Dilma tem nos atendido, reafirmamos apoio a ela. Crise é a chuva chegar aqui de novo. Abaixo, matéria publicada hoje no Estadão: Sob o comando do governador Eduardo Campos (PE), o PSB traçou estratégia pragmática para ampliar sua inserção no Sul e no Sudeste na eleição municipal deste ano. Com o objetivo de se projetar como uma das principais forças políticas do País, o partido pretende fechar um arco de alianças que vai do PT ao PSDB, a depender do cenário eleitoral. Apontado como um dos nomes que podem um dia disputar a eleição presidencial, Campos, presidente da legenda, quer ampliar de 314 para 500 o número de prefeituras administradas pelo PSB - em 2004 o partido conquistou apenas 176 cidades. A inserção nacional do partido, se bem-sucedida, dará combustível político para o governador, cotado para ser vice numa eventual chapa de Dilma Rousseff em 2014. Ele também é apontado como um dos candidatos potenciais para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018. Campos costurou rede de prefeituras pelo Nordeste, ajudado pelo PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 205 das 314 prefeituras ficam na região. A maior parte está em Pernambuco. Lá, o partido comanda 49 dos 185 municípios. No Rio Grande do Norte, o desempenho é semelhante: 44 dos 167 prefeitos são filiados à sigla. Neste ano, o PSB deve lançar 1,5 mil candidatos a prefeito, quase a metade no centro-sul do País. Nos três Estados do Sul, o partido tem apenas 27 das 1.188 prefeituras. No Sudeste, são 57 prefeitos nos 1.668 municípios. No Paraná, o PSB conta com o apoio do PSDB para manter a Prefeitura de Curitiba e lançar outros 140 candidatos, como em Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. Em Minas, a legenda negocia tanto com o PT e com o PSDB para reeleger o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, além de outros 150 candidatos. No Rio de Janeiro, cogita apoiar o PMDB, do prefeito Eduardo Paes, e lançar outros 22 candidatos em municípios estratégicos, como Petrópolis, Nova Friburgo e Duque de Caxias. Na cidade de São Paulo, o partido pode tanto se aliar com os tucanos como com o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, caso não saia a chapa PSDB-PSD. Como o PSB pretende ter candidatura em cem cidades pelo Estado, negocia com as duas siglas apoio para seus candidatos em Campinas, Ferraz de Vasconcellos, Taboão da Serra, São Vicente, Paulínia e São José do Rio Preto. Campos desenhou com Kassab a estratégia no Sul e Sudeste. Os dois chegaram a estudar uma fusão PSB-PSD no ano passado, mas descartaram em nome de uma ação comum no Congresso. Em relação ao PT, o PSB trabalha para ter o apoio em Aracaju e João Pessoa. Pode apoiar o partido em Salvador, Teresina, Rio Branco e Palmas. Em Fortaleza e Recife, pode tanto apoiar o PT quanto lançar candidato. De 1996 a 2008, a votação do PSB passou de 3,8% para 5,7% dos votos válidos. O crescimento da bancada no Congresso contribuiu para que a sigla fosse cortejada em razão do tempo de televisão no horário eleitoral gratuito: pelo menos 2min30s diários na eleição de 2012. Para o primeiro secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira, a eleição municipal "não guarda relação" com a disputa nacional. "Segue dinâmica própria. O PSB pretende usar a eleição de 2012 para aprofundar a discussão sobre a necessidade de uma reforma urbana nas cidades." (Coturno Noturno)