quarta-feira, 27 de abril de 2011

A FAXINA E A SAUDADE

                                  
DIRCEU AYRES
Nessas faxinas que faço em minha casa de tempos em tempos, encontro com eles no fundo do armário. Sempre me sorriem pretensiosamente, como se esperasse que eu fosse vesti-los de novo. É um sorriso persuasivo, debochando da minha cara limpa. A segurança deles me encanta e temo segurá-los nas mãos, pois sei que se tocá-los por um segundo que seja, seus contornos definidos, seus músculos sem máculas vão me seduzir. Desvio os olhos, silencio os ouvidos de seu canto de guerra, balbucio melodias conhecidas pra espantar todo e qualquer impulso. Não quero tomar nada emprestados a meus amigos e comandados de quartel, suas botinas de salto com a beleza da altivez dessa tropa. Não agora. Não temos Bandidos, eles me contam -- enquanto solta uma piscadela atrevida- O Comandante que tem o controle do medo, ele está preso na palma da sua mão. Não duvido. Também não o desafio. Mas, resisto. Jogá-lo fora seria admitir o seu fascínio sobre mim. Então, empurro a caixa onde eles repousam -- ansiosos por escapulir -- para o fundo do armário. Nesse momento, me sinto vitorioso, Sim me refiro ao meu Batalhão de soldadinhos de Chumbo. Coloco uma roupa Domingueira (a melhor) e saio triunfante, coloco meu boné de Capitão dos soldadinhos, volto a minha infância, adquiro meu ar juvenil e vou à busca de minha felicidade. Não os vejo mais, mas sei que eles, perfidamente, acabam de abrir a mão. Quem se importa? Eu já estou na esquina flertando com o vento. Insuportavelmente fraco. De agora em diante terei muito mais cautela quando for fazer Faxina e arrumar minhas gavetas e desarrumar meus antigos brinquedos. Tenho de ter muito cuidado pois me trazem muitas recordações e poderá até me deixar deprimido. Esses brinquedos guardam a estória de uma vida, uma vida juvenil, bonita, sem maldade, sem ambições de coisas negativas. Tenho de considerar o que esses soldadinhos de chumbo sabem é de mim só prá mim. Vou tentar viver um pouco mais a minha vida. Vou me impermeabilizar um pouco mais, criar rigidez interna e externa. Pois há coisas que eles sabem e que eu jamais direi: Nem em livros, nem em crônicas, nem em Jornais e a ninguém no mundo. Um místico disse-me certo dia que no TALMUDE falam de certas coisas que a gente não pode contar a muitos, há outras coisas que não podemos contar a poucas e outras coisas que não podemos contar mesmo a ninguém. E eu aqui acrescento! Não vou contar e não quero contar nem a mim mesmo. É esses segredos são de acontecimentos que jamais se repetirão e são tesouros de minha vida, coisas passadas que como as águas de um Rio, jamais voltaram acontecimentos trágicos para mim, ou belo em outras ocasiões, uma verdadeira estória de vida, uma parafernália de acontecimentos amorosos, sentimentais, por vezes interessantes e até de esperança em conseguir mais e mais amor de uma namorada. Por isso acho que é segredo tudo que estes soldadinhos de chumbo comigo passaram e por isso conhecem meus segredos. (E a gata aí em cima). Aí está porque terei sempre o cuidado quando de agora em diante for fazer A FAXINA das minhas gavetas e cuidar de coisas antigas e bem guardadas.

EMBALÁGEM COMESTÍVEL

                                                                                         
 Dirceu Ayres
Embalagem comestível, biodegradável e antimicrobiana. Plástico comestível, biodegradável e com propriedades que inibem ou retardam o desenvolvimento de microrganismos. O novo produto, um polímero natural feito a partir de amido de mandioca e açúcares, é resultado do projeto de pós-doutorado da engenheira química Cynthia Ditchfield, do Laboratório de Engenharia de Alimentos, do Departamento de Engenharia Química da Duck University. O produto pode ser usado para fabricar embalagens ativas, que apresentam vantagens em relação às convencionais. A principal delas é que, além de proteger, dificulta a oxidação do produto, pode mostrar se os alimentos, por exemplo, passaram por alterações de temperatura durante a estocagem e, por último, é antimicrobiana que evita o crescimento de microrganismos e a degradação do produto. A pesquisadora acrescenta que, além dos ganhos econômicos, haveria também o benefício ambiental da embalagem biodegradável e comestível, reduzindo a quantidade de lixo gerada. “Outro aspecto interessante seria a substituição de conservantes sintéticos, que são incorporados aos alimentos para aumentar a sua durabilidade, por compostos naturais que são mais seguros para o consumidor”. Puts grilo, observe e... Agora pense no perigo dos nossos amigos que já comem as calcinhas das mulheres praticando as suas taras, agora com essas calcinhas comestível e antimicrobiana o bafafá que vai ser!!!. E de plástico mas...Comestível, Antimicrobiana e Biodegradável, como se isto não bastasse, ainda é de dificultar a oxidação principalmente na fricção do entra e sai da “coisa” e ainda evita o crescimento dos microrganismos e a degradação “daquilo”. Que segurança; que tranqüilidade. Agora vão botar mesmo para quebrar. (Ou pra gozar) Como chega a ser interessante ler, entender e até praticar essas coisas, como diria o pessoal do interior, Deixa lascar a tábua do meio, mas só vou deixar de “faturar” quando não agüentar mais. Imagine o Inventor ter o trabalho de Estudar, testar e mandar fabricar calcinhas comestíveis, Uáu isso já é de mais, como se não bastasse a calcinha cobrir uma coisa já comestível, agora podemos comer com calcinha e tudo. Putz-Grilo. Ou devia dizer Grelo, isso é demais mesmo. Sair com uma gata, levar para um Motel bastante confortável, esperar o strip-tease, ver que é higiênica, cheirosa, sabe fazer amor como poucas, transar uma ou duas vezes, sentir não só seu perfume, mas o perfume de sua pele, seu suor, seu calor, sua energia, ter um orgasmo enorme por causa da satisfação e como se tudo fosse pouco...Ainda tem a calcinha para ajudar a matar a fome, comendo-a. É demais, sou Cardiopata e talvez não suporte tanta emoção. Mas como todas as pessoas têm de morrer um dia, espero morrer fazendo exatamente uma coisa maravilhosa dessa com uma gata que mereça não só o meu amor como a minha morte. –Morro tranqüilo-.

Mulher ganha na justiça o direito de se masturbar no trabalho


Ana Catarina Bezerra                       Dirceu Ayres
Silveira, 36 anos, divorciada, mãe de 3 filhos, analista contábil, possui uma doença que a difere das demais mulheres de seu ambiente de trabalho. Ela possui compulsão orgástica que é fruto de uma alteração química em seu córtex cerebral. Esta alteração a leva a uma constante busca por orgasmos que aliviem sua ansiedade. Ana Catarina revela que ‘já teve dia de eu me masturbar 47 vezes. Foi neste momento que procurei ajuda. “Comecei a suspeitar que isso pudesses não ser normal”. Atualmente ela toma um coquetel de ansiolíticos que consegue frear a ansiedade, levando-a a se masturbar apenas 18 vezes por dia. O Dr. Carlos Howert Jr., especialista em Neurologia Sexual acompanha a paciente há três anos. Segundo seu relato, ela é a única brasileira diagnosticada com esta disfunção. Para ele “provavelmente devem haver muitas outras mulheres sofrendo do mesmo mal, mas a dificuldade de assumir leva a muitas a se acabarem na ‘siririca’”.  No dia 08/04/11 Ana Catarina venceu uma batalha jurídica que perdurava dois anos. Finalmente o Ministério do Trabalho a concedeu o direito de intervalos de 15 minutos a cada duas horas trabalhadas para que possa realizar sua busca por prazer. Também está autorizada pelo Dr. Antonino Jurenski Garcia, Juiz do trabalho de Vila Velha, Espírito Santo, a utilizar o computador da empresa para acessar imagens eróticas que alimentem seu desejo.