sábado, 12 de fevereiro de 2011

BRASIL E BRASILEIRO

                                         Dirceu Ayres
Acho que é da própria Natureza dos Brasileiros que eles são tão “desligados”. Se você perguntar a alguém se conhece tal indivíduo, ele responde, qual?, Aquele que é meio barrigudo?, Ou aquele outro que tem a gravata vermelha?. Ora, isso acontece com a pessoa por mais famosa que seja. Temos lido pesquisas que afirmam com precisão que cinqüenta e um por cento, isso mesmo (51%) dos Brasileiros não sabem o nome do Papa, nem do atual, nem do anterior que já morreu. Convém aqui esclarecer que esse mal não ataca somente as camadas mais pobres. Roberto Pompeu (cronista da revista VEJA) lembra na edição de 18\04\2007 em uma de suas crônicas, Diz que: “uma ex. primeira Dama numa conversa em família, perguntou quem era Fernando Henrique Cardoso? , quando as pessoas estranharam que ela não soubesse, defendeu-se com o argumento de que não era obrigada a conhecer gente que viveu antes dela nascer”. Bem, temos também o atendimento das telefonistas de quase todas as Empresas. A pessoa liga ao telefone e a atendente ou telefonista pergunta: Fernando Henrique de onde?, Se o ex. Presidente Lula ligasse iria acontecer à mesma coisa, ele diria, é da Presidência da República!, Depois do chá de espera, é lógico e quando passar para o Patrão dirá... “Tem um senhor na linha 01, parece que se chama Luiz Inácio da Presidência da República que quer falar, o senhor atende”?. Supõe-se que temos razoável possibilidade de acerto que são milhares de pessoas nesse País imenso que agem assim. Na minha modesta opinião são poucas as pessoas que em nosso País sabem das notícias de mudanças nas leis e nomes das pessoas famosas, ou mesmo algum comunicado das autoridades que são do interesse de todos e de muita importância e que a própria população deve estar sempre informada. É incrível, mas ninguém se interessa mesmo. Quando tem acesso a Internet, não interessa as notícias, vão direto aos sites de bate papo como ORKUT, Face book, Sônicos ou similares, isso se não vão direto aos sites pornôs. Ainda segundo Roberto Pompeu que diz: “Acredito assim como os mais cáusticos, que a popularidade do Presidente Lula e as boas avaliações do seu Governo advêm da falta de conhecimento do povo”. Certa vez, um matuto do interior falou pra mim. “No Brasí tem muta fartura”, e eu repliquei... De que seu Zé?. “É dotô, pruquê farta tudo”. Talvez esse tipo de fartura explique porque falta ou “farta” a famigerada educação com cultura e muito conhecimento. Não é somente falta de escolas e de professores, o Brasileiro não gosta de estudar mesmo, pelo menos ler alguma revista, pois, estudar dá um trabalho danado e ainda tem de afastar a preguiça, mas quando alguém quer mesmo estudar, sai da frente. Estamos sempre vendo meninos andando 14 ou 15 kilômetros para ir estudar em uma pequena escola distante e única na região. Agora imagine, acordar às quatro horas da manhã e caminhar por três ou quatro horas para estudar, deve ser um tremendo sacrifício e muita vontade de sair da ignorância. Que País cheio de desigualdades incríveis, como pode alguns se mandar para estudar no exterior e o outro nem pode estudar em sua cidade porque não tem escola!!. Porca miséria, como endireitar um País assim desse jeito?, Como pelo menos minimizar o sofrimento das crianças que tem vontade de estudar, como podemos fazer para minorar esse sofrimento?, Por enquanto... Ta sem jeito.

LEMBREM-SE DOS 44 MILHÕES DE ELEITORES DO SERRA

                                      Dirceu Ayres
Serra tem razão, embora sacaneado pelos colonialistas da "Pátria Minas" (a turma do barão Aécio das Neves). Na coluna de Dora Kramer: Derrotado na eleição presidencial com um "até breve" que deixou adversários, correligionários e eleitores intrigados, José Serra ainda não definiu seu destino político - que, aliás, não depende só de sua vontade -, mas já resolveu pegar firme no ofício do contraditório. Começa por uma autocrítica partidária: acha que há "uma desproporção imensa" entre o que o PSDB está fazendo e o que deveria fazer. O partido se perde em combates internos referidos em eleições futuras, enquanto, na opinião dele, deveria estar preocupado em "dar uma resposta" aos quase 44 milhões de eleitores que optaram pela oposição em outubro último. "Não podemos deixar esse eleitorado sem representação. Precisamos convencer essas pessoas de que não jogaram seus votos fora. Quem votou em nós queria que ganhássemos, mas sabia que poderíamos perder. Logo, a oposição é tão legítima quanto o governo; expressa a vontade do eleitor e qualifica a democracia." Na concepção de Serra, isso só acontecerá se a oposição não se amedrontar, tiver posições claras, for ativa, não se omitir, resumindo: "Não jogar parada, de olho em 2014, esquecendo-se de que uma eleição presidencial não é um acontecimento de 45 dias de campanha, é resultado de quatro anos de atividades O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), defendeu em entrevista que o salário mínimo seja de R$ 600,00 em 2011. "Entendemos que um reajuste digno para o salário mínimo é uma forma de distribuir renda e fortalecer o mercado interno, aumentando o consumo, a produção e conseqüentemente gerando novos postos de trabalho", disse. O deputado afirmou ainda que pretenda lutar para que o percentual de reajuste seja o mesmo para os aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo, e assim evitar a defasagem salarial nesta classe “A humanidade vive nos tempos atuais um drama muito maior do que o da segunda guerra mundial, porque lá o inimigo era claro, agora não, o inimigo age sorrateiramente como um câncer dentro do corpo da sociedade ocidental.” Exatamente o que Hitler, Mussolini, Franco, Salazar, os generais argentinos, os generais brasileiros da ditadura, Plínio Salgado diziam no passado. E Olavo de Carvalho diz hoje Ontem, hoje e sempre, o discurso da direita, que serve às maiores violências e justificativa a toda truculência.

NOSTALGIA

                                      Dirceu Ayres
Estou nostalgicamente saudoso nos últimos dias. Na semana passada e na anterior, pelo menos dois textos do que andei escrevinhando me ocuparam de recordações da minha infância. Pois ontem bastou irmos ao shopping onde devorei, como um lauto jantar, dois pastéis de frango razoavelmente bons para lembrar os pastéis da minha infância. Eram bem melhores, principalmente os da rodoviária ou da feira no meio da rua. O pastel era frito ali, na sua frente, numa panela de ferro enorme, cheia de óleo que fervia o dia inteiro e nunca era trocado: o pasteleiro apenas ia repondo o que ia sendo gasto ou se evaporando. O supra-sumo da gordura trans, mas ninguém sabia disso. Como ninguém sabia, não fazia mal. Não havia pastel de frango, só de galinha, bem me refiro ao frango de capoeira que são coisas muito diferentes. A carne de galinha (de capoeira também) era gostosa e consistente, dava gosto mordê-los. Hoje, os pastéis de frango parecem feitos de roupa velha desfiada. O de carne não era tão bom. Era quase só massa e no finzinho a gente encontrava um pouco de carne moída com cebolinha verde. Na primeira mordida o pastel, antes inchado como um baiacu esticado que murchava como um pneu furado logo na primeira mordida, era o pastel de ar comprimido que a gente já conhecia. Quando não tinha pastel, o que era raro, a gente pedia pão com nata e lingüiça. Pouco depois começaram a chamar aquilo de sanduíche. Mas o pão com nata e lingüiça era geralmente fresquinho e já preparado numa cestinha de plástico no interior de um armariozinho de vidro sobre o balcão. O armário, que era fechado e deveria servir para proteger os petiscos ali guardados e mantê-los asseados, funcionava exatamente ao contrário: como o bodegueiro não tomava cuidado suficiente ao abrir e fechar as portinholas, as moscas entravam e acabavam presas no seu interior onde ficavam passeando até serem expulsas por alguma alma boa. Por isto quase sempre havia mais moscas dentro do armário do que fora dele. Elas viviam passeando, para lá e para cá, sobre as cucas, paçocas, sonhos, roscas, marias-moles e sobre sanduíches de mortadela-(há só prá lembrar, eu empurrava os toucinhos brancos da mortadela e comia o buraco) também o toucinho da lingüiça, imaginem que até os tarecos, doces e mariolas também tinha moscas. Acaso seus olhos desproporcionalmente grandes para seus corpos, pudessem nos transmitir alguma sensação, certamente seria de saciedade e gula. Eram enormes, gordas e saudáveis, como os porcos que minha tia Quininha irmã de minha mãe yayá, criava em seus chiqueiros em uma das ruas transversais da Praça treze de Maio. Mas aquela comida nunca nos fez mal e sobrevivemos até hoje sem maiores percalços. Muitos anticorpos devem ter sido adquiridos ao ingeri-la. Lembra um e-mail que percorreu a Internet, dirigido especialmente aos que têm mais de quarenta anos e não morreram em razão da qualidade da comida ingerida naquela época. Como disse no início, estou estranhamente melancólico, ultimamente. Mas me invade aquela nostalgia boa, saudosa, repleta de lembranças e recordações de fatos da infância. Acho que estou chegando à idade em que a pessoa de idade avançada vai se tornando criança de novo, fruto do inexorável envelhecimento que faz aproximar sentimentos, atitudes e comportamentos semelhantes aos já vividos. Não se preocupem. Não é ainda o doutor Alois Alhzeimer que está por aqui. O inexorável envelhecimento já chegou, agora é tentar administrar o cotidiano, tomar corretamente os remédios, não fazer o que os antigos chamavam de estripulias, e levar a vida como for possível até a chegada infalível da megera que é chamada de Morte.

COMO JUSTIFICAR?.

                                        Dirceu Ayres
“O Meliante era doente mental”, diz um Jornalista de São Paulo. Deve ser um desses que são capazes de arrastar criancinha até a morte. É lamentável, mas a maioria dos seres humanos é composta de débeis mentais mesmo. A natureza, que os que são chamados: politicamente corretos gostam de incensar é extremamente parcimoniosa na produção da genialidade e generosa na produção de estúpidos e da estupidez. Não fosse assim nasceriam milhares de gênios pelo mundo a fora todos os dias. É por isso que, na medida em que aumenta a população, cresce de forma ameaçadora, verdadeiros exércitos de perigosos meliantes bem armados. Eles estão ao nosso lado, cruzam conosco nas ruas, ou moram na mesma rua, pululam por todos os lugares, podem ser nossos vizinhos ou até nossos conhecidos. Se não fossem os politicamente corretos que hoje dominam todos os setores da vida social e Política, de forma “especial” a redação dos veículos da mídia, decidindo o que deve ou não ir ao ar, a opinião pública não sofreria essa desinformação e acolheria as únicas soluções que restam para garantir a paz, que é a repressão implacável e constante, a pena de morte e a descriminalização do aborto e o controle severo da natalidade. Além disso, o Estado que ele afirma ser laico, (não meu amigo, não somos tão leigos assim) jamais deveria permitir que quaisquer religiões, seitas e entidades correlatas se metessem em política e na administração. Em seu Blog, O QUE PENSA ALUÍSIO, ele comenta: “Ninguém que é honesto, sério e trabalhador tem problemas com a polícia. A maioria das pessoas passa a vida inteira sem jamais necessitar dos préstimos de um advogado, seja para se defender ou ir atrás de seus direitos e não sabe sequer o que é uma delegacia de polícia. O resto é conversa fiada de sociólogos, psicólogos, terapeutas, psicanalistas, que constituem um bando de “Artistas” que querem aparecer ou ter seus quinze minutos de fama, irresponsáveis que têm a cara de pau de encontrar justificativas para atos bestiais com explicações técnicas. Os outros idiotas são os jornalistas que os ouvem”. A solução segundo ALUÍZIO em seu blog: É que todos já sabem: “FOGO NOS BOTOCUDOS!”. Acredito que o senhor Aluízio Amorim tem toda razão de pensar assim e eu também acho que é o caminho mais certo para essa gente. Esse pessoal que se diz politicamente correto, logo nos indicará um Macumbeiro que diz incorporar o Espírito de algum Mestre que além de ser uma autoridade, pertence a algum partido Político e que nós devemos seguir toda sua orientação. Putz grilo, até onde podemos agüentar isso?. Os Advogados no Brasil nunca tiveram tanto o que fazer e pessoas tidas como importantes para defender de acusações das maracutáias e outros delitos. Chega a ser meio esquisito a cara limpa de um Advogado até na TV dizer que “o cadáver do defunto estava morto.” A lei Brasileira e seus beneplácitos ajudam a procrastinar todo e qualquer processo e depois de alguns anos... Prescreve. Aí vamos justificar como e de que jeito?. 

PARA OBSERVAÇÃO:

                                       Dirceu Ayres
Precisamos observar que como diziam os antigos: (nem tudo que reluz é ouro), essa de achar que o que vemos está ou estaria certo, é muito duvidoso! Primeiro de tudo precisaremos saber que os nossos olhos estão sempre dentro das fantasias, das miragens e das alucinações, muito embora fazendo um teste nos classifiquem como normais, pois o ser humano ou não enxerga o que existe ou enxerga o que não existe, pois, vivem “vendo o ilusório” (ilusão) e isso não permite enxergar com precisão o real ou verdadeiro. Podemos observar que quando dormimos podemos enxergar quadros coloridos, cenas de várias situações, paisagens e muitas coisas que nem imaginávamos que existissem dentro de nós.Agora observem como podemos ser enganados pelos nossos próprios olhos: Se pegarmos uma folha de papel em branco e a dobrarmos no meio, ao abri-la de novo deixando cair uma gota de tinta na marca da dobra, e fechando novamente de forma que a tinta se espalhe, formando uma figura irregular, quando voltarmos a abrir-la terá tão somente uma mancha ou um borrão. No entanto, se mostrarmos a mesma mancha a outras pessoas veremos que cada pessoa enxerga de uma forma muito diferente: O TEMEROSO verá Monstros, O GUERREIRO verá instrumentos bélicos: O ERÓTICO verá cenas de orgias, e assim por diante. Cada pessoa põe no que vê parte de seus desejos inconsciente. Essas são provas que tem sido realizada ao longo dos tempos: Os Turcos se utilizam da borra do café para ler o futuro e os próximos acontecimentos na vida deles ou mesmo do mundo, os Dervixes colocam tinta na palma da mão fazendo-a fechar e abrindo-a de novo com a mesma finalidade dos Turcos. Já no Ocidente e em outras partes do mundo cada um faz de seu jeito. No Ocidente esses testes deram origem ao mais célebre teste usado hoje em Psicoterapia, e isso hoje tem o nome de seu autor – RORSCHACH. È de se perguntar! Que olhos serão esses? Olhos do pensamento?. Não, nada disso, os Neurologistas afirmam que quando sonhamos nossos olhos físicos, nossos globos oculares, convergem-se no que se denomina de estrabismo interno (fenômeno igual acontece quando uma pessoa é hipnotizada), na procura de nosso terceiro olho ou chacra de energia frontal, localizado no centro da fronte. Sabemos que é tão certo que enxergamos de olhos fechados, quanto às vezes que não enxergamos com os mesmos olhos abertos. Lembrem-se das esposas ou namoradas que ficaram duas horas no cabeleireiro e não notamos a diferença do penteado ou mesmo a troca de um bonito vestido e acabamos por gerar uma boa confusão com a parceira. Pensemos que se nossos olhos podem nos enganar e que basta às vezes, uma sombra ou uma tonalidade diferente de luz para que vejamos as coisas deformadas. Em verdade o que mais precisamos é de orientação para chegarmos a nossa verdadeira concentração e podermos praticar a meditação que sem orientação chega a nos parecer que está desfigurada. (Aleluia)