segunda-feira, 30 de abril de 2012

STF do B: diferença dos iguais



     Dirceu Ayres

O STF do B decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional e pronto. Todos votaram com o relator, ministro Ricardo Lewandowski. As razões dos ministros giraram em torno de que se deve tratar de modo diferente pessoas desiguais, justificando à luz da Constituição do Brasil, que para ser republicana e democrática tem que ser assim. O Art. 5º, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,..” não é bem assim, se comparado com o Art. 3º que elenca os objetivos fundamentais da República de construir, garantir, erradicar e promover, respectivamente, uma sociedade livre, justa e solidária; o desenvolvimento nacional; a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Justificativas como a adoção de delegacias da mulher, a Lei Maria da Penha, a que impõe a participação maior da mulher na política, bem como a das cotas referentes aos deficientes físicos foram citadas para a aprovação unânime. Ora, quando a CF impõe como uma das metas do Art. 3º, de “reduzir as desigualdades sociais e regionais” não está implícito que alguns sejam prejudicados e outros favorecidos, principalmente considerando o grau maior ou menor da mestiçagem, que por estar intrinsecamente ligada aos aspectos de etnia, raça, consubstanciado no abominável racismo, indutor de confrontos na História da humanidade, só comparável àqueles de fundo religioso. Estímulos e incentivos são tolerados, pois difícil se torna medir tudo no fio da navalha, como por exemplo, “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,...” (Art. 5/CF). O apoio ao mais fraco ou deficiente, quando agasalha o gênero, homens, mulheres, não agride. Se a legislação estabelece cota para deficientes físicos, ninguém reage, pois a natureza humana se engrandece diante daqueles com necessidades especiais e, sem considerar o amor próprio da pessoa referida de viver como os demais, mas que sob o véu da economia toda a sociedade ganha, incorporando ao seu seio mais um cidadão. Outros benefícios podem ser assinalados como a tabela progressiva do imposto de renda, cobrando mais dos que ganham mais, imposto mais elevado nos produtos não essenciais, vale gás, tarifas sociais, bolsa família, juros mais baixos para menor renda familiar na aquisição da casa própria, etc. Cor da pele, raça, etnia não são deficiências, nem insuficiências, ter ou não dinheiro para se instruir, sim. Aí é que entra o poder do Estado para corrigir e beneficiar o grupo social economicamente desprovido. Mas, o quê esperar desse Estado deteriorado pela corrupção, corpo com infecção generalizada nos corredores do SUS, infectos, onde morrem desassistidos brasileiros de todas as origens, de todas as cores, com a pele da pobreza e do abandono. O processo de inclusão do pobre, naturalmente vai beneficiar a todos independente do grau de miscigenação. Pobre negro, pobre branco e pobre mestiço estão na fila da sobrevivência. Que os ladrões do erário se apiedem. Só um dos ministros, dos que vi, Gilmar Mendes, abordou as incoerências, mas mesmo assim, acompanhou o voto “politicamente correto” do relator. Comentou sobre as falhas do tribunal da universidade que designa quem é negro e quem não o é. Citou o caso de dois irmãos, mestiços, um escuro e outro claro; o escuro foi considerado negro e foi matriculado. Dia desses, assistindo a um filme na TV5Monde sobre o Senegal, um berço da escravidão negra, origem de muitos dos brasileiros, cenas de beleza natural se desenrolaram, a exuberante vegetação marginal e a mansidão das águas do rio Senegal. Casas e localidades do passado, a recuperação de prédios e o tombamento como patrimônio histórico, as prisões dos escravos, como escravos locais punidos que serviam àquela sociedade, e, dos que seriam vendidos e transportados como peças nos navios negreiros. Encantos das tradições evocadas destacavam como traço de união a miscigenação, ao contrário do se pratica nesta terra de Santa Cruz. A beleza da miscigenação da mulher brasileira é mascarada impondo que se auto-intitule como negra e não mestiça. Uma negação à componente branca, como a negar a própria mãe que a gerou. Em cena recente da nossa televisão, a apresentadora entrevista a bela atriz e a tônica da conversa é a discriminação e não o sucesso, como de tantos mestiços, com mais ou menos caracteres externos da origem negro-africana, registrados na História. Muitos com esforço venceram e se destacaram nos campos de atuação. A História é falseada a se escrever que com a descoberta do Brasil, os portugueses atacavam aldeias e capturavam homens, mulheres e crianças e que daí as tribos começaram a ajudar na caçada aos negros, como se na África não existisse a escravidão e que também eram transportados como escravos para a Europa. Como registrado, o fim da escravidão na América, não foi o fim da escravidão na África. O STF do B surfou na onda esquerdista e internacionalista. A esperança já morreu? Talvez. Mas, não a fé de que não há mal que sempre dure não há bem que nunca acabe. Daiane dos Santos, ao que consta, tem 40,8% de origem européia, 39,7% africana e 19,6% ameríndia, de acordo com estudo do seu DNA. E o DNA dos brasileiros que estavam naquele ambiente, julgando, defendendo ou sentindo a manutenção das cotas como a negação da Nação mestiça que somos? Marcados pelas cotas, uns estarão porque as usaram e, outros estarão marcados pelos juízes, mesmo que não as tenham aproveitado. Triste, mas uma realidade que se espera seja mudada algum dia. Cotas Humilhantes. O mundo assiste constantemente cenas de violência decorrentes de intransigência religiosa e racial. Na nossa mente, tais fatos seriam coisas do passado. Da barbárie, dos livros e das profundezas da História da humanidade. Não. Estão presentes e a televisão colabora nos colocando, não como espectadores dos circos da maldade, mas como figurantes impotentes, inermes, imunes fisicamente, no meio das arenas encharcadas de sangue. Kosovo, sérvios, albaneses, ETA, bascos, Irlanda do Norte, IRA, palestinos, judeus, chechenos.
No Brasil, temos a intolerância das torcidas organizadas, que agridem a pau, até a morte, o admirador da equipe adversária. Interessante que essa agressividade inexiste quando se trata de um parente ou amigo torcedor de outro time. No máximo, uma gozação diante de uma derrota. O sorriso no lar vira baba de raiva nos estádios e vizinhanças. Matar ou morrer, tanto faz, para vingar a honra dos vencidos em campo, “pobres coitados” que deixarão de somar o “bicho” aos milhões que ganham dos clubes do momento. Já a intolerância religiosa foi ensaiada, fez passeatas e chutou imagens, mas não deu muito certo neste solo fértil onde vicejou o sincretismo religioso, semeado pelas culturas que aqui aportaram. Quantas famílias se unem a despeito do Deus que adoram. Quantos amigos se abraçam nas comemorações, estudam ou trabalham juntos sem a mínima preocupação com a religião que professam. A intolerância racial está sendo costurada pelos interesses pessoais e eleitoreiros e por uma ingenuidade e altruísmo, dos que não sentem a intenção de alguns em fomentar mais uma divisão na Unidade Nacional. De uma feita, fermentam a questão das “nações indígenas” — os brasileiros primitivos — e de outra a dos afro-descendentes. Inaceitáveis diante dos séculos de miscigenação. As cotas para os afro-descendentes é uma “genial” descoberta, como se fosse fácil encontrar um critério justo para definir quem o é, dentre os brasileiros, para atender àqueles que pretendem impor suas condições à sociedade. A UERJ pôs à disposição do candidato definir a própria cor da pele. A UNB exige fotografia e submete a uma comissão determinar pela aparência os caracteres de afro-descendente do candidato, o que fatalmente conduzirá a erros. Manifestações e ações judiciais proliferam. Alguns, com essas características e já matriculados, não querem carregar um rótulo de inferioridade, pois lhes ferem os brios. Outros que se preparam para o concurso, também não admitem. Não há unanimidade; existem os favoráveis. Têm razão os que repelem esse tipo de protecionismo humilhante, pois não concordam com o atestado de inferioridade étnica, até porque são frutos do amor de pais e mães das diferentes origens; quando os olham, sentem orgulho de ambos, sem discriminá-los, nem ordená-los. Como ficou demonstrado no 46º Congresso Nacional de Genética, estudos indicam que 45 milhões de brasileiros têm herança genética dos silvícolas e que praticamente não há afro-descendentes sem miscigenação no Brasil. Assim, raramente algum brasileiro, com raízes profundas, poderá dizer: “Sou 100% branco” ou “Sou 100% negro”, mas todos podem escrever nas suas camisetas: “Sou 100% brasileiro”. Ora, as ações judiciais, inicialmente voltadas para as vagas nas universidades, passam a confrontar gente de tez mais clara e mais escura, produzindo uma dicotomia negativa, incentivando a intolerância racial, aquela tratada no início deste texto, que abominamos, além de passarmos a ter cidadãos de primeira e segunda classe. Inadmissível entre brasileiros. Já a UFRJ dá um passo adiante, quando está pretendendo criar cotas para gente pobre advinda das escolas públicas, onde estão os brasileiros de todas as origens. Ser pobre é uma condição de inferioridade econômica, mas não de etnia. Apoio ao ensino e criação de emprego farão melhorar a mobilidade social. Outros tentaram demonstrar superioridade racial e não deu certo. Ernesto Caruso é Coronel Reformado do EB. Este segundo artigo, “Cotas Humilhantes”, foi publicado no jornal O Farol, em abril/2004. Artigo no Alerta Total www.alertatotal.net Por Ernesto Caruso

Os dois supremos.


    Dirceu Ayres


Velho advogado e professor receiam o protagonismo político atual do STF, que passou a legislar do aviso prévio à relação entre homossexuais. Um dos mais importantes pilares da atual Constituição foi a conformação de um notável equilíbrio de poderes, com mecanismos para evitar invasão de competências. O Supremo Tribunal foi guindado expressamente a "guardião da Constituição" (artigo 102), com integrantes escolhidos por um homem só (artigo 101, § único), o presidente da República, que é eleito pelo povo (artigo 77), assim como os integrantes do Senado e da Câmara (artigos 45 e 46). O Congresso Nacional tem poderes para anular quaisquer decisões do Executivo ou do Judiciário que invadam a sua função legislativa (artigo 49, inciso XI), podendo socorrer-se das Forças Armadas para mantê-la (artigo 142), em caso de conflito. Há, pois, todo um arsenal jurídico para assegurar a democracia no nosso país. Ora, a Suprema Corte brasileira, constituída no passado e no presente por ínclitos juristas, parece hoje exercer um protagonismo político, que entendo contrariar a nossa Lei Suprema. Assim é que, a partir dos nove anos da gestão Lula e Dilma, o Pretório Excelso passou a gerar normas. Para citar apenas alguns casos: empossar candidato derrotado -e não eleito direta ou indiretamente- quando de cassação de governantes estaduais (artigo 81 da Constituição); a fidelidade partidária, que os constituintes colocaram como faculdade dos partidos (artigo 17, § 1º); o aviso prévio (artigo 7º, inciso XXII); a relação entre homossexuais (artigo 226, § 3º); e o aborto dos anencéfalos (artigo 128 do Código Penal). Tem-se, pois, duas posturas julgadoras drasticamente opostas: a dos magistrados de antanho, que nunca legislavam, e a dos atuais, que legislam. Sustentam alguns constitucionalistas que vivemos a era do neoconstitucionalismo, que comportaria tal visão mais abrangente de judicialização da política. Como velho advogado e professor de direito constitucional, tenho receio dos avanços de um poder técnico sobre um poder político, principalmente quando a própria Constituição o impede (artigo 103, § 2º). Nem se argumente que ação de descumprimento de preceito fundamental - de cuja redação do anteprojeto participei, ao lado de Celso Bastos, Gilmar Mendes, Arnoldo Wald e Oscar Corrêa - autorizaria tal invasão de competência, visto que essa ação objetiva apenas suprir hipóteses não cobertas pelas demais ações de controle concentrado. Meu receio é que, por força dos instrumentos constitucionais de preservação dos poderes, numa eventual decisão normativa do STF de caráter político nacional, possa haver conflito que justifique a sua anulação pelo Congresso (artigo 43, inciso XI), o que poderia provocar indiscutível fragilização do regime democrático no país. É sobre tais preocupações que eu gostaria que magistrados e parlamentares se debruçassem para refletir. *IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 77, advogado, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, é presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio. BLOG DO MARIO FORTES

Enquanto isso na corte do Hell de Janeiro...


      Dirceu Ayres

Sérgio Cabral, Fernando Cavendish em Paris. O Governador Sérgio Cabral em um ataque de Tupiniquismo Rastaquera, é flagrado fazendo macaquices diante do Hotel Ritz em Paris, ao lado de ninguem menos que Fernando Cavendish. Ou, o dono da Delta contrutora, que também era dono do helicóptero que caiu na Bahia onde a nora do Cabral morreu junto a mais outras seis pessoas. Que por sinal ele também é dono da casa numa praia baiana onde a família do Cabral iria passar um bucólico final de semana, se o Helicóptero não tivesse caido e estragado a festa. E a Delta construtora é a maior "parceira" do governo nas obras do PAC no estado do Hell de Janeiro, que coincidentemente é governado pelo Sérgio Cabral que é apadrinhado político do desgoverno das Ratazanas Vermelhas, que são maioria na infame CPMI do Carlos Cachoeira, e que até agora ninguém fez ligação entre o Cachoeira e o Cabral, apenas para não embassar o "brilho" da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Ou seja: Essa CPMI é uma baita fraude apenas

Ainda sobre cotas raciais.


     Dirceu Ayres


Sabem aquele princípio de que todos são iguais perante a Lei? Podem esquecer. Graças ao STF, que no dia 25 validou por unanimidade a tese de que o sistema de cotas raciais nas universidades é constitucional, esse princípio sagrado do Direito e da Democracia virou letra morta. A partir de agora, está instituído oficialmente que há, no Brasil, cidadãos e cidadãos – ou cidadãos e "afro-descendentes". Lembram ainda daquela conclusão científica, a que se chegou depois de anos de estudo, e que foi considerada um importante avanço humanista quando divulgada há alguns anos, segundo a qual o conceito de "raça" foi descartado como uma ficção racista que não tem nada a ver com a biologia e quem tem raça, portanto, é cachorro? Pois é. Podem esquecer isso também. De acordo com as incelenças togadas do STF, o racismo é algo que deve ser não execrado, mas aplaudido. Abaixo Nelson Mandela! Abaixo Martin Luther King! Viva Hitler! Viva Goebbels! Viva Gobineau! Quem acompanhou a votação da matéria no STF sabe do que estou falando. O principal tribunal do país, que já decidira mandar às favas a Constituição em nome da "união homoafeativa" – revogando, assim, o Artigo que trata da organização familiar e instituindo uma terceira categoria sexual –, resolveu por bem avalizar a separação racial no Brasil. E com argumentos, digamos, "progressistas", "do bem". Vejamos os votos de cada magistrado. O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, justificou seu voto dizendo que “os erros de uma geração podem ser revistos pela geração seguinte e que é isto que está sendo feito”. Espero sinceramente que Ayres Britto esteja correto. Tanto que não perdi ainda a esperança de que a próxima geração corrija o que o STF fez na última quinta-feira. Aguardo o dia em que os pósteros restituirão a igualdade de todos perante a Lei. Ainda assim, fiquei intrigado com essa reedição da teoria do pecado original: a que "erros de gerações passadas" o ministro estaria se referindo? Se está falando da escravidão, acho justo que se corrija esse erro histórico. Poderíamos começar exigindo indenizações dos descendentes dos faraós por séculos de escravismo no Egito. Ou, se não quisermos retroceder tanto no tempo, dos mercadores de escravos africanos, muitos dos quais – vejam que coisa! – eram... Negros! Quem vai corrigir os erros de gerações passadas de donos de escravos, como era – descobriu-se há pouco – Zumbi dos Palmares? Os descendentes de imigrantes japoneses? Outro jurisconsulto, Ricardo Lewandowski, afirmou que o sistema de cotas em universidades “cria um tratamento desigual com o objetivo de promover, no futuro, a igualdade”. Entendi. É a famosa tese de que é necessário promover a desigualdade agora em nome de uma igualdade num futuro indeterminado... É, já tentaram isso antes, e deu no que deu. Por que não garantir a igualdade hoje, e ponto final? Luiz Fux disse que “não se trata de discriminação reservar algumas vagas para determinado grupo de pessoas”, e afirmou: "É uma classificação racial benigna, que não se compara com a discriminação, pois visa fins sociais louváveis". Ah, bom! Anotem aí: separar as pessoas pela cor da pele, criando um tribunal de pureza racial, não é discriminação, mas uma "classificação racial benigna"… E isso porque, como diz o ministro Fux, "visa fins sociais louváveis". Que fins sociais seriam estes? Favorecer, com 20% das vagas garantidas, quem se declarar, e for considerado, "negro" ou "pardo"... Muito louvável, não? Seguindo o voto do relator, Rosa Weber disse que o sistema de cotas “visa dar aos negros o acesso à universidade brasileira e, assim, equilibrar as oportunidades sociais”. Pensei que o sistema que visa a dar aos estudantes – negros ou não – acesso às universidades já tinha sido criado: chama-se vestibular. Também acreditava que ser negro no Brasil era uma questão mais de opinião do que de cor de pele propriamente dita. Mas deixa pra lá. E quanto ao mérito pessoal? Deixa pra lá também. Outra ministra Cármen Lúcia, justificou seu voto favorável às cotas citando duas histórias pessoais sobre marcas deixadas pela desigualdade na infância. Reminiscências pessoais, sobretudo se forem da infância, são uma arma infalível. Espero que Carmen Lúcia tenha sido pelo menos original, e não tenha apelado para estórias como a da amiguinha negra que foi barrada numa festinha de aniversário... Até porque não é com cotas raciais que se vai resolver esse tipo de coisa. Em seu voto, o ministro Joaquim Barbosa citou um julgamento da Suprema Corte americana que validou o sistema de cotas para negros nos Estados Unidos. Joaquim Barbosa é o único ministro do STF que poderia ser considerado negro. Deve ser por isso que ele resolveu citar a Suprema Corte dos EUA, país onde as relações raciais são um tantinho diferente. Lá, eles tiveram segregação nas escolas, as leis Jim Crow e a Ku Klux Klan. Aqui, tivemos samba, feijoada e carnaval. Se Barbosa tivesse se lembrado que estava votando para institucionalizar o racismo no Brasil, um país de mestiços, e não nos EUA, talvez tivesse mudado seu voto. Já Cezar Peluso não acha que a reserva de vagas segundo o critério racialista fira o princípio da meritocracia. Segundo ele, o que impede as pessoas de entrarem nas universidades não é uma educação de baixa qualidade, mas a cor da pele, ou a auto-declarada cor da pele. É o fato, enfim, de ser "afro-descendente", e não a pobreza ou outras dificuldades econômicas. Argumento perfeito. Quer dizer o seguinte: se Peluso tivesse nascido com a tez um pouco mais escura, ou com o cabelo pixaim, não teria chegado a ministro do STF. Do mesmo modo, se Pelé tivesse nascido branco, não teria sido Pelé. Muito lógico, não? O único ministro que esboçou alguma crítica ao modelo de cotas, tal como já adotado há alguns anos pela UnB, foi Gilmar Mendes. Ele tentou argumentar que tal sistema pode gerar distorções e perversões. Pode, não, ministro: já está gerando. Irmãos gêmeos já foram separados na UnB pelo critério racialista – um havia se declarado o “afro-descendente”; outro, não. Mendes também votou pela constitucionalidade das cotas. Celso de Mello, por sua vez, disse que “ações afirmativas estão em conformidade com Constituição e com Declarações Internacionais subscritas pelo Brasil”. Foi seguido por Marco Aurélio Mello. Surge daí uma dúvida: se as cotas estão conformes à Constituição, certamente não estão com o Artigo 5, que diz que todos são iguais perante a Lei. Quanto a declarações internacionais subscritas pelo Brasil, gostaria de saber em qual delas está escrito que se deve privilegiar indivíduos pela cor da pele. Porque foi isso, senhores, que os ministros acabaram de aprovar! Li que, durante a votação no STF, um índio presente na platéia teve de ser retirado pelos seguranças porque estava perturbando a sessão, gritando que deveriam ser reservadas cotas semelhantes também para índios. Eu, que tenho cá uma gota de sangue índio, já estou pensando em protocolar um pedido para ser beneficiado por esse sistema maravilhoso. Só estou na dúvida se, pelo critério das cotas, eu teria direito a 50%, ou a 25%, ou a 15% das mesmas, já que minha ascendência indígena se perde nas brumas do tempo... Como ocorre com a maioria dos brasileiros, que, como dizia Gilberto Freyre, trazem todos, mesmo o loiro de olhos azuis, a marca do negro, sou um ser racialmente tão definido quanto a sexualidade de muitos artistas. Tenho uma sugestão aos senhores ministros do STF: por que não criar, estimulados pelo índio que queria apito, cotas para pessoas que se declararem incolores, ou sem raça definida? Ou para torcedores do Ferroviário? Por que não? Estes, pelo menos, eu sei que existem. Ao contrário da auto-declarada "raça" batizada de "afro-descendente", algo real somente na cabeça de militantes políticos e dos juízes do STF rendidos ao politicamente correto.* Por Prof. Gustavo no Blog do Contra BLOG DO MARIO FORTES

sexta-feira, 27 de abril de 2012

CPI do Cachoeira: Perillo pede para ser investigado pelo MP por causa da imagem. Não apareceram vídeos, só gravações.


     Dirceu Ayres


A pedido do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), o advogado Carlos de Almeida Castro afirmou ontem que irá pedir à Procuradoria-Geral da República que instaure inquérito para investigar o tucano no caso Cachoeira. O advogado de Perillo afirma que a decisão servirá para desmentir as suspeitas que recaem sobre o governador. "Estou fazendo uma coisa inédita a pedido do meu cliente. A imagem dele está sendo deturpada e a investigação vai nos ajudar a mostrar isso", afirmou. Gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo levantam a suspeita de que o empresário Carlos Cachoeira enviou dinheiro, escondido numa caixa, para um integrante de seu grupo que estava na sede do governo de Goiás. Segundo o site do jornalista Mino Pedrosa, que é ex-assessor de Cachoeira, o valor enviado ao Palácio das Esmeraldas foi de R$ 500 mil. As gravações foram feitas em junho do ano passado. Nelas, aparecem Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz, um dos principais auxiliares do empresário, e Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia, que é apontado como elo do grupo com políticos. Nos diálogos gravados, Cachoeira afirma que mandará o "negócio" por Gleyb até Garcez, que estaria no palácio esperando por uma audiência com Perillo. Pelos áudios, não fica claro se o dinheiro de fato chegou às mãos de qualquer pessoa do governo goiano. O relatório da Polícia Federal apresenta os diálogos com o título: "Entrega de dinheiro no palácio do governo de Goiás". Perillo classificou a história como "irresponsável, leviana, inverídica e despropositada" e negou qualquer encontro no palácio. O tucano é aliado do ex-vereador que teria recebido o dinheiro, mas nega qualquer tipo de irregularidade na relação com ele. O tucano também admite ter se encontrado com Cachoeira, mas afirma que nunca foi discutido assunto que seja ilegal. Além de ser advogado de Perillo, Almeida Castro e advogados do seu escritório também defendem o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).(Folha de São Paulo)

A imprensa começa a acordar.


     Dirceu Ayres

O Brasil terá uma boa moldura institucional para combinar a produção agrícola e a preservação do ambiente, se a presidente Dilma Rousseff sancionar sem veto o Código Florestal recém-aprovado pelo Congresso. O governo federal deve preocupar-se, agora, com a definição das normas gerais dos programas de regularização ambiental (PRA) previstos no texto. Será preciso completar esse trabalho dentro de um ano. Essas normas servirão de base para a recomposição de áreas de preservação e de reserva legal e para a definição das áreas produtivas. Os Estados deverão completar a tarefa, ajustando as regras às condições de cada ambiente e às características da produção local. Em vez de insistir em punições inúteis e nocivas para a produção, é preciso legalizar a situação das áreas produtivas abertas até 22 de julho, permitindo aos produtores normalizar sua atividade. É necessário usar a lei como um instrumento de construção do futuro. Seria perda de tempo e de energia, nesta altura, assumir uma atitude policialesca, em vez de concentrar esforços, recursos administrativos e capital político na implantação do novo sistema de regras. Foi um erro político deixar o debate a respeito do assunto converter-se num confronto entre ruralistas e ambientalistas, como se os problemas da produção agropecuária e da preservação da natureza interessassem apenas a dois grupos. Só recentemente os representantes do setor rural tentaram abrir uma discussão mais ampla, num esforço para mostrar como um Código Florestal pode afetar, positiva ou negativamente, o bem-estar de todas as pessoas. Os chamados ambientalistas raramente abandonaram sua atitude missionária e quase sempre de antagonismo aos produtores (ou, para efeito retórico, de oposição ao abominado agronegócio). Os meios de comunicação com frequência caíram na armadilha de tratar o assunto como um confronto bipolar. O próprio governo foi incapaz de apresentar o problema na sua dimensão real à opinião pública. Essa dimensão deveria ser óbvia. Todos precisam de comida e bebida e também de roupas, combustíveis e outros bens produzidos com matérias-primas fornecidas pelo campo. Para entender a importância do debate basta olhar para uma mesa coberta com arroz, feijão, picadinho, pão e cerveja. Mas é preciso considerar também os efeitos da produção na qualidade do ar e das águas e na condição das florestas. Os dois conjuntos de valores são essenciais para o bem-estar, mas faltou mostrar essa verdade simples à maior parte dos brasileiros. Também nisso o governo falhou vergonhosamente. Mas o governo tem falhado também, e há muito tempo, na aplicação das normas ambientais já disponíveis. A ação oficial vem sendo lamentavelmente ineficaz, há muitos anos, e isso tem facilitado abusos de todo tipo, praticados tanto por grupos com muito dinheiro quanto por pequenos produtores e até por assentados. Isso não é segredo. A grande produção brasileira é realizada por uma agricultura comercial eficiente, moderna e, de modo geral, comprometida com a preservação dos recursos naturais. Não interessa a esse tipo de produtor o esgotamento de terras. Desde 1991 a produção brasileira de grãos cresceu 173%, enquanto a área plantada só aumentou 52%. Isso foi possibilitado pela incorporação de tecnologia e pela adoção de boas práticas. Ganhos notáveis de eficiência ocorreram também nas culturas permanentes e semipermanentes e na produção animal. A agropecuária brasileira foi capaz de, ao mesmo tempo, baratear a alimentação para o consumidor nacional e produzir grandes volumes de combustível de origem vegetal. Outros países foram incapazes de realizar essa combinação. Além disso, o campo tem sido a principal fonte do superávit comercial do País, um fator indispensável à segurança e à estabilidade da economia. A discussão do Código Florestal foi dificultada por um falso conflito entre produção e preservação. Regras ambientais são necessárias, sim, e o Código recém-aprovado é muito melhor do que as normas em vigor em outros países. A presidente deveria convencer-se disso e cuidar do futuro, sem pensar em fazer bonito para ONGs estrangeiras na Conferência Rio + 20. Editorial publicado hoje no Estadão

NICE LOBÃO E O SEU POTE DE OURO.


                         

     Dirceu Ayres

REPASSANDO - BLOG “O MASCATE”. E para quem acredita que o Brasil é realmente uma democracia, eu digo que isto aqui não passa de uma capitania hereditária, mambembe daquelas bem furrecas e caras. O povão vai votar, mas permanecem no poder sempre os mesmos e seus herdeiros. A velha da foto, que mais parece uma traveca decadente, é a deputada Nice Lobão. Nada mais do que a mulher do senador e sinistro Edson Lobão e mãe do Senador lobão filho. A véia, piloto de provas de vassoura, tirou nada menos do que 82 licenças médicas só no ano de 2011, e dos 101 dias de trabalhos na câmara ela apareceu em 19. Mesmo licenciada e afastada ela continua recebendo seus vencimentos em média de R$ 100.000,00 ao mês e mais R$ 470.000,00 em verbas diversas. Uma baba de 1.670.000,00 para quem trabalhou efetivamente 19 dias em 2011. Ou (+-) R$ 88.000,00 por dia trabalhado. A família Lobão está fazendo o pé de meia as custas de eleitores burros que ainda votam sem entender para que serve uma eleição. E a imoralidade, a farra do dinheiro público, e a bandalheira continuam correndo soltas no país do futebol. Da maneira que vai, o Brasil não agüenta o repuxo sem quebrar a banca, o que se desvia, se rouba se superfatura, e o que se paga em salários exorbitantes para político vagabundo fazer de conta que trabalha é uma imoralidade. E com a situação econômica mundial a pocilga não segura o rojão. Há que fechar esse congresso urgentemente. Temos que começar do zero com leis mais inteligentes e menos corporativas, pois de democracia só temos a "obrigação" de votar porque o resto é feudalismo, hereditariedade e muita ditadura disfarçada. Ângela. Por e-mail. Blog do Beto

Polícia Federal indicia 43 médicos por uso de botox ilegal em cinco Estados



       Dirceu Ayres

A Polícia Federal indiciou 55 pessoas, sendo 43 médicos, por uso ilegal de botox em pacientes nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e São Paulo. A divulgação da finalização das investigações da Operação Narke, deflagrada pela PF em no último dia 3, ocorreu na tarde desta quinta-feira (26). Além dos médicos, oito comerciantes e quatro distribuidores também foram denunciados por comércio clandestino. Segundo a PF, os médicos envolvidos no esquema usavam a toxina botulínica tipo A em clinicas estéticas localizadas nos Estados de Pernambuco (28), da Paraíba (10), do Piauí (3), do Rio Grande do Norte (1) e de São Paulo (1). A toxina importada não tinha autorização da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) para comercialização no Brasil e pode trazer riscos à saúde do paciente. Segundo a PF, o botox importado era trazido de outros países por comerciantes, que ao chegarem ao Brasil, repassavam a substância a preços abaixo do cobrado no mercado a comerciantes, que revendiam aos médicos. Os médicos de Pernambuco envolvidos no esquema serão também denunciados ao Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco), enquanto os dos demais Estados ao CFM (Conselho Federal de Medicina) para que sejam abertos inquéritos administrativos e sejam punidos pelo código de ética médica. Na Justiça, os indiciados vão responder por crimes contra a saúde pública e contra a ordem tributária, além de contrabando. Os delitos previstos podem dar até 15 anos de prisão.Segundo a Anvisa, apenas cinco laboratórios estão habilitados para trabalhar com o produto no país. A PF alerta os pacientes que forem usar a substância que solicitem à clínica a embalagem do produto a ser injetado para verificarem o selo de identificação da Anvisa e o nome do laboratório que produziu o botox. O contrabando Segundo a PF, a entrada clandestina do botox importado “era executada por empresários que praticavam, eles mesmos, o contrabando da toxina, em típico comportamento de “mula”. Com viagens frequentes para o mesmo destino e com poucos dias de estadia. A PF informou ainda que ao chegar ao Brasil, o botox importado era misturado a cargas de importação lícitas para despistar o contrabando.A operação Narke também descobriu a venda de outros medicamentos proibidos no Brasil, como metacrilato, cânulas e prótese de silicone, que eram comercializados por estabelecimentos sem alvará sanitário. Em nota, a polícia informou que “as investigações apontaram que esses produtos eram adquiridos pelos médicos, ou diretamente pelos pacientes, através da indicação dos médicos, de estabelecimentos desprovidos de qualquer licença dos órgãos de vigilância sanitária, sem qualquer condição de armazenamento e sem nenhuma garantia da boa conservação desses produtos, em total dissonância com as exigências da Anvisa em relação à rastreabilidade dos produtos médicos e biológicos." Veneno de abelha vira "botox natural" em Tatuí-SP  O veneno da abelha faria a pele reagir aumentando a produção de colágeno e a elasticidade da pele Um laboratório de Tatuí, a 140 km de São Paulo, desenvolveu uma linha de cremes de beleza à base do veneno de abelhas produtoras de mel. O produto aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e lançado comercialmente funciona como um "botox natural" - a pele reage ao veneno aumentando a produção de colágeno e melhorando a elasticidade. De acordo com o pesquisador e apicultor Ciro Protta, sócio proprietário do laboratório, o princípio ativo do cosmético, que também contém pólen e mel, é a melitina, um aminoácido presente no veneno da abelha. A substância "engana" a pele, transmitindo a sensação de uma picada de abelha e desencadeando uma reação ao veneno. A circulação sanguínea melhora e as peles mortas são eliminadas, reduzindo as rugas. Protta pesquisa as abelhas há mais de vinte anos e já desenvolveu outros produtos à base de mel, própolis e veneno, lançados comercialmente. A obtenção do veneno sempre foi um problema: quando uma abelha ataca uma pessoa, ela perde o ferrão e acaba morrendo. O pesquisador criou e patenteou um equipamento que permite a coleta do veneno sem matar as abelhas. Trata-se de uma haste metálica levemente energizada e colocada na entrada da colmeia. Quando a abelha pousa, leva um pequeno choque e reage com ferroadas, expelindo o veneno que escorre para um recipiente. Como não perde o ferrão, a abelha sai ilesa do ataque. Aliny Gama Do UOL, em Maceió

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os gritos do silêncio

Marthela Steenkamp (RIP, 1997-2012)

     Dirceu Ayres

o fim de semana da Páscoa, uma família de fazendeiros sul-africanos foi morta a tiros, incluindo uma bela garota de apenas 14 anos. Não é um caso isolado: desde o fim do apartheid, mais de 3165 fazendeiros "boer" brancos sul-africanos foram mortos por negros. Na maior parte das vezes, não há roubo algum, apenas execução sumária, em alguns casos precedidos de tortura e violência sexual. Seria genocídio? Alguns dizem que se tratam apenas de vítimas de crime e, neste caso, o número de vítimas negras de crime (por outros negros) na África do Sul seria ainda maior. Porém, é claro que está tendo lugar uma perseguição aos fazendeiros brancos, querendo intimidá-los e expulsá-los de suas terras, como já aconteceu no Zimbabwe. Os "boer" resistem, mas, até quando? É muito curioso que hoje ninguém fale da África do Sul. É quase como se o país de repente tivesse desaparecido do mapa. O fato é que a tal "nação arco-íris" prometida jamais se concretizou, e hoje o país está em situação bem pior do que durante o apartheid, seja para os brancos, seja para os negros. Sim, os negros detém o poder, mas pode-se dizer que tenham um nível melhor de vida agora, quando a África do Sul virou a capital mundial dos estupros? O apartheid era desigual, sem dúvida, mas observem uma coisa curiosa: durante essa época, em pleno apartheid, milhares de imigrantes africanos de outros países do continente migraram para lá. Pelo jeito, não faltavam negros querendo ser "oprimidos" pelos brancos safados. Hoje em dia, é o contrário. Não são apenas os brancos que estão emigrando da África do Sul, como até mesmo os negros mais qualificados, que acreditam ter melhores opções em outros lugares. O país virou um antro de violência e corrupção. Mas ninguém se importa... É verdade que naquela época os brancos tinham uma posição privilegiada, e agora boa parte deles, sem ter mais o privilégio por lei, está vivendo na pobreza. Mas também é verdade que, salvo alguns negros que se deram bem como os mostrados nesse mesmo documentário do link, a situação ficou pior para quase todos. Eis aqui um blog documentando em fotos a decadência arquitetônica de Johannesburgo. Cry the beloved country... A jornalista Ilana Mercer, sul-africana de nascença, fala um pouco sobre a situação atual de seu país no seu blog e no livro "Into the Cannibal's Pot". A destruição da África do Sul ocorreu em nome da tal "igualdade". Ou seja, a busca utópica de uma sociedade na qual todas as raças, culturas, etnias, "orientações sexuais" e religiões tenham o mesmo nível de vida, numa delirante igualdade, não de oportunidade, mas de resultados. É a ideologia em voga hoje no Ocidente, fazer o quê. Igualdade total, não de oportunidade ou perante a lei, mas de resultados. E nenhum esforço é medido nessa luta absurda. Mas tal igualdade de resultados não é possível. Tal "fim do racismo" e "sexismo" não é possível, pois o fato de negros, índios, mamelucos e cafuzos terem em geral nivel de vida pior do que os brancos e asiáticos não tem NADA a ver com a escravidão, a opressão, ou o racismo brancos, assim como há uma explicação perfeitamente lógica para a diferença salarial entre homens e mulheres que nada tem a ver com o "sexismo". As pessoas e as culturas e as etnias e os sexos são diferentes e têm interesses diferentes e apresentam resultados diferentes, é apenas isso. E, salvo intervenção divina ou uma equalização forçada através da manipulação genética, ou então em um Estado Totalitário ao estilo de Harrison Bergeron, jamais serão todos de todo iguais. É isso. Se não acreditam, então esperem sentados pela igualdade, ou vocês irão cansar... No mais, a morte de fazendeiros continua, é como cantava o pacifista Nelson Mandela: "matem os Boer." Publicado por Mr. X. Surrupiádo do amigo LIBERESFERA ou LIBERTATUM

Haddad busca pastores evangélicos para milagre: exorcizar kit gay da sua vida.


  Dirceu Ayres

Na mira de líderes evangélicos desde a polêmica do chamado "kit anti-homofobia" do Ministério da Educação, o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem organizado reuniões com pastores para tentar reduzir resistências e se aproximar do setor. Os encontros ocorrem em média duas vezes por semana, em visitas à periferia, e não são divulgados em sua agenda pública. Dirigentes da campanha temem que o material contra a discriminação de homossexuais, produzido quando o petista era ministro, vire arma eleitoral de adversários. Nesta segunda-feira, em Guaianases (zona leste), cerca de 40 pastores ouviram Haddad dizer que não conhecia o teor do "kit gay", que teve a distribuição vetada pela presidente Dilma Rousseff. "Ele disse que entendeu que aquilo não era adequado e mandou suspender a distribuição dos kits", contou o pastor Marçal Borges, da igreja A Palavra de Deus, que é petista e cedeu seu templo para uma reunião política. "Acredito nele, mas a verdade é que a explicação é muito vaga e não convence. A maioria dos evangélicos só se lembra dele como o ministro que propôs o kit gay", disse. A assessoria de Haddad afirma que as reuniões não são divulgadas para que ele converse com mais liberdade com os pastores, e que isso também ocorre com sindicalistas e empresários. O petista disse que a polêmica do tema do kit é um "tema lateral" nas reuniões. "Isso apareceu muito pouco, não é a tônica", afirmou. "Meu interesse é estabelecer parcerias para atender à população. É importante que os líderes evangélicos evitem a pecha da homofobia e cultivem valores de tolerância e combate ao preconceito."

PETISTA AGNELO QUEIROZ SUSPEITO DE LIGAÇÕES COM O BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA


    Dirceu Ayres

Agnelo Queiroz: ligações perigosas. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar a relação do governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT, com a quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira. Nesta terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu desmembrar o inquérito que tramitava na corte sobre os tentáculos da máfia de Cachoeira. Com a separação, a apuração terá três frentes distintas: uma, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), investigará as relações de Agnelo Queiroz com a máfia. Outra parte do processo continuará no Supremo Tribunal Federal (STF): a que diz respeito aos deputados federais Sandes Júnior (PP-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ) e Antonio Carlos Leréia (PSDB-GO). Um terceiro braço da investigação foi remetido à Justiça Federal de Goiás. Neste caso, o alvo são servidores públicos e autoridades sem foro privilegiado. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chegou a pedir que Lewandowski que remetesse ao STJ as suspeitas envolvendo o governo do Distrito Federal. Mas o ministro determinou que o próprio Gurgel deverá levar o caso ao STJ. Para que o inquérito contra Agnelo seja oficialmente aberto, os ministros do STJ precisam aceitar o pedido do procurador-geral. Do site de revista Veja Agnelo recebe proteção do partido. Parece máfia. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, manifestou nesta quarta-feira apoio do partido ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), após audiência realizada no Palácio do Buriti. "Não há indícios de comprometimento do governo e do governador Agnelo com esse delinquente", afirmou, referindo-se ao empresário Carlos Augusto Cachoeira. Falcão disse que Agnelo "pegou um governo totalmente sucateado e minado pela corrupção. O governador vem tomando atitudes para colocar a casa em ordem. Por isso tem sido combatido. Não há crise política no governo do DF. Não temos nenhum temor de que essa investigação vá implicar o governador". Ele negou que a direção nacional do PT teria abandonado Agnelo. "Li numa publicação semanal que eu viria aqui para pedir a renúncia do governador. Isso não passa de um boato sem o menor fundamento. Ao contrário, queremos que ele continua andando bem".(Folha Poder)

CPI com Protógenes pode ter credibilidade?



     Dirceu Ayres

Cachoeira, em pessoa, intermediou conversa entre Protógenes e diretor da Delta! E o agora deputado é membro da CPI!!!  Ai, ai… A CPI do Cachoeira conta com ao menos uma grande piada: chama-se Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o predileto do apresentador de televisão Paulo Henrique Amorim, cuja altitude moral é conhecida. Pois é… Não é que Carlinhos Cachoeira — o próprio, em pessoa! — intermediou um encontro de Protógenes com Cláudio Abreu, aquele diretor enrolado da Delta? E quem participa das negociações? Ora, o araponga Dadá, o faz-tudo de Cachoeira, que atuou também em algumas das ilegalidades comandadas por Protógenes na Operação Satisgraha. Emblema: Protógenes e Dadá combinam de ir juntos para Goiânia, numa carro alugado por Dadá. O agora deputado estava indo para a cidade dar uma palestra sobre combate à corrupção, sabem? Num carro pago por Cachoeira! Leiam o que informam Alfredo Junqueira e Fábio Frabrini, no Estadão: O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo desde fevereiro, intermediou contatos telefônicos entre o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e o então diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu. Gravações feitas pela PF no dia 8 de maio de 2009, durante as investigações sobre as atividades do grupo liderado por Cachoeira, mostram o contraventor avisando ao executivo que ele receberia uma ligação do parlamentar. Protógenes foi confirmado ontem como representante do PCdoB na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que vai investigar as ligações do contraventor entre políticos e empresas. Cachoeira explica que seu braço direito, o araponga Adalberto Matías Araújo, o Dada, está a caminho da casa do deputado. A missão de Dadá era colocar Protógenes e Abreu em contato pelo telefone. “Fica com o rádio ligado que o menino tá te ligando aí agora, do Protógenes, o Protógenes vai falar com você agora”, diz Cachoeira. O então diretor da Delta afirma que ainda não recebeu o telefonema, mas vai ficar esperando. Duas horas depois, os dois voltam a se falar. Eles, então confirmam que o deputado vai conversar pelo telefone, por intermédio de Dadá. Depois, Abreu ainda comenta que está com problemas para fechar o preço para vencer uma licitação na cidade de Trindade, em Goiás. Protógenes, que só viria a ser eleito em outubro de 2010, havia acabado de ser afastado da Polícia Federal, acusado de ter cometido irregularidades quando comandava o inquérito da Operação Satiagraha. Dez dias depois, em outra ligação telefônica gravado pela PF, Dadá e Protógenes combinam ir juntos a Goiânia. O delegado afastado explicou ao braço direito de Cachoeira que iria dar uma palestra na cidade. Ele pretendia chegar cedo, pois queria “almoçar lá com aqueles amigos”. Os dois combinam de viajar juntos num carro que seria providenciado pelo araponga. *Por Reinaldo Azevedo

Lewandowski vota a favor das cotas no primeiro dia de julgamento no STF


    Dirceu Ayres


Sessão foi interrompida diversas vezes por Joaquim Barbosa, único ministro negro da Corte e a favor das cotas O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta quarta a constitucionalidade de sistemas de cotas adotados por universidades brasileiras para seleção de seus alunos. Por enquanto, votou apenas o ministro Ricardo Lewandowski, que é o relator de duas ações sobre o assunto. Lewandowski reconheceu a validade das ações afirmativas como forma de tentar reduzir as históricas desigualdades sociais entre grupos étnicos e realizar a justiça social. Ministro Ricardo Lewandowski é o relator do caso O voto de Lewandowski foi interrompido diversas vezes por intervenções do ministro Joaquim Barbosa, que é o único integrante negro do STF. Barbosa citou o sucesso de políticas afirmativas nos Estados Unidos e disse que o presidente Barack Obama é o principal exemplo disso. Para provar a persistência do quadro de desigualdades sociais no Brasil, Lewandowski citou informações segundo as quais cargos de alto escalão e de direção de empresas são ocupados em sua maioria por brancos. O ministro acrescentou que o grande beneficiário do sistema de políticas afirmativas é todo o meio acadêmico, que terá a oportunidade de conviver com a diversidade. "A política de ação afirmativa não se mostra desproporcional ou irrazoável", disse o ministro. O julgamento deverá ser retomado nesta quinta para que os outros ministros do Supremo votem. O tribunal julga três ações. Duas delas questionam a constitucionalidade de regras adotadas pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para ingresso nas instituições por meio do sistema de cotas. Na terceira ação, são contestados dispositivos que estabeleceram políticas afirmativas no âmbito do Programa Universidade para Todos (ProUni). A ação contra a política da UnB é movida pelo partido Democratas. A advogada da legenda, Roberta Kaufmann, sustentou no plenário do STF que a política baseada em parâmetros étnicos poderá criar no País um modelo de Estado dividido pelo critério racial. "Se fizermos uma política de recorte social, a partir de critérios objetivos, como por exemplo renda mínima ou ter estudado em escolas públicas, faremos a integração necessária, sem criarmos os riscos de dividirmos o Brasil racialmente", disse. A favor das cotas, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para provar a existência das desigualdades entre os grupos étnicos que integram a sociedade brasileira. Ele disse que 50% da população são de negros e pardos. Mas que dos 10% mais pobres da pr O Estado de S.Paulo

BRASIL À BEIRA DE UM GOLPE DE ESTADO




   Dirceu Ayres

fotografia que não necessita de legenda explicativa  Lula, o PT e seus sequazes nem sequer disfarçam. A CPI que é um recurso político da minoria, desta feita foi convocada pela maioria, isto é, pelo PT e seus asseclas, ou seja aquele bando de picaretas com assento no Congresso Nacional que atende pelo designativo de "base aliada". O mentor da CPI é Lula que, segundo matéria do site de O Globo, avisou que vale a pena correr riscos para alcançar os resultados: massacrar a Oposição. Em resumo: a Nação calada consente que o parlamento brasileiro seja utilizado como palco de um embuste, uma pantomima diabólica engendrada pelo cérebro de Lula que, provavelemente, foi afetado pela quimioterapia. O futuro dirá se isso é uma simples ilação. Lula pode ser daqueles que acham que por estar com o pé na cova podem fazer o que bem entendem. Ora, uma CPI é uma providência no âmbito parlamentar que demanda tempo, mobilização de parlamentares, funcionários, assesores, técnicos e o escambau. Isto custa dinheiro aos cofres públicos. Se for uma coisa séria para valer, que investigará a roubalheira e a propinagem institucionalizada, diga-se de passagem, pela bandalha do PT, tudo bem. Mas se for apenas uma jogada político-eleitoral e com a finalidade precípua de criar as condições para desviar a opinião pública do crime do mensalão e promover a procrastinação de seu julgamento a Nação não está apenas sendo iludida, mas à beira de um golpe de Estado mais à frente. Notem por exemplo, que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, uma proposta de emenda constitucional (PEC) que permite ao Congresso sustar decisões do Poder Judiciário. Atualmente, o Legislativo pode mudar somente decisões do Executivo. A proposta seguirá agora para uma comissão especial. Essa proposta de emenda constitucional é mais um passo em consonância com as diretrizes do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula, Chávez et caterva. Quanto a isso não há dúvida nenhuma. Caso esses tarados ideológicos do PT consigam aprovar essa afronta ao Estado de Direito Democrático, consuma-se um Golpe de Estado puro e simples.
É que o Direito (dentro do Estado de Direito Democrático) tem sua funcionalidade e eficácia, ou seja, a segurança jurídica, dependente da estrita obediência às decisões judiciais. Essas decisões podem ser contestadas dentro dos parâmetros legais/processuais constitucionais, porém não podem sob nenhuma hipótese serem desobedecidas. Em outras palavras, a aprovação dessa PEC destrói o principal fundamento do Estado de Direito Democrático. Em todos os países latino-americanos sob a direção do Foro de São Paulo, como a Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Argentina, Paraguai e Uruguai assiste-se ao desmonte das instituições democráticas. O método aplicado é que é diferente de país para país, embora o objetivo seja o mesmo. Assim, diferentes estratégicas são aplicadadas para atingir o mesmo objetivo, a comunização do continente latino-americano. Essa CPI, por exemplo, criada pelo Lula, que é um dos principais articuladores do Foro de São Paulo, tem em mira abrir espaço para hegemonia política do PT. E isso acontece em todos esses países que mencionei, mas como disse, de forma diferente e adequada à situações locais. Os comunistas do PT agem simultaneamente em várias frentes. Enquanto a CPI do Cachoeira é montada para esmagar lideranças oposicionistas, ao mesmo tempo corre silencioso pela Câmara a PEC - Proposta de Emenda Constitucional que emascula o Poder Judiciário. As outras frentes de ataque do PT às instituições democráticas são levadas a efeito por um conjunto de novas regras de conduta social baseadas no pensamento politicamente correto. Estas podem parecer pontuais, estarem de acordo com um suposto avanço. Incluem-se aí coisas como o Kit Gay, a descriminalização do aborto, a liberalização dos entorpecentes, como a maconha e até mesmo a prosaica proibição de fumar em praça pública. Quanto ao uso do tabaco, essa campanha anti-fumo permite moldar as consciências de forma que o governo possa aumentar desmesuradamente os impostos do comércio de cigarros. Ninguém levanta a voz contra essa torrente de iniquidades que vem sendo transformada em lei. Até que não exista mais qualquer tipo de reação à intromissão do Estado na vida privada das pessoas. Na atualidade ainda se vive um resquicio dessa guerra de valores. Mais adiante não háverá mais nenhum tipo de resistência e os cérebros dos cidadãos já estarão completamente abduzidos pela lavagem cerebral consumada pela canalha ideológica que se adonou da Nação brasileira. Ninguém reflete sobre tudo isso. Tanto é que Lula e seus sequazes continuam dando as cartas e conseguem, até mesmo, criar um CPI fajuta para a realização de suas ambições de poder absoluto, enquanto a massa de orelhudos fala à boca pequena que o PT não sai mais do poder. Ora, com essa atitude bovinamente alienada, oportunista e acrítica será isto mesmo que irá acontecer. A rigor, Lula e seus asseclas já conseguiram calar a Oposição. A CPI fajuta desviará a atenção da população não apenas com relação ao mensalão, mas também da PEC que liquida o Poder Judiciário e impõe uma fissura irreparável nos fundamentos da democracia, da segurança jurídica e, por fim, da liberdade. Com o aparelhamento ideológico da Ordem dos Advogados do Brasil, das universidades, das escolas em todos os níveis, das organizações estudantis, dos sindicatos e centrais sindicais - inclusive as patronais como a Conferação Nacional da Indústria (CNI), constata-se que a Nação está assim como "enfeitiçada" pelo canto de sereia dos comunistas, agora travestidos de ecologistas e de pseudos libertários, na verdade autênticos liberticidas. Finalmente, a grande mídia dá a contribuição definitiva para que toda a verdade seja substituída pela repetição da mentira até que esta se torne - pasmem - uma verdade incontestável. Prestam-se, como lacaios de Lula, do PT e seus sequazes, os jornalistas em sua maioria. Calculo que 99% dos jornalistas da grande imprensa brasileira fazem parte dessa legião de mentirosos e idiotas de todos os matizes. Eu sei o que estou afirmando. Estou no jornalismo há mais de 40 anos e trabalhei em jornais diários. Também sou advogado inscrito na OAB, Mestre em Direito e também trabalhei durante vários anos na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarinsa (FIESC). Conheço muito bem o ambiente político e empresarial, bem como os empresários brasileiros em nível nacional.
Assim, acumulo um acervo de conhecimento e informação - sem qualquer modéstia - respeitável. Isto conjugado com a minha memória - sem modéstia também - estupenda, se transforma numa poderosa ferramenta para a produção de análises políticas, econômicas e sociológicas em níveis nacionais e internacionais.E, também sem qualquer falsa modéstia, escrevo sobre qualquer assunto. Espero poder contribuir de alguma forma para melhorar o Brasil. Se é que o lixo ocidental possa sofrer algum tipo de mudança positiva.BLOG DO ALUZIO AMORIM

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hoje ninguém vai furar fila no Sírio Libanês. Lula visita Dilma em Brasília.


      Dirceu Ayres

Lula, em tratamento no hospital paulista, tem causado revolta em outros pacientes de câncer, ao furar fila e ao transformar o local em comitê de campanha. Incentivador da CPI do Cachoeira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje em Brasília disposto a estimular o PT e a base aliada a bombardearem o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) para atingir a oposição às vésperas das eleições. Lula vai almoçar com a presidente Dilma Rousseff e ministros, no Palácio da Alvorada, algumas horas depois da instalação da CPI. Nos últimos dias, o ex-presidente e sua sucessora divergiram sobre a conveniência da instalação da CPI. Lula, porém, está convencido de que as investigações vão desvendar como operava o que ele chama de 'quadrilha política e empresarial' comandada por Carlinhos Cachoeira. Na avaliação de Lula, o esquema de Cachoeira se aliou à oposição e agiu para fabricar provas contra o seu governo. Em conversas reservadas, o ex-presidente tem dito que a CPI vai desvendar as ligações de Cachoeira com a 'farsa do mensalão'. Perillo garantiu, em 2005, que alertou Lula sobre o pagamento de propina a parlamentares, em troca de apoio no Congresso. O ex-presidente nega e nunca perdoou o tucano por isso. Embora não tenha feito nada para evitar a CPI, Dilma teme que ela contamine as votações no Congresso. O governo também se deu conta de que a CPI pode trazer problemas ao Planalto porque a construtora Delta, no epicentro da investigação, é a que tem mais contratos para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (Estadão)Para ter controle sobre Lula e José Dirceu, Dilma impõe relator da CPI do Cachoeira. O governo Dilma Rousseff indicou ontem um aliado como relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai investigar os negócios do empresário Carlos Cachoeira, sinalizando a intenção de manter as atividades da comissão sob seu controle. Como relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG) terá amplos poderes para conduzir as investigações e será responsável pelo relatório em que serão expostas as conclusões da CPI, que foi instalada formalmente ontem à noite. O Palácio do Planalto quer evitar que a comissão crie constrangimentos para o governo federal e trabalha para conter os setores do PT que desejam transformá-la em instrumento para um confronto com os partidos que fazem oposição à presidente. Investigações feitas pela Polícia Federal nos últimos três anos levaram Cachoeira à prisão em fevereiro e expuseram seu relacionamento com vários negócios no setor público e políticos de seis partidos diferentes, incluindo o PT de Dilma e o PSDB, o maior partido da oposição. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos principais incentivadores da criação da comissão há duas semanas, quando ela começou a ser negociada por líderes partidários no Congresso. Lula viu na CPI um instrumento para enfraquecer a oposição e assim reduzir os danos que o julgamento do mensalão poderá criar para ele e os petistas neste ano. Mas Dilma teme que as investigações também provoquem prejuízos para a sua imagem, por causa das ligações de Cachoeira com políticos do PT e a construtora Delta, que tem vários contratos com o governo federal. A indicação de Odair Cunha como relator da CPI recebeu o aval da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e do líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Outro aliado do Planalto, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), será o presidente da CPI. Dos 32 membros da comissão, 25 foram indicados pelo PT, pelo PMDB e por outros partidos governistas. Uma das idéias em discussão no governo é deixar para o fim das investigações a convocação de Cachoeira para depor, o que poderia atenuar o efeito explosivo que seu depoimento provavelmente teria se fosse tomado agora. Antes, a CPI vai pedir os documentos da investigação da PF e ouvir o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e os delegados que investigaram Cachoeira. Cunha pregou moderação em suas primeiras declarações. "Não vou fazer caça às bruxas", disse à Folha, ao ser perguntado sobre a possibilidade de incluir entre os focos das investigações as relações de Cachoeira com jornalistas, juízes e procuradores.O primeiro indicado pelo PT para a relatoria da CPI foi o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que tinha o apoio de Lula mas foi vetado por Dilma, que em março afastou-o da liderança do governo na Câmara e substituiu-o por Arlindo Chinaglia. A escolha de Cunha foi a maneira encontrada por Dilma para se contrapor à ala paulista do PT, que tem forte influência de Lula e do ex-ministro José Dirceu, um dos 38 réus do processo do mensalão, que o Supremo Tribunal Federal se prepara para julgar nos próximos meses.(Folha de São Paulo)

Enquanto isso na pizzaria Brasil...


   Dirceu Ayres

Devem começar hoje os trabalhos para a infame CPMI do Cachoeira. Todos os partidos unidos em nome de uma moralidade que nunca existiu... A não ser nos verbetes dos dicionários na biblioteca do congresso. Pois, de ética e de moralidade, aquele povo não sabe nem como procurar no "Aurélio" para saber o significado da palavra. Mais um circo montado em ano eleitoral para iludir o povo burro da pocilga, onde uma legião de Fichas Sujas se acham no direito de apontarem seus imundos dedos para um igual como se eles fossem os ilibados arautos da moralidade em uma ridícula tentativa de inverter os valores. Patético... Sabemos que essa CPMI não vai dar em nada além de muito oba-oba, e a punição de quem já sabemos. Protógenes, Cachoeira, e se possível alguns políticos da oposição ao PT.Punição? Eu escrevi punição? Me perdoem. A CPI do mensalão consumiu meses, energia, e dinheiro publico e vão aí sete anos e porra nenhuma de punição. O STF continua esperando o tempo passar para haver o mínimo de estrago possível entre os "amigos Del Rey". Vejam que tem mensaleiro do PT como o João Paulo Cunha que é presidente da comissão de constituição e justiça da câmara. Vejam até onde vai a bandalheira e o desrespeito ao povo brasileiro. Um cidadão que nem deveria ter cargop público e está sendo investigado pela prática de corrupção, e poderá...um dia...por um aborto da natureza...ser punido pela justiça. É presidente de uma comissão que trata dessa mesma justiça....Quanta injustiça, não? Só não vê quem não quer. Essa CPMI, assim como tantas outras, serve apenas para iludir a população que o congresso corta na própria carne... A CPMI já começa tendenciosa, onde o presidente da mesa e o relator da comissão são da quadrilha vermelha, ou seja, é nítida a interferência do Sebento para que tudo seja apurado e os onus jogados ao colo da oposição. E toda e qualquer investigação que esbarre nas Ratazanas Vermelhas seja desviada ou nada investigada, sempre com o viés de abafar as maracutaias dos 93 Ratos Vermelhos que compõe a bancada PTralha no congresso.Veremos muito espetáculo, e muita truculência para abafar o que deveria ser investigado. A CPMI do Cachoeira é mais uma farsa para iludir o povão que vota sem pensar, assim como a Faxina Ética da presidANTA Dilmarionete, que pegou apenas os sinistros dos partidos de aluguel. Ou como o julgamento do mensalão que não vai para frente nem a pés na bunda, essa CPMI tende a acabar em uma imensa Pizza de Marmelada, onde as punições, se acontecerem, levarão décadas para serem julgadas e se transformarem em penas efetivas para os culpados. E até lá a bandalheira estará de uma forma tão descontrolada que ninguém mais vai lembrar do Demóstenes, do Cachoeira, e da turminha da Delta. E quem sabe o Sérgio Cabral que está atolado até o pescoço com essa tal de Delta, e a imprensa amestrada insistem em não dizer nada para não apagar o brilho da cidade sede das Olimpíadas e talvez a sede da final da Copa do Mundo, já tenha se tornado presidente de Banânia. No País do futebol, ser corrupto é mérito e dá benefícios. E enquanto se fala na CPMI sem parar, nada se fala sobre as Lanchas da Ideli. Percebem que usam um escândalo da "oposição" sempre para abafar um do DESgoverno? E NÓIS AQUI, OLHANDO PARA A IMENSA PIZZA DE MARMELADA QUE JÁ ESTÁ NO FORNO!!!! E no mais... E PHODA-SE!!!!!! (O MASCATE)

No Rio Grande no Norte, poderá surgir mais um escândalo no Judiciário.


   Dirceu Ayres


Reportagem de Felipe Luchete, na Folha, mostra que o Ministério Público do Rio Grande do Norte investiga um suposto esquema de fraudes no pagamento de precatórios organizado dentro do Tribunal de Justiça do Estado. Os desvios ultrapassaram R$ 11 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado, que também apura o caso. A ex-chefe da divisão responsável pelos pagamentos, Carla Ubarana Leal, disse em depoimento que entregou dinheiro proveniente das fraudes a desembargadores durante cinco anos. Ela afirmou que entregava envelopes com dinheiro aos ex-presidentes do TJ Osvaldo Cruz (2007-2008) e Rafael Godeiro (2009-2010), em salas e na garagem do tribunal. Ambos negam envolvimento. “A verba vinha do banco. Chegou R$ 90 mil, eu já separava a parte do desembargador Osvaldo, botava dentro da bolsa. A entrega era feita a ele todo final de tarde, no Tribunal de Justiça, em um envelope pardo amarelo, em notas de R$ 100, para fazer o menor volume possível”, disse Leal. A servidora chefiava o setor desde 2007, mas foi afastada em janeiro após ser alvo de operação do Ministério Público e da Polícia Civil. Segundo as investigações, ela tinha ajuda do marido, George de Araújo Leal, e de outras três pessoas. O casal está em prisão domiciliar, após negociar delação premiada – medida em que o preso tem benefícios com a colaboração. Os precatórios são dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça, que devem ser pagas cronologicamente. MODUS OPERANDI Em depoimento, Carla disse que o grupo ganhou com rendimentos de uma conta na qual eram depositados valores de alguns processos. Os valores entravam e saíam para pagar todos os processos, mas não havia controle da origem do dinheiro em cada caso. Bastava haver fluxo em caixa. A reportagem de Felipe Luchete revela que o esquema teria começado quando a servidora descobriu uma “sobra” de R$ 1,6 milhão que não estava vinculada a nenhum processo. Segundo ela, Cruz, à época presidente do TJ, pediu que ela tentasse dividir o dinheiro “sem dono”. Carla diz que passou a distribuir valores para contas de uma empresa do marido e de três “laranjas”.
A partir de então, usou cheques e guias de pagamento duplicadas. Em alguns casos, os dois desembargadores sob suspeita teriam assinado pedidos de transferência direta aos beneficiados. A investigação ficará a cargo do Superior Tribunal de Justiça e do CNJ Conselho Nacional de Justiça. A corregedora do Conselho, ministra Eliana Calmon, já anunciou que pretende punir os desembargadores, mas a única pena a que estão incursos é uma verdadeira benção. O máximo que pode lhes acontecer é aposentadoria precoce, com salários integrais e o direito de seguir trabalhando como advogados. Ah, Brasil… *Enviado por Carlos Newton BLOG DO MARIO FORTES

Suposto envolvimento de Ministros, mancha o Poder Judiciário.


    Dirceu Ayres

STF E STJ COVIS DE BANDIDOS DE TOGA COM A FALÊNCIA DEFINITIVA DO PODER JUDICIÁRIO?

Divulgada na Internet uma suposta ordem do STF para que a Polícia Federal lhe entregasse toda a documentação das operações Monte Carlo (Demóstenes vrs Cachoeira) e Las Vegas (Cachoeira vrs Cúpula do Judiciário).A mesma fonte denuncia que nos bastidores do Covil de Bandidos – poder público – corre a informação do envolvimento, em maior ou menor grau, de nove ministros do STJ e quatro do STF com esses escândalos de corrupção.O fato de supostamente e inexplicavelmente o STF ter ordenado que não ficasse nenhuma cópia de qualquer documento de posse da Polícia Federal (me engana que eu gosto) agrava e muito que as denúncias possam ter embasamento real.Esse cenário institucional – embasamento real – poderá definir a falência definitiva do Poder Judiciário no país.Diante dessa suposição, se comprovada totalmente ou parcialmente verdadeira, qual será a reação da sociedade? Qual será a reação das Forças Armadas diante da suposta Falência do Poder Judiciário? Qual será a reação da banda boa do Poder Judiciário e da Polícia Federal, absolutamente desqualificada por essa ordem do STF que é totalmente ilegal e denuncia um hediondo abuso de poder porque não foi submetida previamente ao seu plenário para ser votada?Estamos diante – se comprovado – de um gravíssimo cenário de desordem institucional que poderá ter três conseqüências prováveis:- Um abafa geral o que significaria a formalização pública do Regime Fascista Civil com o aval das Forças Armadas e a desqualificação formal do Poder Judiciário como defensor da ordem legal no país, ficando ainda absolutamente comprovada que o termo Covil de Bandidos é a única qualificação possível para o poder público, - Uma dura reação nascida no próprio poder público para promover a destituição desse Regime Fascista Civil disfarçado com o apoio da Polícia Federal e das Polícias Civil, Militar e com total apoio de oficiais das Forças Armadas - não vendidos ao poder executivo - e a convocação de novas eleições gerais,- Uma reação social – podendo descambar para uma guerra civil com a convocação das milícias petistas pela presidente para saírem às ruas – em larga escala com o apoio de instituições civis e das Forças Armadas, impondo através de uma junta civil-militar a destituição do desgoverno petista e do destituição do Congresso Nacional, com a prisão de todos os envolvidos e o conseqüente cancelamento de qualquer foro privilegiado,- Será que a Sra. Hillary Clinton está acompanhando pela mídia a comprovação do teor da sua absurda idiotice ao declarar em entrevista coletiva que o governo brasileiro estaria dando um exemplo para o mundo sobre o combate à corrupção?- Será que as malas e os passaportes italianos já estão prontos para partir levando de lembrança o crucifixo do gabinete presidencial? *Geraldo Almendra, por e-mail, via Resistência Democrática BLOG DO MARIO FORTES



O Brasil apodrece.


Um post publicado em 22 de junho de 2011 registrou a repulsa dos brasileiros honestos com o desempenho de Lula num encontro do PT em Sumaré. No Sermão aos Companheiros Pecadores, clímax da missa negra, o mestre ensinou a seus discípulos que, sem união, nenhum bando escapa de perdas dolorosas. Explicou que Antonio Palocci, por exemplo, perdeu o empregão na Casa Civil não pelo que fez, mas pelo que o rebanho deixou de fazer. Foi despejado não por excesso de culpa, mas por falta de braços solidários. Para ilustrar a tese, o pregador evocou o escândalo do mensalão ─ sem mencionar a expressão banida do vocabulário do bordel das antigas vestais. “Eu sei, o Zé Dirceu sabe, o João Paulo sabe, o Ricardo Berzoini sabe, que um dos nossos problemas em 2005 era a desconfiança entre nós, dentro da nossa bancada”, disse o pregador. “A crise de 2005 começou com uma acusação no Correio, de três mil reais, o cara envolvido era do PTB, quem presidia o Correio era o PMDB e eles transformaram a CPI dos Correios, para apurar isso, numa CPI contra o PT, contra o Zé Dirceu e contra outros companheiros. Por quê? Porque a gente tava desunido”. Com o cinismo dos que espancam a verdade desde o berço, o sumo-sacerdote da seita omitiu o essencial. Foi ele quem entregou o controle dos Correios ao condomínio formado pelo PMDB e pelo PTB. O funcionário filmado embolsando propinas era afilhado do deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, que merecera do amigo presidente “um cheque em branco”. O desconfiado da história foi Jefferson, que resolveu afundar atirando ao descobrir que o Planalto não o livraria do naufrágio. Ao contar o que sabia, desmatou a trilha que levaria ao pântano do mensalão. Não podemos errar de novo, advertiu o embusteiro. Para tanto, é preciso preservar a coesão do PT e da base alugada recorrendo à receita caseira: “A gente se reúne, tranca a porta e se atraca lá dentro”, prescreveu. Encerrada a briga de foice, unifica-se o discurso em favor dos delinqüentes em perigo. “Eu tô de saco cheio de ver companheiro acusado, humilhado, e depois não se provar nada”, caprichou na indignação de araque o padroeiro dos gatunos federais. Aos olhos do país que presta, gente como o mensaleiro José Dirceu, a quadrilheira Erenice Guerra ou o estuprador de sigilo bancário Antonio Palocci têm de prestar contas à Justiça. Para Lula, todos só prestaram relevantes serviços à pátria. A lealdade ao chefe purifica. “Os adversários não brincam em serviço”, fantasiou. “Toda vez que o PT se fortalece, eles saem achincalhando o partido”. Milhões de brasileiros não conseguem enxergar no homem que brinca de xerife o vilão do faroeste de quinta categoria. Ao longo de oito anos, enquanto cuidava de transformar a ignorância em virtude, Lula acelerou a decomposição moral do país. O Brasil deste começo de século lembra um grande clube dos cafajestes sustentado por multidões de sobreviventes para os quais a vida consiste em não morrer de fome. Essa sim é a herança maldita. Se conseguisse envergonhar-se com alguma coisa, o ex-presidente estaria pedindo perdão aos brasileiros por ter institucionalizado a impunidade dos corruptos companheiros. Se não fosse portador da síndrome de Deus, saberia que ninguém tem poderes suficientes para revogar os fatos e decretar a inexistência do mensalão. Como Lula é o que é, continua convencido de que livrará do merecidíssimo castigo os bandidos de estimação. Neste outono, para perseguir inimigos e, simultaneamente, dispersar os holofotes concentrados no processo à espera de julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Grande Pastor ordenou ao rebanho que apressasse a instauração da CPI do Cachoeira. Má ideia. As escavações mal começaram e a Delta Construção, a empreiteira que mais lucrou com as licitações bandalhas do PAC, vai assumindo o papel principal na ópera dos ladrões. Uma CPI do Cachoeira abrange as maracutaias protagonizadas por um sócio da empresa que ganhou bilhões na construção do Brasil Maravilha de cartório. Para devassar por inteiro a rede de catacumbas, é necessária uma CPI da Delta. É essencial ouvir o que tem a dizer Fernando Cavendish, porque as coisas vão muito além de Goiás e do Distrito Federal. “Como está o Serginho?”, quis saber Lula de um amigo comum na semana passada. Serginho é Sérgio Cabral, compadre, amigo do peito e parceiro de Cavendish em aventuras bilionárias. Se já não está, logo estará muito mal no retrato. Lula acha que os leais prontuários infiltrados na CPI manterão as investigações sob controle. Vai descobrir outra vez que pode muito, mas não pode tudo. A CPI acabará tropeçando nos incontáveis corruptos de bom tamanho espalhadas pelo caminho. Um dos mais graúdos está no trecho que passa por Belo Horizonte. *Augusto Nunes BLOG DO MARIO FORTES



terça-feira, 24 de abril de 2012

LESÃO CEREBRAL

Dirceu Ayres
Recentemente chegamos ao fundo do poço. A ausência total de valores, estímulo à mentira e a corrupção. O mínimo de moralidade pública e privada foi corroído no país onde todos são “heróis”. E heróis quase miseráveis que só ganham a insignificância vinte e oito mil reais ou cento e doze mil por mês, que miséria!!!. Será que o povo brasileiro sofre de lesão cerebral? Não creio, pois isto nos eximiria de qualquer responsabilidade. Prefiro dizer que levamos ao paroxismo a cultura da sem-vergonhice, consentida e consciente, aquela que as mais altas autoridades esbanjam como patrimônio nacional. Na pátria de Macunaíma quem rouba, faz. Quem mata tem seus direito humanos preservados. Afinal, somos como diria aquela autoridade: “éticos” e “não existe pecado do lado de baixo da linha do Equador”. Não há do que se queixar. Atualmente algumas pessoas que se envergonham de serem brasileiras, perguntam: “Será que nosso povo perdeu a vergonha, pois acha natural tudo o que esse governo faz e ainda o reelege” Bem, isto faz parte de uma longa história, a nossa história, e seria necessário escrever um “Tratado de Sociologia da Sem-vergonhice” para formular resposta adequada. Em todo caso, tentarei dá-la, ainda que de modo bastante resumido. Começo lembrando uma interpretação biológica baseada em leitura da Folha de S.Paulo, de /03/07. 06. Segundo o jornal, neurocientistas pesquisaram e levantaram a hipótese de que existe uma parte específica do cérebro, (córtex prefrontal ventromedial) onde se alojam emoções, e que parece ser crítica para certos aspectos da moralidade. As pesquisas feitas com grupos de pacientes que apresentavam lesão nessa região cerebral mostraram que eles exibiam menos empatia, compaixão, culpa, vergonha e arrependimento. Se analisarmos o governo que aí está notaremos “que nunca dantes nesse país”, autoridades, que deveriam dar bom exemplo, tiveram tão pouca empatia ou compaixão com relação ao povo. Vimos idosos de noventa anos ou mais em filas para provar que estavam vivos. A Saúde é um descalabro e nos atendimentos do SUS se observa a crueldade dos funcionários dispensada aos doentes. Rebaixaram os rendimentos da poupança para premiar os grandes investidores, prejudicando os menores. O FGTS poderá ser afetado do mesmo modo e o trabalhador, que sempre votou no Partido dos Trabalhadores, vai perder renda se perder da inflação. O apagão aéreo parece divertir o governo que nega a crise, enquanto o presidente da República finge que está tomando providências. A lista de maldades é vasta, sendo impossível enumerá-las todas em curto artigo. Quanto aos sentimentos de culpa, vergonha e arrependimento inexistem. É como se dissessem: Se o Executivo mandar, faremos todos se não mandar, esquece. Quanto à maioria dos brasileiros, se fosse estudada pelos neurocientistas provavelmente seria apontada como portadora da tal lesão cerebral. Mas, como penso que as teorias sobre o cérebro ainda engatinham nos caminhos da ciência, prefiro a opinião de Michael Koenigs que afirmou: “a reação da maquinaria emocional com respeito a questões morais é sem dúvida moldada por forças culturais”. Hoje em dia continuamos a viver atrás de facilidades preferivelmente alcançadas por esperteza ou doação de alguma autoridade paternal. Não temos de modo geral o sentido de conquista no tocante ao esforço pessoal, não nos faltando, porém, a capacidade predatória. Não sabemos exercer o poder, mas tão-somente nos beneficiar do poder. Simulamos democracia, mas somos autoritários. Preferimos sempre culpar alguém ou algo para nos eximirmos de nossas responsabilidades. Somos ufanistas com relação à nossa cultura da malandragem e da sem-vergonhice. Acredito que aqui cabe esse dito encontrado na internet:
“ESTÁ NA HORA DE VOTARMOS NAS PUTAS”...
...”porque nos filhos delas não tem dado certo”!
Não quero com isso lembrar as Sanguessugas, Mensaleiros ou até os da “Moda” Cartões de Crédito ou Corporativos, é somente lembrar que no Brasil usando a lei de Gerson, tudo sai melhor, não precisamos dos Neurocientístas para isso.