quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Serra responde a declarações de FHC sobre 2014


Serra:"Não estou de acordo, mas não vou polemizar com um amigo" O ex-governador de São Paulo José Serra comentou nesta terça-feira, 24, a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apontou o senador mineiro Aécio Neves como “candidato óbvio” do PSDB à Presidência em 2014. “São opiniões dele. Não estou de acordo com algumas delas, mas não vou polemizar com um amigo”, disse.  Fernando Henrique manifestou a preferência por Aécio em entrevista concedida para a revista inglesa The Economist. O ex-presidente ainda previu uma “luta interna muito forte” entre o senador mineiro e o ex-governador paulista pela indicação do partido nas eleições nacionais. Na semana passada, Serra anunciou aos aliados que não pretende entrar na disputa pela Prefeitura de São Paulo e disse que pretende focar nas questões nacionais, visando o projeto de disputar, pela terceira vez, a Presidência da República. Em nota divulgada nesta terça, Aécio agradeceu a iniciativa de Fernando Henrique e disse que caberá ao partido escolher “o melhor nome” para 2014. “Agradeço a referência do presidente Fernando Henrique. O partido saberá definir o melhor nome, entre os vários de que dispõe, no momento certo, que, acredito, será após as eleições municipais.” O mineiro acrescentou que o partido deve trabalhar para se fortalecer “para além do alcance do discurso”. “No momento certo, independentemente de quem será o nome, o PSDB estará em condições de apresentar um projeto ao país que faça o contraponto ao modelo de governança representado hoje pelo PT”, concluiu. Sem pressa. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também comentou a declaração de Fernando Henrique nesta terça-feira. Ele disse que existem “grandes nomes” no PSDB, mas o tema precisa “ser amadurecido e não há razão para essa discussão” a dois anos da eleição presidencial. Alckmin respondeu com bom humor quando foi perguntado se a previsão de Fernando Henrique estava correta sobre o seu distanciamento da corrida presidencial. “A minha modéstia não permite (comentar)”, disse. O governador participou nesta terça-feira de cerimônia de assinatura de decreto que regulamenta o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), iniciativa que deve beneficiar cerca de 150 mil famílias de agricultores familiares, estimulando a produção e garantindo a comercialização dos produtos. *Bruno Siffredi, do estadão.com.br, e Gustavo Uribe, da Agência Estado. BLOG DO MARIO FORTES às

E agora Dilma? Vai dizer que não sabia?

               
    Dirceu Ayres


VAI SER MESMO UM TERROR DE TERRORISTA. O PT ENTREGA O OURO NA MÃO - DA MULHER DO LOBO. VAI SER MESMO UM TERROR DE TERRORISTA. O PT ENTREGAR O OURO AO... SABIDO! Saiba um pouco mais sobre a nova presidente da Petrobrás: A maior estatal do Brasil e uma das duas maiores empresas do país trocam de Presidente, saindo do cargo o professor José Sérgio Gabrielli. Assume o cargo Maria das Graças Foster. Conheça um pouco mais sobre ela abaixo: MARIA DAS GRAÇAS FOSTER = funcionária de carreira da Petrobrás e bastante próxima de Dilma, trabalharam juntas quando Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul. As duas cuidaram do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) – negócio que envolveu BP e Shell. Casada com Colin Vaughan Foster. E quem seria Colin Vaughan Foster? Colin Vaughan Foster, marido de Gaça Foster, leva a vida numa boa dentro da Petrobras. Só nos últimos três anos, a C. Foster, empresa de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades do rentável nicho governamental. Conhecida até agora nos corredores das Minas e Energias como Maria Caveirão, ela tem tudo para fazer daquela enorme Casa d'Irene uma grande Casa Bem-Assombrada. De tudo isso, o que se pode concluir, sem necessidade de qualquer dossiê, é que esse Clã Mac Dilma é muito maior e bem mais abonado do que a vã filosofia pode imaginar. COLIN VAUGHAN FOSTER = marido da MARIA DAS GRAÇAS FOSTER, dono da C Foster Serviços e Equipamentos, empresário que já recebeu 614 milhões de Reais em 43 contratos com a Petrobrás. E agora com a empresa na mão da esposa, vai receber mais quanto? Interessante, não? Conflitos de interesse, o que é isso mesmo? *Fonte: 48horasdenoticias BLOG DO MARIO FORTES

Entre tapas e beijos.


     Dirceu Ayres


De um lado ovadas; de outro, louros. O prefeito Gilberto Kassab teve nesta quarta-feira um dia de altos e baixos. Depois de assistir à missa em comemoração ao aniversário de 458 anos de São Paulo, a comitiva do prefeito foi cercada por cerca de 500 manifestantes em frente à Catedral da Sé. Em meio a xingamentos, eles jogaram ovos em um carro oficial da prefeitura e tentaram impedir a saída do fundador do PSD do local. Uma hora depois, Kassab estava acomodado em um palco montado no hall do suntuoso Edifício Matarazzo, sede da prefeitura, para condecorar autoridades com a Medalha 25 de Janeiro. Receberam a honraria a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador paulista, Geraldo Alckmin. Mas ninguém foi mais homenageado no evento do que o anfitrião, Gilberto Kassab. De petistas a tucanos, todos cortejaram um conciliador Kassab. E a gentileza é compreensível: o prefeito lidera o recém-criado PSD, partido com vastos quadros e mais vastos ainda interesses políticos. Desde o nascimento da legenda, Kassab vem flertando com o PT e deixando em polvorosa os tucanos, que sempre contaram com ele como um aliado, Assim, se fora das paredes palacianas, Kassab enfrentou a maior manifestação de movimentos da sociedade civil desde que assumiu o cargo, em 2006, dentro delas presenciou, satisfeito, a maior bajulação já vista em torno de seu nome. "Gilberto Kassab é essa figura capaz de agregar, de criar vínculos fraternos e republicanos com pessoas das mais diferenciadas", definiu a presidente Dilma. Líder supremo do PSDB, FHC ajudou: "Kassab tem a virtude de não esquecer os amigos. Mesmo quando eles estão velhinhos e quase no ocaso." Mentor e padrinho de Kassab, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), assistiu a tudo da primeira fila da plateia. E foi lembrado por Geraldo Alckmin, com quem trava uma briga silenciosa por poder dentro do PSDB de São Paulo. "Uma marca de São Paulo é esse DNA nacional, presidente Dilma. Serra sempre lembra que São Paulo é a terra onde japonês fala português com sotaque italiano", disse Alckmin O governador reverenciou ainda FHC e Dilma, usando o mesmo tom para os dois presidentes. "Recebo essa medalha junto com presidente FHC, o protagonista que ajudou a mudar a história do nosso país", disse. "E também junto com Dilma Rousseff, a primeira mulher a ser eleita presidente, que exerce seu mandato com espírito público e correção." Era tanto republicanismo que Dilma disparou uma farpa sem destinatário certo. "Eu queria iniciar minha fala saudando o presidente FHC. Espero que esse reconhecimento, que eu acho importante que nós tenhamos o hábito de fazer para os ex-presidentes da República, seja uma prática do Brasil democrático." Cabe lembrar à presidente que o mais ferino opositor de ex-presidentes que o Brasil conheceu foi seu aliado de primeira hora e padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva. Esperança – Mineira de nascimento e gaúcha de criação, Dilma recorreu à música para falar sobre a importância de São Paulo em sua vida. Citou o verso de Sampa, de Caetano Veloso, que diz: "Alguma coisa acontece no meu coração que só quando cruza a Ipiranga com a Avenida São João." O que acontece no coração de Dilma na esquina mais famosa da cidade é uma "sensação de esperança". Ela fez referência aos migrantes que chegam a cidade para construir suas vidas e os comparou ao Brasil, que está "predestinado" a crescer. Esperanças alimentam também petistas e tucanos. De arregimentar para si o apoio de Gilberto Kassab nas eleições municipais de outubro. Mas o prefeito continua no melhor estilo "nem de direita, nem de esquerda". "Não excluímos o PT do nosso arco de alianças porque também não excluímos o PSDB." Simples assim. (Da Veja)

PRÉDIOS VIZINHOS TREMERAM QUANDO HOUVE O DESABAMENTO DOS TRÊS EDIFÍCIOS NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO


     Dirceu Ayres


Acima os escombros, abaixo foto do Google Street View mostra os prédios que desabaram (do site da Folha.com onde há inúmeras fotos AQUI) Cinco pessoas já foram resgatadas dos escombros do desabamento de três prédios no centro do Rio. A queda de um terceiro edifício, menor, de quatro andares, foi confirmada no fim da noite --ele ficava no vão entre os prédios maiores. Em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que quatro feridos foram internados no hospital Souza Aguiar. O quinto resgatado foi confirmado em seguida. Os edifícios --sendo os maiores de 20 e 10 andares, segundo o prefeito-- ficavam na avenida Treze de Maio, na Cinelândia, perto do Theatro Municipal, e caíram por volta das 20h30. "Não sabemos precisar quantas pessoas estavam no prédio do momento do acidente, mas quatro já foram resgatadas", afirmou pouco antes da confirmação do quinto resgate. Há possibilidade de que outras vítimas estejam sob os escombros. Paes ainda disse que as causas do acidente são desconhecidas, mas que "o mais provável é que seja um problema estrutural". O prefeito afirmou também que o Theatro Municipal, que fica ao lado dos prédios, não foi afetado. Entre os feridos há dois homens de 37 anos, um machucado na perna (estava no prédio) e o outro com ferimentos leves, que passava pelo local; uma mulher de 28 anos, com um corte na cabeça; um homem de 50 anos, apenas com escoriações; e outro de 31 anos, em estado de choque. Segundo a Defesa Civil estadual, um dos resgatados era o zelador do prédio Liberdade, cujo nome não foi divulgado. Ele afirmou aos bombeiros que não havia ninguém no local --cujo horário de fechamento seria às 21h-- no momento do acidente. Os bombeiros estimam que havia 11 pessoas no edifício. O desabamento do Liberdade e do Colombo jogou escombros nos prédios vizinhos. Havia suspeitas que um terceiro prédio pudesse ter sofrido abalos, mas uma vistoria feita pela Defesa Civil afastou a possibilidade de novo desabamento. Pessoas que estavam em prédios vizinhos contam que sentiram os imóveis balançarem, como se estivesse acontecendo um terremoto. Carros que estavam estacionados no entorno ficaram cobertos de poeira e entulho. Bombeiros também retiraram pessoas que estavam em um dos últimos andares de uma construção vizinha e que sinalizaram com celulares pedindo socorro."Eu estava na banca de jornal em frente ao prédio e, de repente, ele simplesmente caiu", disse o analista de sistemas Fernando Amaro, 29, que trabalhava no quarto andar e tinha acabado de sair do prédio. A área foi isolada e provoca a interdição dos dois sentidos da avenida Almirante Barroso, entre a rua Senador Dantas e a avenida Rio Branco. A rua Evaristo da Veiga também foi interditada ao tráfego, com desvio sendo feito pela rua do Passeio, sentido Lapa. Do site da Folha.com

As águas só correm para o mar?

                       
     Dirceu Ayres


Ladrão do Banco Central pagou R$ 200 mil de dízimo à igreja universal Edilson Cesário Vieira usado como laranja pela igreja para lavar R$ 380 milhões Em dezembro de 2006, um homem de nome Alexandre entregou a Edir Macedo e Romualdo Panceiro, da Igreja Universal, o valor de R$ 200 mil porque queria se “redimir do crime” de ter participado do furto de R$ 164 milhões do Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005. Seria uma espécie de dízimo da parte do furto que coube a Alexandre. A informação é do lavador de carros Edilson Cesário Vieira, que na época era fiel da Universal. Ele contou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, que a doação ocorreu em uma sala do 4º andar do templo da igreja da avenida João Dias, Santo Amaro, bairro da zona sul de São Paulo. “O bispo Romualdo mandou um carro blindado pegar o dinheiro na casa do Alexandre, em Ermelino Matarazzo. Duas horas depois, chegaram com duas pastas pretas. O Alexandre jogou o dinheiro na mesa, ainda com lacre do banco”, disse Vieira. Vieira disse que Edir Macedo pediu que Alexandre se ajoelhasse sobre o dinheiro e rezasse, citando-o como exemplo. “Todos deveriam fazer como ele”, teria dito Macedo. “Dinheiro a gente recebe, não importa de onde vem.” Vieira disse que resolveu contar ao Ministério Público que testemunhou a entrega do dinheiro porque ele foi usado como “laranja” pela Universal em lavagem de dinheiro e hoje, por causa disso, tem uma dívida de R$ 380 milhões. A Igreja Universal negou as acusações. As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público prosseguem. O assalto ao Banco Central de Fortaleza é considerado o maior do país. Até agora, a Polícia Federal recuperou apenas R$ 12 milhões. Foram indiciados 96 suspeitos e entre eles há pelo menos um fiel da Universal.* http://www.opeixededarwin.blogspot.com/ BLOG DO MARIO FORTES

Do PMDB para Dilma: "cuide de seus corruptos, de meus corruptos cuido eu!"

                              

     Dirceu Ayres

Em um gesto público de insatisfação com o governo de Dilma Rousseff, o PMDB desafiou ontem o Planalto a demitir o apadrinhado da legenda que comanda órgão federal de combate à seca. O recado foi dado pelo líder da bancada de deputados federais do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), que é o candidato oficial da base governista a comandar a Câmara a partir de 2013. "O governo vai brigar com metade da República, com o maior partido do Brasil? Que tem o vice-presidente da República, 80 deputados, 20 senadores? Vai brigar por causa disso? Por que faria isso?", questionou Alves, responsável pela indicação sob ameaça de exoneração. O deputado também cobrou reciprocidade, defendendo que Dilma aja em relação a seu afilhado da mesma forma que agiu com ministros que, mesmo sob suspeita, foram mantidos nos cargos. No centro da crise está o diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), Elias Fernandes, filiado ao PMDB. O governo cogita tirá-lo depois que a CGU (Controladoria-Geral da União) apontou desvios de R$ 192 milhões na estatal. O Dnocs é vinculado ao ministro Fernando Bezerra (Integração), do PSB, que confirma a informação de que haverá mudanças no órgão. "Se fosse assim, o Fernando Bezerra tinha sido demitido; o Fernando Pimentel [Desenvolvimento] tinha sido demitido; o Paulo Bernardo [Comunicações] tinha sido demitido. Mas não. Apresentaram suas explicações, convenceram, com nosso apoio inclusive, e ficaram", disse Alves. Ele se referia a ministros contra os quais pesaram suspeitas de irregularidades. Bezerra, de favorecer parentes e seu Estado na liberação de verbas da pasta, entre outros pontos; Pimentel, por suspeitas em consultorias de sua empresa; Bernardo, por suposto uso de jato particular. Alves acrescentou: "Eu quero o mesmo tratamento ao representante do meu partido no Dnocs. Por que com o PMDB o tratamento é diferente? Não pode se explicar." O PMDB é o principal aliado do PT na coalizão de Dilma Rousseff e foi um dos fiadores do governo em votações polêmicas de 2011, como a do Código Florestal. Apesar da aliança, nos bastidores peemedebistas manifestam insatisfação. O partido avalia que não irá ganhar espaço na reforma ministerial e que o governo tenta enfraquecer Alves na disputa pelo comando da Câmara. Apesar do acordo para a candidatura do peemedebista, setores do PT trabalham para que isso não aconteça. A demissão de Fernandes já havia sido pedida à Casa Civil pelo ministro Fernando Bezerra em dezembro. O vice-presidente Michel Temer (PMDB), porém, interferiu na última quinta ao convocar o ministro para uma conversa em seu gabinete. A Folha apurou que Bezerra foi lembrado nesse encontro que também enfrenta suspeitas de irregularidades e que foi defendido pelo PMDB. Nessa conversa, o ministro foi convencido em rever sua posição e encaminhar para o TCU (Tribunal de Contas da União) o relatório da CGU, inclusive avalizando a defesa do Dnocs. As declarações ontem do ministro de que a faxina no Dnocs será feita, porém, surpreenderam o PMDB. Por essa razão, Alves teria feito a citação explícita a Pimentel, ministro mais próximo de Dilma, e Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann (Casa Civil), a quem compete operar a demissão. O próximo foco de conflito com o PMDB será a Petrobras. Segundo peemedebistas, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), já foi informado da exoneração do presidente da Transpetro, o ex-senador Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado. "Isso seria acertar o coração de Renan", disse Alves.(Da Folha de São Paulo)

Justiça nababesca


      Dirceu Ayres


Os pagamentos milionários a magistrados estaduais de São Paulo se reproduzem no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A folha de subsídios do TJ-RJ mostra que desembargadores e juízes, mesmo aqueles que acabaram de ingressar na carreira, chegam a ganhar mensalmente de R$ 40 mil a R$ 150 mil. A remuneração de R$ 24.117,62 é hipertrofiada por “vantagens eventuais”. Alguns desembargadores receberam, ao longo de apenas um ano, R$ 400 mil, cada, somente em penduricalhos. A folha de pagamentos, que o próprio TJ divulgou em obediência à Resolução 102 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - norma que impõe transparência aos tribunais -, revela que em dezembro de 2010 o mais abastado dos desembargadores recebeu R$ 511.739,23. Outro magistrado recebeu naquele mês depósitos em sua conta que somaram R$ 462 mil, além do salário. Um terceiro desembargador recebeu R$ 349 mil. No total, 72 desembargadores receberam mais de R$ 100 mil, sendo que 6 tiveram rendimentos superiores a R$ 200 mil. Os supercontracheques da toga fluminense, ao contrário do que ocorre no Tribunal de Justiça de São Paulo, não são incomuns. Os dados mais recentes publicados pela corte do Rio, referentes a novembro de 2011, mostram que 107 dos 178 desembargadores receberam valores que superam com folga a casa dos R$ 50 mil. Desses, quatro ganharam mais de R$ 100 mil cada - um recebeu R$ 152.972,29. Em setembro de 2011, 120 desembargadores receberam mais de R$ 40 mil e 23 foram contemplados com mais de R$ 50 mil. Um deles ganhou R$ 642.962,66; outro recebeu R$ 81.796,65. Há ainda dezenas de contracheques superiores a R$ 80 mil e casos em que os valores superam R$ 100 mil. Em maio de 2010, a remuneração bruta de 112 desembargadores superou os R$ 100 mil. Nove receberam mais de R$ 150 mil. A folha de pagamentos do tribunal indica que, além do salário, magistrados têm direito a inúmeros benefícios, como auxílio-creche, auxílio-saúde, auxílio-locomoção, ajuda de custo, ajuda de custo para transporte e mudança, auxílio-refeição, auxílio-alimentação. Os magistrados do Rio desfrutam de lista extensa de vantagens eventuais - tais como gratificação hora-aula, adicional de insalubridade, adicional noturno, gratificação de substituto, terço constitucional de férias, gratificação de Justiça itinerante, correção abono variável, abono de permanência, parcela autônoma de equivalência, indenização de férias. Recorde Os desembargadores do Rio estão entre os detentores dos maiores rendimentos do serviço público. A folha de pagamentos do TJ seria um dos principais alvos da inspeção que estava nos planos da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. A liminar deferida no final do ano passado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu as inspeções do CNJ até que informações detalhadas fossem prestadas pela corregedora. A ordem de Lewandowski atendeu ao pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), símbolo da resistência à ação de Eliana Calmon - a ministra enviou as informações ao STF, mas a liminar será julgada depois que a corte máxima do Judiciário voltar do recesso, no início de fevereiro. A diferença entre o TJ do Rio e o de São Paulo é que magistrados desta corte receberam quantias excepcionais em caráter antecipado - atropelaram a ordem cronológica interna. Um desembargador recebeu bolada de R$ 1,6 milhão; pelo menos outros cinco levaram montante acima de R$ 600 mil. Conselheiros do CNJ destacam que os pagamentos vultosos no Rio são possíveis porque o tribunal conta com um fundo próprio de receita para administrar. Uma lei sancionada na década de 90 criou um fundo especial de receitas provenientes das custas judiciais, valores de inscrição de candidatos em concursos públicos, transferência de recursos de cartórios e outras taxas. *As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.