sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O QUE MAIS ME IRRITA



               

    Dirceu Ayres

O que mais me irrita, me deixa meio pirado e fora do sério, é a impotência de realizar alguma coisa. Às vezes eu sei o início da coisa, sei até o fim da coisa, mas não conheço nem sei onde se encontra o meio. Como aqueles labirintos de revistas para crianças, em que você vê o fazendeiro no alto da página, a Fazenda com a vaquinha lá embaixo, e um emaranhado de caminhos para levar a vaquinha. Agora pense nos caminhos e corredores que existem dentro daquele labirinto, mais parece a minha vida. São tantas as variáveis, tantos os meios, dificuldades e você sequer sabe como fazer para desembaralhar aquele caminho desgraçado. E sem a certeza de que vai conseguir chegar àquele final da trilha e alcançar o Fazendeiro e dar a alimentação da vaca . Impotência. É um palavrão desgraçado. Se eu tivesse muito, muito dinheiro, Iria entrar em um avião e ir passando por cima de tudo até chegar lá. Mas como não tenho, fico só olhando aquela confusão de linhas, corredores, becos, todo sem indicação, aí fico sem saber como sair daqui e como vou chegar até ali ou lá, a isso se chama Impotência, uma famigerada situação que além de irritar é desagradável. Às vezes penso que não quero chegar lá em cima, no labirinto e às vezes penso que não quero e não me pergunte como nem o porquê - não faço (ainda) a menor idéia. Por vezes as coisas comigo são mesmo complicadas ou indecisas. Tento levar essa Idea enganchada e inoperante á falência e nem isso estou conseguindo. Por isso vou tentar pelo menos uma Concordata para as minhas idéias, mais fica evidente que tenho de mudar essas idéias burras, retardadas, e pouco inteligente, colocando em seu lugar idéias mais inteligentes, futuristas e modernas. Pronto, me sinto novamente impotente, quero minha vaquinha com o Fazendeiro, ela precisa ser alimentada, beber água, lamber sal e mel para engordar mais depressa e eu aqui no início do caminho atrabiliádo com esse famigerado labirinto como uma porteira fechando meu caminho. Aí está, onde anda as minhas idéias revolucionárias, Avançadas, inteligentes, progressistas, Artísticas ou até renovadoras. Nada feito, continua tudo em stand-by. Isso é que me irrita, me deixa piradão, lé,lé da cuca. Aqui deveria ser aplicada A Lei do talião (do latim Lex Talionis: lex: lei e talis: tal, parelho) consiste na justa reciprocidade do crime e da pena. Esta lei é freqüentemente simbolizada pela expressão olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes. Nada mais justo, colocar o Fazendeiro com a vaca, comigo, Fazenda e tudo no lugar devido. Na verdade, essa lei encerra a idéia de justiça correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal e qual pena. Está no Direito hebraico (Êxodo, cap. 21, vers. 23/5): o criminoso é punido taliter, ou seja, talmente, de maneira igual ao dano causado a outrem. Observa-se que qualquer punição ao Fazendeiro seria a coisa mais justa que poderia acontecer, para essa punição acontecer nada melhor do que a lei de talião aquí aplicada por causar a sensação de impotência que estou sentindo. Deveria colocar o Fazendeiro em meu lugar e exigir que ele alimente a vaquinha. Pois acho que a única vaquinha que conheço são dos currais dos politicos e se pusermos esses politicos para trabalhar de mesmo, de verdade, quem sabe até o Brasil vai melhorar muito e vamos ter politicos com mais honestidade praticada mesmo a força.

PARA OBSERVAÇÃO:



      Dirceu Ayres

Precisamos observar que como diziam os antigos: (nem tudo que reluz é ouro), essa de achar que o que vemos está ou estaria certo, é muito duvidoso! Primeiro de tudo precisaremos saber que os nossos olhos estão sempre dentro das fantasias, das miragens e das alucinações, muito embora fazendo um teste nos classifiquem como normais, pois o ser humano ou não enxerga o que existe ou enxerga o que não existe, pois, vivem “vendo o ilusório” (ilusão) e isso não permite enxergar com precisão o real ou verdadeiro. Podemos observar que quando dormimos podemos enxergar quadros coloridos, cenas de várias situações, paisagens e muitas coisas que nem imaginávamos que existissem dentro de nós. Agora observem como podemos ser enganados pelos nossos próprios olhos: Se pegarmos uma folha de papel em branco e a dobrarmos no meio, ao abri-la de novo deixando cair uma gota de tinta na marca da dobra, e fechando novamente de forma que a tinta se espalhe, formando uma figura irregular, quando voltarmos a abrir-la terá tão somente uma mancha ou um borrão. No entanto, se mostrarmos a mesma mancha a outras pessoas veremos que cada pessoa enxerga de uma forma muito diferente: O TEMEROSO verá Monstros, O GUERREIRO verá instrumentos bélicos: O ERÓTICO verá cenas de orgias, e assim por diante. Cada pessoa põe no que vê parte de seus desejos inconsciente. Essas são provas que tem sido realizada ao longo dos tempos: Os Turcos se utilizam da borra do café para ler o futuro e os próximos acontecimentos na vida deles ou mesmo do mundo, os Dervixes colocam tinta na palma da mão fazendo-a fechar e abrindo-a de novo com a mesma finalidade dos Turcos. Já no Ocidente e em outras partes do mundo cada um faz de seu jeito. No Ocidente esses testes deram origem ao mais célebre teste usado hoje em Psicoterapia, e isso hoje tem o nome de seu autor – RORSCHACH. È de se perguntar! Que olhos serão esses? Olhos do pensamento?. Não, nada disso, os Neurologistas afirmam que quando sonhamos nossos olhos físicos, nossos globos oculares, convergem-se no que se denomina de estrabismo interno (fenômeno igual acontece quando uma pessoa é hipnotizada), na procura de nosso terceiro olho ou chacra de energia frontal, localizado no centro da fronte. Sabemos que é tão certo que enxergamos de olhos fechados, quanto às vezes que não enxergamos com os mesmos olhos abertos. Lembrem-se das esposas ou namoradas que ficaram duas horas no cabeleireiro e não notamos a diferença do penteado ou mesmo a troca de um bonito vestido e acabamos por gerar uma boa confusão com a parceira. Pensemos que se nossos olhos podem nos enganar e que basta às vezes, uma sombra ou uma tonalidade diferente de luz para que vejamos as coisas deformadas. Em verdade o que mais precisamos é de orientação para chegarmos a nossa verdadeira concentração e podermos praticar a meditação que sem orientação chega a nos parecer que está desfigurada. (Aleluia)

OS PALHAÇOS


                     

             Dirceu Ayres

Os políticos Brasileiros continuam fazendo palhaçadas sem graça. Tenho dó dos verdadeiros palhaços, daqueles que num picadeiro de circo se esforçam para arrancar pelo menos um sorriso da platéia e, muita vez, não conseguem. Eles vivem disso. Já os políticos Brasileiros têm platéia cativa. Eles são os donos do circo, mestre de cerimônias e também são péssimos palhaços, sempre sabujamente aplaudido pelos seus séqüitos. Já me referi mais de uma centena de vezes, mas eles não lêem escritor de Cidade pequena. Há um tempo uma Senhora deixava de vez em quando um pitaco a respeito do que eu escrevia. Descobri muito depois que era minha vizinha que gostava de dar o seu pitaco indignada com comparação que eu sempre fazia e prometeu não ler mais nada que eu escrevesse. Não tenho ânimo de criticá-los. Mas esses políticos são tão produtivos no seu besteirol que ignorá-lo é confessar, em termos, falta de atenção. Já que me falta ânimo, vou escrever desanimado mesmo. Estas poucas palavras são em homenagem aos seguidores e entusiastas do ditador que repete todos os erros da história. Coisa de latino-americano, insistir no que deu errado em outros lugares, em outras épocas. Elas se referem à gloriosa eleição do Brasil para sediar a Copa de 2014. Gloriosa porque o Brasil competiu com... Desculpem, é gloriosa porque, mesmo competindo apenas consigo próprio, conseguiu não ser descartado. Acho que aí tem coisa. Ninguém quis, sobrou para o Brasil. Fica aquela perguntinha que não quer calar: por que outros não se interessaram? Mas voltemos, desanimadamente, aos palhaços políticos sem graça. Na cerimônia em que o Brasil foi eleito o político mor, disse: O Brasil vai cumprir o seu dever de casa. Depois, que vamos organizar uma copa espetacular, para argentino nenhum botar defeito. O fazer o dever de casa significa uma genuflexão aos interesses de alguma potência mundial ou — vá lá — aos caprichos petrolíferos de um Evo Morales, para quem o Brasil já baixou as calças? Não! Caímos abaixo desse nível. O dever de casa, aqui, é o passado pela FIFA, organismo que controla o futebol no mundo. É a ela que apresentaremos a lição feita para ganharmos um diploma. Até se entende. O Brasil é o país do futebol. Nada de mais abrirmos às pernas para o organismo que o controla e cujo embaixador no Brasil é a figura suspeitíssima do Presidente de figura suspeita e falo suspeitíssima porque, desanimado, a melancolia reprime somos mais rancorosos que comumente dirijo à bandidagem. E a afirmativa para argentino nenhum botar defeito? Nem abordo a deselegância de um chefe de Estado referir-se assim, ainda que de brincadeira de mau-gosto, a outra Nação. Elegância não se pode esperar de nossa família real. Mas, sabe-se, a Argentina atravessa uma crise e tem consciência disto. Nem se candidatou. Certamente seus governantes têm autocrítica e enxergam problemas mais sérios a resolver. Então a comparação fica muito mal. Feio para a nossa cara. Não seria melhor dizer para alemão nenhum botar defeito, pois a última copa foi lá? Ou referir os americanos, os franceses, os japoneses e coreanos? A Argentina não tem como avaliar nossas condições. Os americanos, alemães, franceses, japoneses e coreanos sim, estão habilitados. Mas nossos políticos são, digamos,
meio covarde e já demonstrou isto com Morales e Cháve.