terça-feira, 6 de novembro de 2012

OS ASSASSINATOS EM SÃO PAULO.


   Dirceu Ayres

Se uma morte é o final, isso é igual a cem por cento. Número de mortes dobra em São Paulo. Matérias que tratam resultados usando apenas percentuais são perigosas, podem ser ilusórias, quando não mentirosas. O que pode ter conseqüências políticas. As notícias são dadas num tom impressionista, emocional. E, claro, as pessoas têm medo de morrer. Então a culpa é... Do governo. Pode não ser bem essa a verdade. Se na democracia pessoas que fazem política utilizarem métodos criminosos violentos para chegar aos seus objetivos, isso terá que ser chamado de subversão. As coisas têm nome e subverter a ordem com atos ilegais e disfarçados de outras coisas, isso é subversão. É isso que se chama terrorismo. Qual o sentido de, apenas por prazer, alguém colocar fogo em um ônibus? Poderíamos dizer: é um louco, apenas. Um sádico. O que dizer de muitos e muitos ônibus? Um incendiário? Um Nero suburbano? Acho isso tudo muito esquisito. É tão esquisito como o rebelde sem causa. Um maluco querendo transformar uma cidade em um espetáculo pirotécnico? Obter resultados políticos indiretos da morte de policiais, por meio da cobertura espalhafatosa, imprecisa, e claramente parcial da imprensa, é terrorismo. Se bandidos são utilizados para fazer aquilo que era feito antes por terroristas isso, além de terrorismo ao quadrado, ainda é imensa covardia e pusilanimidade. Na luta armada grupos terroristas queriam derrubar a ditadura para implantar outra modalidade de ditadura. Mas muitos terroristas, ao menos, enfrentavam as balas da Lei e a morte. Nem todos, pois alguns tinham que ficar planejando, não é mesmo? Sem planos parece que nada funciona direito. Bandidos comuns não podem estar querendo iniciar uma luta armada para ocupar o poder. Não teria o menor sentido: República Federativa Cocainística do Brasil. Mas faz sentido que bandidos sejam usados como os braços armados de políticos desarmados. Um tipo de extensão. Uma prótese do terror. Fico aturdido, estupefato mesmo, só com a possibilidade de haver imaginado que alguém pudesse ter interesse em derrubar um governo ou um partido político, ou ocupar um palácio recorrendo a tais métodos. Creio que uso demais a minha imaginação e não acredito que, em 2012, em pleno Século XXI, alguém ou algum partido, ou pessoas, ou autoridades públicas exercendo suas funções numa democracia, em pleno estado de direito, possam sequer pensar em fazer algo assim. X. Lendo o blog do Mascate encontrei algo que se enquadra perfeitamente no ato atual. São Paulo refém do crime ou da inércia dos políticos? 90 Policiais mortos, centenas de civis, e o estado mais rico da nação que se gabava de ter as menores taxas de homicídios do país, virou uma velada guerra civil. Nos bairros periféricos da cidade, toques de recolher são dados não se sabe de onde, mas a população assustada e acuada obedece. Em 2006 durante a campanha eleitoral São Paulo ficou a mercê dos bandoleiros do PCC 564 pessoas morreram, entre policiais e "vagabundos" no meio alguns inocentes. Muito se disse que o governo do estado fez um acordo com o PCC para acabar com a violência. E do nada, assim como começou, tudo parou. O estado continuou baixando os índices de criminalidade e a vida voltava ao normal, Se é que no Brasil de hoje alguém que tenha um mínimo de consciência consiga levar a vida na normalidade sem os sobressaltos da violência e do medo que já faz parte do DNA da população. Esta nova onda de crimes começou pouco antes das eleições municipais, coincidentemente como as de 2006. O mundo sabe que o PCC e o PT são irmãos siameses, o DESgoverno federal e o estadual que pertencem a partidos "antagônicos" em vez de saírem em defesa da população, preferem ficar em uma guerra de informações, e o diz-que-me-diz da política partidária suja e imoral que coloca no meio dos objetivos de poder, a população. Como já vimos em 2006, os Tucanos que estão no poder que deveriam arrebentar com as quadrilhas dentro dos presídios, fazem aquela pose de bons meninos em busca de um título de Lord inglês. Como nas campanhas políticas contra o PT, e no combate ao crime que está assustando os paulistas, jogar pelas regras é certeza de perder a batalha. O governo do estado precisa sair das regras e tocar o terror pra cima da vagabundagem, mas com o "apoio" da imprensa amestrada se o governo cair para a porrada em cima dos vagabundos, certamente o governador será execrado publicamente e condenado pelo tribunal de exceção convenientemente instalado nas redações do jornais vendidos à ideologia mambembe dos que estão no governo central. Ou os tucanos tiram as cabeças dos buracos como avestruzes assustados, e saem em defesa da população, e acima de tudo, em defesa dos policiais militares que viraram reféns de uma política suja e burra onde a batalha ideológica mata sem piedade em nome de uma eleição. Ou corremos o risco de ver essa situação sair definitivamente do controle e uma guerra civil se instalar pelas ruas de São Paulo. A desfaçatez e a certeza de impunidade por parte dos bandidos é tamanha que eles avisam que para cada companheiro morto pela polícia, dois policiais devem ser mortos. Isso sem contar que nessa conta ainda estão os 222 possíveis policiais que deverão morrer para "comemorar" os 111 que foram mortos no presídio do Carandiru em 1992. Uma contra ofensiva informal por parte da polícia está em curso. Policiais se unem por conta própria e saem em busca de criminosos e os executam como retaliação. E no meio dessa insanidade a população e o estado, reféns. Os primeiros da própria inércia e burrice, e o segundo do medo eleitoral que sentem se uma reação for prejudicial nas próximas eleições. Se a população não sair às ruas em busca de segurança e políticas públicas que valorizem os diretos humanos dos humanos direitos, veremos a cada dia essa situação definitivamente saindo do controle. A política policial em SP tem que ser revista, a unificação das policias é imprescindível para a melhoria do serviço e o fim de parte da bandalheira que corrói principalmente a polícia civil, ruim, cara e corrupta. Enquanto isso, o sinistério da justiça, através de seu vermelhinho mór, Eduardo Cardoso, fica de tro-ló-ló jogando a culpa da violência sobre o governo do estado, quando o DESgoverno fedemal é quem deveria coibir o contrabando de armas e drogas que são a mola propulsora da violência contra a população. E com a população desarmada e ajoelhada diante da inércia, da covardia, e da insensatez dos governantes, para os bandidos, o crime virou mamão com açúcar. Até quando iremos assistir a essa barbaridade fazendo de conta que esse problema não é com a gente? Ou a população se une e sai em busca de justiça e paz, ou então não reclamem quando virarem reféns trancados dentro das próprias casas. E mesmo assim, intranquilos por não saberem quando a violência os atingirá até dentro da "segurança" de seus lares. Noventa policiais mortos, ainda faltam 132 para que se atinja o número das ameaças do PCC. Será que no Brasil dos sem noção, os políticos de plantão irão mesmo esperar a morte de mais pais de família em nome da política partidária imunda que assola a nação? E PHOD@-SE!!! OMascate)

E AGORA? ...



     Dirceu Ayres

"Não sou nem negro, nem índio, nem viado, nem assaltante, nem guerrilheiro, nem invasor de terras.
Como faço para viver no Brasil nos dias atuais?
Na verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero...
E tudo isso para quê?
Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins"
"Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afro descendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio e um afro descendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).
Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.
Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afro descendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria do governo!
Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', simplesmente porque esse cumpre a lei.
Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema?
Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade,
em terra de castas e privilégios, deste governo."
(*Ives Gandra da Silva Martins, é um renomado professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).
Para os que desconhecem o Inciso IV, do art. 3°, da Constituição Federal a que se refere o Dr. Ives Granda, eis sua íntegra:  "Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminação" BLOG DO MARIO FORTES.