sábado, 30 de abril de 2011

EXPERIÊNCIAS.

                                                          
  Dirceu Ayres                           
Talvez eu já tenha feito tudo e de tudo, em minha juventude, quando digo jovem quero dizer até os quarenta e cinco ou cinqüenta anos, pois tomo como base minha jovialidade de setenta anos. Jovem sim, mas não consenti e não consegui gastar todas as minhas “fichas” só em suposições e, nunca me achei tão velho que não servisse mais prá nada. Não recomendo a ninguém gastar ficha com suposições ou alguma coisa que não tenha certeza absoluta. A vida é e sempre foi como uma extraordinária aventura, mas como toda aventura tem seus perigos e acidentes inesperados, convém estar sempre alerta e levar em conta o velho provérbio que diz: “Viver sempre com um olho na missa e outro no Padre” ou se for mais prático “uma martelada no cravo e outra na ferradura”. Assim aconselha a experiência de vida. E assim quando a velhice chegar... O “Pano cair”, essa é a hora de prestar contas, senão a um Deus, pelo menos a se mesmo, a sua consciência, relembrar o tempo já passado, as coisas certas e as que não saíram tão certas. As coisas que era para melhorar e só pioraram, toda sua vida passando, como diria o Monge Lobsang Rampa; no seu Livro: “A Caverna dos antigos” E eu sempre a me perguntar se existe mesmo essa Caverna ou seria a Caverna do cérebro que sendo de uma pessoa mais idosa já acumularia muita experiência e sabedoria. O engraçado é que o cérebro do animal homem não enche, em todos os animais acontece tal limite e ele já não aprende mais. Com o homem existe esse privilégio, por mais que aprenda seu cérebro jamais encherá. Imagine um homem com muita cultura e inteligência que pelo poder do saber se torna um modelo superior. Mas, seu cérebro não fica cheio, sempre caberá e terá espaço para mais conhecimento e mais aprendizado. Se usar isso para mais saber e adquirir experiência e como se não bastasse passar essa experiência também para quem estiver precisando ou for carente de algum ensinamento, isso não só vai aumentar o seu saber, como ainda lhe dará créditos com a Divindade e a energia do Universo. Isso lembra que a pessoa que tem um Jardim dentro da caixa torácica e nunca abriu para ninguém, seu Jardim tenderá a murchar. As coisas belas como os Artistas precisam que as olhe, aplaudam, vibre com a beleza daquele espetáculo, pois a beleza também como os Artistas dão e são espetáculos. Tanto o belo como o espetáculo devem ser aplaudidos para não fenecer. A experiência de vida nos mostra que até os Artistas de um Circo Mambembe precisam de aplausos, como as flores de um Jardim: Regar todos os dias, conversar com elas e ter coração puro livre de maldades para que elas não venham a murchar. Assim também é a amizade por alguém, se esse alguém for um amigo sincero e desprendido de malícia e não ser aproveitador, ótimo. Sendo amigo falso, invejoso e que como se diz na gíria:”queima seu filme” afaste-se, esse personagem beira as raias do perigoso...É um iconoclasta, não pode ver alguém ter mais sabedoria do que ele, ninguém pode fazer nada melhor, se você tentar, vai falar mal e é aí que “queima seu filme”. A experiência manda ficar bem longe dessa doença.

A gostosa!!!.

                                             

 Dirceu Ayres
Sempre que entro num recinto público que pode ser padaria, cartório, açougue, festa ou até mesmo em um velório, olho em volta, procurando aquela moça que conhecemos como a gostosa. Não o faço por desejo, carência, narcisismo ou outro simples reflexo de minha banal condição masculina. A gostosa é um acontecimento quase que eu diria do outro mundo. Ela pode ser loira ou morena, alta ou baixa, preta, branca, japonesa ou búlgara, não importa: a gostosa para mim é minha amada é um estado de espírito. Ou, se preferirem outra palavra, tão esgarçada por programas de esporte, revistas jovens e propagandas de achocolatados: uma atitude. Hoje fui a uma repartição do Governo. Havia ali, sentada, entre os motoboys e os aposentados, a esperar sua senha apitar no painel, uma mulher que parecia a Marta Rocha exibindo suas duas polegadas que a tirou da vez de ser Miss. Universo. Estava discretamente vestida, de cabelo preso, xale sobre os ombros. Não era a gostosa.  A gostosa não deixa dúvidas. Chega mesmo cinco minutos depois, de calça jeans desbotada agarrada ou grudada às nádegas, combinando com um top apertado que espremia os peitos e deixava entrever um soutien branco. Não precisa dizer nada, nadinha de nada, você olha e sabe, vê a figura que parece dizer...Cheguei. Assim que entra, com seu rebolar, o cheiro do perfume e o movimento dos cabelos dela emana perfume que embriaga a todos, como que por telepatia, a incontornável informação: atenção, a gostosa chegou. Muda tudo. Cada um sabe exatamente qual o seu lugar social diante da gostosa. O aposentado de jaqueta bege olha de soslaio, ajeita a sandália e, quase triste, suspira. As moças da repartição franzem imperceptivelmente a sobrancelha, regozijando-se de suas virtudes feitas de crachás, cafés e conjuntinhos pretos. Um rapaz de óculos, meio mongolóide, olha pro teto, olha pro chão, as mãos lhe sobram. Todos arriscam um olhar em direção à gostosa, mas ela dá apenas uma conferida panorâmica, mascando o chiclete displicentemente, como quem macera corações, chega à vez dela, retira a senha. Então, do conjunto desconjuntado de homens, do meio dos aposentados e míopes, dos barrigudos e coxos, dos médios, dos graves e dos agudos, surge o desengonçado escrevinhador dessas letras e se dirige para ela. Não acontece nada. Eles apenas se olham e, tacitamente, todos sabem, a gostosa é dele. Tristeza para alguns, alívio para outros. Depois a gostosa vai para um lado, ele pro outro, cada um continua a fazer o que foram ali para fazer, não sobra ali nenhum ator nenhuma cena daquelas bem ensaiadas cenas de Teatro, apenas um perfume doce no ar e a voz da mocinha virtuosa funcionária chamando o próximo: cinqüenta e quatro, cinco quatro! A senha cinqüenta e quatro ou a seguinte por favor. O casal que parecia terem sido feito um para o outro, caminhava em direção ao Automóvel dele que estava estacionado no pátio da repartição Pública, entraram, ele deu a partida no veículo e passaram ao largo como deslizando na frente dos que estavam a olhar para eles. É isso mesmo, ali ia a gostosa com seu amado para algum lugar se saborearem um ao outro. Que sorte (diria para todos), ele por estar com ela, ela idem e os outros por se aliviarem daquela aparição que os desnorteava, basta, boa sorte para todos.

EXPERIÊNCIAS.

                Dirceu Ayres                         
Talvez eu já tenha feito tudo e de tudo, em minha juventude, quando digo jovem quero dizer até os quarenta e cinco ou cinqüenta anos, pois tomo como base minha jovialidade de seenta anos. Jovem sim, mas não consenti e não consegui gastar todas as minhas “fichas” só em suposições e, nunca me achei tão velho que não servisse mais prá nada. Não recomendo a ninguém gastar ficha com suposições ou alguma coisa que não tenha certeza absoluta. A vida é e sempre foi como uma extraordinária aventura, mas como toda aventura tem seus perigos e acidentes inesperados, convém estar sempre alerta e levar em conta o velho provérbio que diz: “Viver sempre com um olho na missa e outro no Padre” ou se for mais prático “uma martelada no cravo e outra na ferradura”. Assim aconselha a experiência de vida. E assim quando a velhice chegar... O “Pano cair”, essa é a hora de prestar contas, senão a um Deus, pelo menos a se mesmo, a sua consciência, relembrar o tempo já passado, as coisas certas e as que não saíram tão certas. As coisas que era para melhorar e só pioraram, toda sua vida passando, como diria o Monge Lobsang Rampa; no seu Livro: “A Caverna dos antigos” E eu sempre a me perguntar se existe mesmo essa Caverna ou seria a Caverna do cérebro que sendo de uma pessoa mais idosa já acumularia muita experiência e sabedoria. O engraçado é que o cérebro do animal homem não enche, em todos os animais acontece tal limite e ele já não aprende mais. Com o homem existe esse privilégio, por mais que aprenda seu cérebro jamais encherá. Imagine um homem com muita cultura e inteligência que pelo poder do saber se torna um modelo superior. Mas, seu cérebro não fica cheio, sempre caberá e terá espaço para mais conhecimento e mais aprendizado. Se usar isso para mais saber e adquirir experiência e como se não bastasse passar essa experiência também para quem estiver precisando ou for carente de algum ensinamento, isso não só vai aumentar o seu saber, como ainda lhe dará créditos com a Divindade e a energia do Universo. Isso lembra que a pessoa que tem um Jardim dentro da caixa torácica e nunca abriu para ninguém, seu Jardim tenderá a murchar. As coisas belas como os Artistas precisam que as olhe, aplaudam, vibre com a beleza daquele espetáculo, pois a beleza também como os Artistas dão e são espetáculos. Tanto o belo como o espetáculo devem ser aplaudidos para não fenecer. A experiência de vida nos mostra que até os Artistas de um Circo Mambembe precisam de aplausos, como as flores de um Jardim: Regar todos os dias, conversar com elas e ter coração puro livre de maldades para que elas não venham a murchar. Assim também é a amizade por alguém, se esse alguém for um amigo sincero e desprendido de malícia e não ser aproveitador, ótimo. Sendo amigo falso, invejoso e que como se diz na gíria:”queima seu filme” afaste-se, esse personagem beira as raias do perigoso...É um iconoclasta, não pode ver alguém ter mais sabedoria do que ele, ninguém pode fazer nada melhor, se você tentar, vai falar mal e é aí que “queima seu filme”. A experiência manda ficar bem longe dessa doença.

A CONSULTA

                                              
                                                   Dirceu Ayres
Certas consultas é perguntar:? “É só isso?”. Uma consulta ao médico não é uma consulta ao médico até que um estetoscópio tenha sondado os ritmos internos do coração, ou até que mãos profissionais tenham apalpado a barriga. Pesquisas mostraram que os pacientes sempre esperam um exame físico. Mas existe alguma pesquisa mostrando que um exame físico – numa pessoa saudável – traz qualquer benefício? Apesar de uma longa e célebre tradição, o exame físico é mais um hábito do que um método clinicamente comprovado de encontrar doenças em pessoas assintomáticas. Existem poucas evidências para sugerir que ouvir rotineiramente os pulmões de todas as pessoas saudáveis, ou pressionar seus fígados, encontrará uma doença que não houvesse sido sugerida pelo histórico do paciente. Para uma pessoa saudável, uma “descoberta anormal” num exame físico tem mais chances de ser um falso positivo do que um sinal real de doença. Mas o exame físico serve a qualquer outra proposta? O relacionamento médico-paciente é fundamentalmente diferente.  Apesar da invasão da medicina baseada em evidências, imagens de ressonância magnética, angiografias e exames outros, há claramente algo de especial, talvez até mesmo de cura, no toque. Existe um calor de conexão que substitui qualquer fator intelectual, e essa conexão atinge os dois lados do relacionamento médico-paciente. É como se o Paciente estivesse a dizer “Vamos ao exame seu Doutor”. A natureza polida e profissional de nossa conversa inicial se derreteu. Não importa como chegamos a esta sala, a estas posturas, a esta conexão, agora somos mais íntimas. Mesmo se nossa conversa inicial tivesse sido marcada por frustração ou raiva, o timbre de nossa interação teria se suavizado. É quase impossível ficar irritado ou seco quando pele está tocando pele. Talvez esse seja o centro da questão. O toque é inerentemente humanizador e, para que uma relação médico-paciente tenha qualquer significado além de uma interação comercial, é preciso haver confiança – das duas partes. Como já foi provado em maternidades e intuído pela maioria dos médicos, enfermeiras e pacientes, uma das maneiras mais básicas para estabelecer confiança é através do toque. É por isso que a consulta ao médico nunca parece completa sem um exame físico. Ele é parte essencial da relação médico-paciente, que não pode ser subestimada. Nunca permita que um Médico fique com as costas viradas paravocê e dane-se a perguntar: Onde mora, qual seu nome, nome do Pai, nome da mâe, alguem na familia já sofreuu esse tipo de doença, conheceu seus tios, avós ou alguem da Família que tenha sofrido problema desse tipo??????????. Todas essas interrogações não o levaram a nada mesmo porque ou você esqueceu, ou nem conheceu seus antepassados. Mande-o para os Diabos isso é um simulácro de Médico! Tenha cuidado, se não é um Acadêmco pode ser até alguem fingindo que é o Médico.

UMA ALMA COMPLEXA

                                                                                  
Dirceu    Ayres 
Olho-a e às vezes me pergunto se quando o médico põe o paciente psicótico trancado, não estaria enganado o Médico?  Que personalidade estranha. Que complexidade de caráter. Às vezes tento analisar seu estranho comportamento e... em vão, totalmente de balde meus esforços, começo outra análise. Eu e minha imaginação, resultados surpreendentes surgem em meu cinema mental.Vejo-a esguia, séria, um pouco CASMURRA, meio indiferente e introvertida, nela existe muito de bom e muito de triste, porém nada de mau, falta MALÍCIA. Deve amar profundamente quando ama, é claro ou ser indiferente a amores. Tem vislumbres de inteligência brilhante, e às vezes me aparece uma alma IGNARA. Mas como eu sei que até o que achamos REAL é RELATIVO, que nosso mundo não é mais do que um mundo de ilusão, sei que o que lhe convém pode não me convir, que o remédio que lhe cura, pode me matar, que pólos opostos se atraem e iguais se repelem, ficarei aguardando, talvez um dia possa eu, prestar-lhe uma ajuda ou pelo menos possamos conversar cara a cara, ou como diria o poeta: “Coração para Coração”, ( então eu lhe direi que nosso mundo é um colégio e devemos aceitar e procurar passar nas provas, pois, caso contrário, repetiremos o ano e talvez sem as condições que temos agora e ainda mais, que devemos suportar as amarguras dessa existência cedendo um pouco em nossas exigências e aceitando as que não podemos mudar. Aí então, se ela aceitar esta filosofia de vida saberei se ela sabe sorrir, por que sorrir sempre foi o melhor remédio e sempre curou Nostalgia, pois, se não me engano esta é sua doença. Suponho que o que precisa é de apoio moral e um ombro onde possa escorar sua cabecinha e ter com quem cantar suas alegrias e chorar suas desventuras. Sendo de um signo considerado como mais perfeito do Zodíaco- Virgem- tendo quem lhe dê algumas coordenadas, seguirá mais feliz e eu terei concluído ou chegado ao fim de mais um ROUND em minha atribulada existência.

CURIOSIDADE:

DIRCEU AYRES
Antigamente você queria comprar um aparelho celular esperava alguns dias e ainda pagava os olhos da cara. Hoje em dia está tudo mais simples e barato, você compra um celular e às vezes dependendo de quanto você gasta por mês ou quanto é a sua despesa com ligações, não será preciso comprar outro, você ganha um novinho da operadora sem pagar nem um real. Um aparelho até com câmara digital, más, tem uma coisa que é ruim mesmo, é que você... “Deve dar o velho pra mãe”. “Puts. Grillo”, se meu Pai souber que eu andei arranjando um velho prá minha mãe, tô ferrado. Más posso dizer que foi um aparelho celular com câmara digital de vários mega pixels etc. e coisa e tal., sendo do tempo antigo como meu velho, vai ser dureza explicar isso tudo a ele, mas o que fazer?, Pior do que isso é a situação do meu vizinho. Ele sai com uma jovem de seus dezoito ou dezenove anos para atender os clientes (porta a porta), é vendedor e sozinho não daria conta, tem idade avançada e anda muito cansado. Agora pense como ele explica ou vai explicar a mulher dele que não freqüenta nenhum hotel ou motel com a garota. As coisas hoje em dia são assim: ás vezes é, e parece que não é, e às vezes não é e parece que é. Um verdadeiro pandemônio principalmente para os mais velhos, é uma dureza. Essa coisa de é, mais não é, já aconteceu comigo. Eu conhecia um senhor que era metido a brabo e todo mundo o temia, (atendia pelo nome de Antonio o Capador) sua mulher um tipo gostosura tinha um sorriso matreiro e gostava de puxar conversa com os amigos do marido, ele brabo, imagine que para ir para o sanitário tinha de ser amarrado, aí, todo mundo tinha medo dele e deixava escapar a mulherona que ele tinha, eu no entanto topei enfrentar a fera e encontrei com ela na cozinha fazendo um tira-gosto prá gente comer com bebida, aí foi que eu falei no pé do ouvido dela, alisei os seios fartos, passei a mão na “bela” e ela logo botou seu pesinho em cima do botijão de gás e na “pregada” por baixo, foi ás alturas, quase gritou o que chamaria a atenção do marido e dos outros que estavam bebendo na calçada, más, transou assim mesmo. Aqui temos um exemplo de “muito brabo”, coisa nenhuma, o bicho é do tamanho que a gente faz. O ruim dessa estória é que a mulher do cara brabo, precisava de orgasmo e muito, ele (marido) não dava conta, tentou se agarrar a mim e foi um desespero danado, ela queria porque queria “fazer” todo dia e eu tinha outros compromissos, não podia ficar a disposição daquela senhora só para transar. A famigerada fez de mim o seu alvo certo, tenho de sair de sua alça de mira. Pô, que barca furada, a canoa está vazando ou fazendo água, isso é ruim de navegar. Com cautela vou ver se a desgraçada me erra de uma vez pois até o meu nome ela berra na rua, Ho Deus, farei algo urgente, caso contrário minha pretensão vai terminar nadando no seco. Agora você pode perguntar o que o celular tem a ver com isso?, Nada, somente que ela pode pegar o celular e chamar o marido dizendo que eu quero transar com ela, hoje em dia todo mundo tem um desgraçado de um celular e ela não é diferente, tenho de fazer tudo com muita cautela. Para ter um homem, ela faria de tudo. Assim entenda meu desespero, overdose de burrice para qualquer um. Depois posso ficar como o Brasil, andando de lado com crescimento vegetativo e distúrbio Psicológico de sanguessuga.

Aos 16 Anos.

                      Dirceu Ayres
Aos 16 anos você pode ser emancipado. Pode votar até para presidente. Pode eleger o executivo e o legislativo e estes podem declarar guerra. Aos 16 anos você pode se inscrever no vestibular e viver um primeiro amor, ser pai ou mãe. Pode muita coisa, não podem algumas, como beber, mas mesmo assim dificilmente não terá tido, nesta idade, alguma experiência na área: bebidas, cigarros ou estados alterados de consciência, seja elas por substâncias legais ou não. Aos 16 anos, porém, você não pode ser penalizado como um bandido comum, mesmo que o seja. Sua pena será de,  no máximo, três anos, seja lá a besteira que você cometeu. Diante de tantas escolhas, que perdura por toda a vida, a de cometer crimes é a única que será revogada em um prazo relativamente curto. Claro que passar alguns anos na cadeia há de mudar e muito a vida de alguém, mas o peso da responsabilidade parece diferente. Aos 16 anos você pode matar, estuprar, torturar, inclusive tudo isto ao mesmo tempo. Os "entendidos" dizem que quando faz isso você é uma criança que não sabe o que faz. Mas se você escolher um governador, na mesma idade, é um adulto e seu voto tem que ser respeitado tanto quanto o de um juiz ou cientista político. É esta a assimetria. Uma lei “chapa branca”. Certas coisas sempre escaparam ao meu juízo: por que dezoito? Por que não dezessete ou dezenove anos? Um dia antes do seu aniversário você é imaturo e no dia seguinte, pimba, foi iluminado por uma súbita e inconteste consciência?. Isso lembra um produto que vêm com a validade na embalagem. Essa meninada precisa deixar de ser estilingue, ir para o outro lado, para ser vidraça. Alguém, com um mínimo de vergonha na cara, conseguem dar uma explicação razoável?. Vários psicotrópicos são vendidos na farmácia, a cachaça é vendida em qualquer esquina, mas é só a maconha que pode destruir sua personalidade?. Nunca consegui imaginar uma desculpa, por mais idiota que fosse, para a proibição de algumas drogas ou jogos, hó Deus, jogos... O Governo do Brasil é o maior Bookmaker que temos e todos seus jogos a maioria ou todos são liberados. Também não entendo o porquê de insistir nestes jogos ou substâncias quando tantos são liberados. O fato é que se podem questionar as regras do jogo. As proibições de coisas muito populares, e consumidas em escala industrial, geram a existência de uma realidade paralela e criminosa. Esta realidade, chamada de crime organizado, seleciona jovens para suas frentes de trabalho. Isto é fato. Estes jovens serão, evidentemente, os favoritos para cometer os crimes mais pesados, uma vez que para eles a punição será sempre mais branda. Ou seja: quem da sua empresa você envia para uma determinada missão? Quem der menos prejuízo. O fato é que se a idade for 16, vão convocar para o crime garotos de 10 ou 11 anos. Aliás, já convocam. Puni-los pode ser insuficiente para reverter isso. Não puni-los pode ser ainda muito pior. No Reino Unido (Inglaterra) A lei está presente e processando a meninada mesmo com dez anos ou doze, treze, dezesseis ou tanto faz, cometeu algum delito...Vai ser punido. Ora se vai, lá não importa a idade, me parece que o que importa mesmo é o comportamento, matou é criminoso, vai para a cadeia cumprir a pena que for imposta.