quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A "nova política" da Marina Silva tem 140 toques e não faz diferença.

               Dirceu Ayres
A Folha de São Paulo tenta analisar, hoje, com toda aquela bondade, o fracasso da "nova política" ou "política 2.0" de Marina Silva. Muito do apoio à senadora surgiu, de fato, de certo fastio com as estruturas partidárias tradicionais. O caciquismo, o patrimonialismo, a corrupção e a ineficiência dos serviços públicos impregnados pela lógica mais rasteira da política partidária, afinal, não desapareceram da vida pública e do noticiário ao longo dos 16 anos em que o PSDB e depois o PT comandaram o Executivo federal. Muito pelo contrário, diz editorial do jornal onde a ex-verde e atual sem cor, sem sabor e sem cheiro é colunista. A verdade é que Marina Silva é uma cacique de xale, pronta para ser dona de corações e mentes da juventude que gosta na natureza. Só não contava que este mesmo jovem não abre mão de um Big Mac e de uma boa mação transgênica. A sua atuação mentirosa, antidemocrática, radical, raivosa e contrária ao país no debate do Código Florestal escancarou quem ela realmente é: uma messiânica radical, muito mais próxima de um aitolá caboclo do que de uma líder moderna. O discurso de Marina Silva reduziu-se a mover seguidores contra a democracia em 140 toques do twitter. As redes sociais podem ser muito boas para palavrinhas de ordem e protestinhos pueris, mas o eleitor quer mais. Quer a verdade. Este tipo de estratégia não resiste ao jogo democrático, ao debate aberto, às verdades de um país cansado de ser manipulado por arautos da catástrofe e do fim do mundo. Marina Silva tentou fazer uma vigília denominada "Floresta faz Diferença" para milhões e teve míseros 700 espectadores, grande parte com nomes ingleses, alemães e americanos, das ongs que a patrocinam. Seu abaixo-assinado para 1 milhão de assinaturas não chegou a 13 mil em dois meses. A "nova política" é um rotundo fracasso, mas sobra uma saída para Marina Silva: que vá abrir uma seita lá na terra dos seus patrocinadores ricos, que querem fazendas lá e floresta aqui. Vai fazer o maior sucesso aquele look de Indira Ghandi dos trópicos e aquela voz de taquara rachada despejando frases feitas.

TOGA EM CONFLITOS

                             Dirceu Ayres
BRASÍLIA - O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, anunciou na tarde desta terça-feira que provocará a corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, a apontar quem seriam os bandidos de toga existentes no Judiciário.O presidente da AMB disse que a corregedora teve um destempero verbal e que propagou lendas de como seria difícil inspecionar o Judiciário de São Paulo. O estopim da crise foram os comentários de Eliana Calmon sobre a impunidade para "bandidos escondidos atrás da toga".Calandra não é o primeiro a reagir. Mais cedo, o próprio presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, soltou nota repudiando as declarações de Eliana Calmon. O presidente da AMB sinalizou que as críticas da corregedora ocorrem de maneira entristecedora, às vésperas do julgamento pelo STF da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela AMB contra a resolução 135, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que normatiza as punições disciplinares contra magistrados. Acho que não há bandidos de toga. São ataques impróprios, sem nomes, sem provas. Exigimos respeito e reconhecimento. Estamos aqui para prestar contas. O que nós fazemos é prestar contas boa parte do tempo - Não precisa de guarda para guardar os guardas. O CNJ quer assumir esse papel. Acabam-se as corregedorias nos estados e o CNJ cuida do Brasil inteiro. O Judiciário não tem que ter motivos de vergonha para nenhum brasileiro - afirmou Calandra Na ação, a AMB contesta integralmente a resolução 135. Calandra defende que o número de magistrados que respondem a processos disciplinares é irrisório perto do tamanho da magistratura. Segundo ele, a ministra Eliana Calmon deverá apontar os bandidos para que não se cometa injustiça contra a classe inteira. - Acho que não há bandidos de toga. São ataques impróprios, sem nomes, sem provas. Exigimos respeito e reconhecimento. Estamos aqui para prestar contas. O que nós fazemos é prestar contas boa parte do tempo. Por Roberto Maltchik, em o globo BLOG DO MARIO FORTES

Kátia Abreu vai propor Constituinte exclusiva para fazer reformas.

           Dirceu Ayres
O prefeito de São Paulo e fundador do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, afirmou nesta quarta-feira (28) que a legenda é "de centro" e vai ter posição de "independência" em relação ao governo federal. Na noite de terça (27), a Justiça Eleitoral aprovou o registro nacional do PSD. A decisão permite que a nova sigla filie candidatos e concorra nas eleições municipais de 2012. Durante a discussão para criação do partido, Kassab disse ao "Estado de S.Paulo", em março deste ano, que o partido não seria "de direita, de esquerda, nem de centro". Em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo, na manhã desta quarta, Kassab afirmou que "a questão de centro é ideológica". "Está desvinculada da relação do apoio ou não ao governo federal. Em relação ao governo federal, nossa posição será de independência. Para que os parlamentares que se somaram a esse partido que tenham sua posição, alguns a favor, outros contram, continuem tendo essa liberdade. Não teria sentido, seria incoerência, para um partido que quer inovar impor ao parlamentar mudanças de sua conduta", disse.Segundo Kassab, parte desses parlamentares apoiou o candidato do PSDB José Serra nas eleições presidenciais do ano passado e parte apoiou a presidente Dilma Rousseff. "Cada um continua com suas convicções. Claro que, a partir de agora, o partido começa a preparar uma unidade de ação para chegar com essa unidade em 2014." Ao "Bom Dia Brasil", Kassab afirmou que as denúncias não têm fundamento. "Em todos os estados, o partido foi aptovado pelos TREs por unanimidade. Fica claro, e vamos olhar para frente, que eram denúncias sem fundamento. Em alguns casos, armação de adversários, lamentáveis." Giberto Kassab prometeu ainda apresentar um manifesto à nação que defende, entre outras questões, a criação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva em 2014, só para tratar da atualização da Constituição Federal. "Seria paralela ao funcionamento o Congresso para que as reformas efetivamente aconteçam. Vamos pedir à senadora Kátia Abreu que apresente projeto no Senado para que tenhamos campanha de mobilização da importância da aprovação. Para que possamos ter as reformas que o Brasil precisa, política, trabalhista, administrativa", afirmou o prefeito e fundador do PSD. (Do G1)

AS LIGAÇÕES PERIGOSAS - ALGUÉM SABIA DISSO: LEIAM!!!

                                                            Dirceu Ayres
" Nunca ouvi falar que Mirian Belchior e Gilberto Carvalho fossem irmãos. Vocês sabiam disto????????"Ralph J. Hofmann Recebi, mais um daqueles e-mails enumerando falhas flagrantes que a República jamais deveria tolerar, a correção ou investigação da maioria das quais, estaria dentro dos poderes discricionários de uma Presidente eleita, sem mais delongas, bastando querer “fazer a faxina”. As falhas começam na ante sala da Presidência. Caso Gleisi Hoffmann seja indispensável à D. Dilma obviamente Paulo Bernardo, o Ministro das Comunicações deveria ficar em casa cuidando das panelas ou mesmo nos arredores de Brasília plantando hortaliças para reforçar a renda familiar já que a família está acostumada a\ dois salários de ministro. A doutora Elizabete Sato, titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Daniel foi um “crime comum”, sem motivação política, é tia de Marcelo Sato, marido da Lurian, que, apenas por coincidência, é filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por outro lado foi o advogado de Lula, Eduardo Greenhalgh quem garantiu aos familiares de Celso Daniel que as investigações seriam rigorosas, a ponto de terem-se passado semanas, com o passamento (palavra bem comportada para morte) de mais de uma testemunha antes de perceberem que absolutamente nada seria feito. Ninguém tem conhecimento de qualquer iniciativa de Greenhalgh para realmente acompanhar as investigações, mas salta aos olhos ser um dos principais advogados de Lula ao longo dos anos. Não apenas isto, mas Miriam Belchior, hoje a “lamentável” ministra do planejamento, que teve a brilhante idéia de dar meio mês de feriados ao povo brasileiro durante a Copa do Mundo, assim resolvendo o problema das obras para melhorar o transporte urbano, que desta forma ficarão para ser realizadas no próximo milênio, nos dias de jogos do evento. Miriam Belchior ocupa o cargo silenciosamente. Silenciosamente porque nunca fala do assassinato do ex-marido. De quem? Do ex-marido Celso Daniel. Quem conhece Brasília não precisa conhecer a Sicília. Ponha Lei da Omertá (silêncio) nisto. A família Belchior ou melhor Carvalho se deu bem nessa. Com o sacrifício de um único ex-marido que é ex-cunhado fatura dois cargos ministeriais. Porque Gilberto Carvalho é irmão de Miriam Belchior. Com esta deve haver gente oferecendo primos, irmãos e nora para o sacrifício desde que rendam algum ministério. De volta ao primeiro genro, Marcelo Sato, por estranha coincidência é dono de uma empresa de assessoria que prestava ou presta serviços ao BESC – Banco de Santa Catarina – BESC, no qual foi dirigente Jorge Lorenzetti (churrasqueiro oficial de Lula e um dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiês). Ainda em Santa Catarina e no BESC, o primeiro (ou segundo) marido de Idelí Salvatti, sem qualquer qualificação, foi Presidente deste banco. Também não tem qualificação dentro do ramo da Administração ou da Geração e distribuição de energia, mas preside a ELETROSUL com galhardia e inépcia. Pudera, pois Lobão, o ministro do setor tampouco entende de administração ou de geração de energia. No andar da carruagem, esperamos que nenhuma figura no primeiro e segundo escalão da República venha a ter relações sexuais com outra. Da maneira que está há perigo de incesto e do nascimento de crianças com ainda mais defeitos que a geração que aí está. Fotomontagem: Eduardo Greenhalgh, Miriam Belchior, Celso Daniel e Elizabete Sato

JARBAS VASCONCELOS, ELEIÇÃO DE ANA ARRAES PARA TCU É ABSURDO

               Dirceu Ayres
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse nesta quarta-feira (21) que é "um absurdo" o governador Eduardo Campos deixar de cuidar dos interesses de Pernambuco para eleger a própria mãe, a deputada Ana Arraes (PSB-PE), para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). Para Jarbas, o resultado dessa eleição é o retrato de um país em que o meio político anda na contramão do século 21 - É um exemplo do vale-tudo na política. Se o que ocorreu na Câmara nas últimas semanas não é nepotismo, não é abuso de poder político e uso da máquina, eu não sei mais o que é. Quando chegar uma determinada conta do governo Eduardo Campos no TCU, qual será a postura da nova ministra? - questionou . Jarbas assinalou que o Brasil precisa dar um salto de qualidade, sem corrupção, sem aparelhamento do Estado e sem nepotismo. Ele observou que a nova ministra do TCU estará sempre sob suspeição e lembrou que os deputados que a elegeram foram os mesmos que inocentaram a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) há apenas três semanas, contra toda a pressão da opinião pública.- Isso não é modernidade, é nepotismo, é política do compadrio, do coronelismo. É atraso do pior tipo possível - concluiu. Da Redação / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado O SR. JARBAS VASCONCELOS (Bloco/PMDB – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Para deixar registrado nos Anais, Presidente, uma declaração que entreguei à imprensa há pouco.“A eleição para o TCU Infelizmente, o resultado da eleição para o TCU é o retrato do Brasil em que vivemos. Vivemos num País que precisa dar um salto de qualidade, sem corrupção, sem aparelhamento do Estado e sem nepotismo. Mas o meio político brasileiro vão no caminho inverso, anda na contramão do Séc. 21. É bom lembrar de que foi essa mesma Câmara que inocentou Jaqueline Roriz há três semanas, contra toda a pressão da opinião pública.Um governador – seja ele quem for – deixa os seus afazeres, deixa de cuidar dos interesses do Estado para eleger a mãe para o Tribunal de Contas da União. É um absurdo, não é uma coisa natural, não é uma prática republicana. É um exemplo do vale-tudo na política. Se o que ocorreu na Câmara nas últimas semanas não é nepotismo, não é abuso do poder político e uso da máquina, eu não sei mais o que é.Quando chegar uma determinada conta do Governo Eduardo no TCU, qual será a postura da nova ministra? Ela estará sempre sob suspeição. Isso é modernidade, é nepotismo, é política do compadrio, do coronelismo. É atraso do pior tipo possível.”

E A OPOSIÇÃO BABA NA GRAVATA

           Dirceu Ayres
Reportagem de ontem de O Globo mostrou que o governo federal executou só 0,5% do programa “Minha Casa, Minha Vida” e que a liberação de recursos para algumas das principais promessas de Dilma Rousseff para este ano não chega a 10%. Vocês já cansaram de ver a lista e a conta neste blog, certo? Se vocês clicarem aqui, encontram uma lista de links para textos que tenho escrito a respeito desse assunto desde, atenção!, 31 de janeiro deste ano. “Pô, Reinaldo, a mulher estava no poder havia apenas 31 dias, e você já estava cobrando cumprimento de promessas?” Não! Naquele texto, tratei das promessas que ela já não havia cumprido como “gerentona” do governo Lula e listei aquelas que ela certamente não cumpriria como presidente — ou melhor: não cumprirá. Além de 2 milhões de casas até 2014 (e vocês têm de se lembrar do outro milhão anunciado no governo Lula), a presidente prometeu para este ano:3.288 quadras esportivas em escolas; 1.695 creches; 723 postos de policiamento comunitário; 2.174 Unidades Básicas de Saúde 125 Unidades de Pronto Atendimento. Pois bem, no “Minha Casa, Minha Vida”, executou-se apenas 0,5% do previsto; nos demais casos, a liberação não chega a 10%. Já demonstrei hque, no ritmo que o governo federal entrega as casas, serão necessários 26 anos para cumprir a promessa dos 3 milhões de moradias. Ontem, a Folha noticiou que, na base da pura canetada, a Infraero aumentou o número de passageiros/ano dos 13 aeroportos da Copa em estupendos 107 milhões. Foi assim, num estalo de dedos: Ruim de serviçoA verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço pra chuchu.Já era, não custa lembrar. 1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez! Ou melhor, fez, sim, uma coisa muito ruim: bombardeou as propostas de privatização. Depois teve de correr atrás do capital privado, na bacia das almas. 2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais enganou o Elio Gaspari direitinho — e todos os “gasparzinhos” que tentam imitá-lo—-, mas não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas. Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum. Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!3 - O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses. Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo. Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora. E o que temos? Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa. Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado. 4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa. Posso não compartilhar das críticas, a meu ver exageradas, ao corte de meio ponto nos juros estratosféricos, mas isso não quer dizer que eu note um eixo no governo. A turma me parece até um tantinho apavorada. A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai. A Anfavaea foi mais eficiente no lobby. Cumpre aos outros setores fazer também o seu chororô. O único que vai perder é o consumidor… 5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso. Parece Obama referindo-se aos políticos como “o pessoal de Washington”. Ela poderia dizer: “O pessoal de Brasília”…6 - Abaixo, Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde — a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram,como se vê acima. Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais… Não obstante, a presidente tem angariado algumas simpatias mesmo em setores não exatamente entusiasmados com o petismo.É compreensível. A gigantesca máquina de propaganda, como sempre, atua com grande competência. Mas não responde sozinha pelo “sucesso”. A oposição no país, excetuando-se alguns guerreiros isolados, é sofrível, beirando o patético. Tornou-se refém dos pedidos de investigação das denúncias de corrupção. Como a presidente pôs na rua alguns valentes, mais fatura ela com a “faxina” dos que seus adversários com as acusações. Falta uma agenda — quando não sobra, sei lá como chamar, “adesismo tático” que se finge de estratégia. O que pensam mesmo sobre as ações do governo os candidatos a líderes do PSDB? Parece que, no momento, organizam um seminário, ou coisa assim, para exumar as virtudes do Plano Real e coisa e tal. Eu sou o primeiro a afirmar, e o faço há uns 10 anos, que as conquistas do governo FHC têm de ser exaltadas — mas daí a transformar em aríete da luta política vai uma grande diferença. Como fica claro, é uma batalha que vem com 10 anos de atraso. O partido espera apresentar uma resposta para os problemas de 2011 quando? Em 2021? O DEM tem espasmos de acerto aqui e ali, mas consegue ser mais notícia tentando criar dificuldades para o PSD do que facilidades para si mesmo. Como Dilma pode estar cercada de incompetentes, mas não de estúpidos — longe disso!—, percebeu que o desgaste junto ao tal “povão”, se vier, está distante, com o país funcionando quase a pleno emprego e ainda consumindo bem. A inflação preocupa, sobretudo porque é visível que eles não sabem o que fazer, mas nunca ninguém viu massas saindo às ruas por causa de 6,5% ou 7%. Como disse a ministra Ideli Salvatti na entrevista ao Estadão (ver abaixo), “a gente vai levando…” Os chamados setores médios estão sendo conquistados pela pose de austera da soberana, por seu decoro no poder — que é real se comparada a seu antecessor — e por não endossar certas boçalidades da tropa de choque lulo-petista no subjornalismo. Na ONU, ao falar de seu compromisso com o combate à corrupção, exaltou, e com justiça e justeza, o trabalho da imprensa — aquela mesma que a ala metaleira do PT quer debaixo de chicote. Assim, uma das “virtudes” de Dilma consiste em não ser uma especuladora, não pessoalmente ao menos, contra as instituições, como é Lula. É claro que, estivéssemos com os meridianos democráticos bem-ajustados, a defesa que o Apedeuta fez, em pleno Palácio do Jaburu, de uma Constituinte só para fazer a reforma política — tese de óbvio sabor chavista — requereria uma fala da Soberana. Mas dela nada se cobra. Do mesmo modo, teria de falar se endossa o financiamento público de campanha do modo como o propõe seu partido: uma patranha para encher os cofres do PT e estrangular a oposição. Nada! Parece que o país em que se debate a reforma política não é aquele que ela preside. Lá com os seus botões, Dilma deve pensar:“Governar o Brasil é bolinho; nem é preciso acertar. E enfrentar a oposição é fácil; difícil é aturar a base aliada”… Reinaldo Azevedo Postado por BLOG DO MARIO FORTES

COMO É QUE PODE???

                                                                  Dirceu Ayres
Vênia máxima, eleição de Ana Arraes para o TCU é uma vergonha! Tribunal vira palco de ambições pessoais e sai rebaixado. Campos substitui o nepotismo pelo “matrismo” A deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador Eduardo Campos, (PSB) foi eleita nesta quarta-feira para a vaga que estava aberta no Tribunal de Contas da União. No momento em que o país discute “transparência” e em que o tema chega a ser motivo de encontro de chefes de estado, o resultado chega a ser vergonhoso. Qual é a especial qualificação de Ana para o cargo? Ora, ela é mãe de Campos. Já se conhecia o “nepotismo”. Está inaugurado no Brasil o “matrismo”, para continuar na origem italiana da palavra. Uma piada! O TCU é um órgão de assessoramento do Legislativo e de vigilância dos gastos públicos. Ana é deputada, é verdade. Mas o seu cabo eleitoral foi um governador de estado, também seu filho, que não poupou esforços e, indiretamente, dinheiro público para elegê-la. A coisa beirou o acinte. Na sessão de ontem da Comissão de Finanças e Tributação, estavam presentes o vice-governador de Pernambuco, João Lyra; o secretário da Casa Civil do Estado, Tadeu Alencar, e Luciano Vazquez, presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco, empresa de economia mista, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. UMA DAS FUNÇÕES DO TCU É ZELAR PELA CORRETA APLICAÇÃO DO DINHEIRO PÚBLICO, REITERO.Marquês de Sade, é verdade e não piada, gostava de uma orgia com ordem, com método, com ciência.Eduardo Campos resolveu fazer da candidatura da mãe uma espécie de teste de seu prestígio nacional e de sua capacidade de articulação. A vaga no TCU se tornou um objeto de troca de mercadorias políticas. Contou com o apoio de Lula, claro, porque, o petista o quer como um aliado. Mas, como o governador está por aí, como um rapaz “casador” para 2014, cumpria ampliar o leque de alianças. Com Aécio Neves, o troca-troca passou pela candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte. Aparentemente, os tucanos de Minas cederam tudo, até as penas — se foi acordo bom-de-bico, o tempo dirá: o PSDB abre mão, mais uma vez, de ter candidato próprio à Prefeitura da Capital (ficará 24 anos longe do cargo! Partido forte é assim!), mesmo que fique fora de uma eventual aliança formal entre PSB e PT. E ainda deu apoio à mãe de Campos. O que levou em troca? Por enquanto, os ternos olhos azuis. Vamos ver depois. O governador, que tem um acordo operacional, ou algo assim, com Gilberto Kassab também contou com o apoio do prefeito. Certamente isso garantiu votos do PSD, em formação, para a sua mãe. Um órgão de assessoramento do Parlamento e de vigilância do bom uso do dinheiro público se tornou mero palco do exercício de poder de um líder regional com aspirações à liderança nacional. Outros políticos que estão se deslocando em campo tentando imaginar onde estará a bola em 2014 também se apresentaram. Ora, fosse pela liderança natural entre seus pares, fosse pelos serviços relevantes prestados ao Congresso e ao país, fosse pela formulação de políticas públicas conseqüentes — ou seja, contassem os critérios técnicos —, é evidente que Aldo Rebelo (PCdoB-SP) deveria ter sido o eleito. Embora o Planalto não fosse hostil à sua candidatura, várias máquinas acabaram convergindo para Ana Arraes. Ela obteve 222 votos; Aldo ficou com 149. Houve ainda quatro outros candidatos. Uma eleição em colégio tão pequeno, em que o pior vence o melhor em razão do apadrinhamento, é necessariamente ruim para o país. Indicações para o TCU sempre são políticas; não há novidade nisso. A disputa por uma vaga no tribunal como parte de uma disputa eleitoral vindoura, no entanto, é coisa inédita. A instituição sai, como tem sido hábito, rebaixada do embate.Campos alimenta pretensões presidenciais. A esta altura, não duvido que haja gente admirada com a sua capacidade de articulação. É o tipo de “competência” que faz bem ao “competente” e que condena o país. Sou um homem conservador, ortodoxo mesmo: entre o melhor e o pior, acho que o melhor tem de vencer. “Ah, Reinaldo, na democracia nem sempre é assim”. Eu sei! Ocorre que, no caso, não foi a democracia que fez a diferença, mas a sua aplicação pervertida. Quais outras instituições serão objeto da manipulação desses “novos líderes” em busca de espaço? Ademais, constate-se: o que houve de novo nessa disputa pelo TCU é tão velho como o Brasil.Por Reinaldo Azevedo Postado por BLOG DO MARIO FORTES

sábado, 24 de setembro de 2011

MARCHA CONTRA CORRUPÇÃO VATICINOU ENTERRO DA TENTATIVA DO PT DE REEDITAR A CPMF

          Dirceu Ayres
Como todos notaram, a grande imprensa brasileira em sua maioria deu apenas em pé de página a notícia da manifestação Todos Juntos Contra a Corrupção que juntou uma multidão na Cinelândia, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira. Sem as poluentes bandeiras vermelhas dos comunistas do PT e seus satélites, sem ódio e sem rancor, sem atrapalhar o trânsito e a vida das pessoas, o evento foi um sucesso alcançando plenamente seus objetivos. Todavia, como não foi uma passeata de bate-paus do PT, não teve o beneplácito dos penas alugadas do esquerdismo. A Folha de São Paulo inclusive publicou uma matéria infame tentando passar a impressão a manifestação foi um fracasso. No seu desvairado alinhamento à vagabundagem esquerdista que corrói a Nação brasileira, a Folha de São Paulo acabou dizendo, por outras palavras, que a maioria dos brasileiros apóia a corrupção. Isto até pode ser verdade, mas se abriu com a marcha contra a corrupção uma ótima oportunidade de motivar a opinião pública para o bem. Bastaria que na primeira página desses que é um dos mais importantes jornais estivesse estampada a foto acima e uma legenda. Só!Nela se vê dois cartazes. O que protesta contra a CPMF vaticinou o enterro da tentativa petista de reeditar o deletério imposto, já que o PT ficou isolado e a Câmara, em peso, votou nesta quarta-feira contra a determinação da Dilma de fazer caixa para a campanha eleitoral de 2012 nas costas dos contribuintes. Já o estandarte que fustiga a clePTocracia deve ter sido guardado para a próxima marcha, pois continua na ordem do dia. Bom, aí seria pedir demais, né, que uma foto como esta estampasse a capa de algum jornalão brasileiro quando se sabe que as suas redações operam sob a orientação patrulha do PT. A foto acima é do site da revista Veja onde se pode conferir uma galeria fotográfica da manifestação.

O NOME DA CORRUPÇÃO É ....

                      Dirceu Ayres
Desde o último dia 7 de setembro, protestos contra a corrupção mais ou menos espontâneos têm ocorrido em todo o país. Em diversos lugares, cidadãos cansados de serem feitos de idiotas pelas "otoridades" resolveram sair às ruas e protestar, sem bandeiras partidárias, contra a ladroagem que impera no Planalto. Já está sendo organizado um protesto em várias cidades para o próximo dia 12 de outubro. A notícia em si é animadora, e parece demonstrar que parte da população brasileira, diante do silêncio cúmplice e covarde da oposição (?), decidiu responder a pergunta do correspondente do jornal espanhol El Pais, Juan Arias ("Por que não reagem?"), e finalmente despertou de anos de letargia. Já estava mais do que na hora de sacudir o marasmo e o conformismo e dizer um basta à roubalheira, à lambança e à cafajestagem, que nos últimos anos atingiram níveis de descaramento sem precedentes. Trata-se de algo importante, também, por romper o monopólio das ruas pela esquerda, que dura, no Brasil, uns quarenta anos, no mínimo (pela primeira vez, não vejo bandeiras vermelhas numa manifestação política). Mas há uma pegadinha aí. A pegadinha consiste no fato de que, até agora, não se deu nome aos bois. Fala-se em corrupção em termos genéricos e abstratos, de forma vaga, não se ligando a coisa a partidos ou a pessoas. Tirando algumas vagas e tímidas citações a Lula e a Zé Dirceu, não vi nenhum manifestante defender claramente a punição de fulano ou beltrano. Não vi ninguém, por exemplo, denunciar a farsa que é o PAC, ou o escoadouro de dinheiro público que serão as obras para a Copa do Mundo, ou o festival de absurdos que virou o MEC sob o inacreditável Fernando Haddad (que até "kit-gay" já quis enfiar goela abaixo de criancinhas nas escolas). Nessas condições, as marchas contra a corrupção correm o risco de virar algo parecido com uma "marcha contra a violência" ou uma "marcha pela paz" - ou seja: algo até bem-intencionado, mas absolutamente inútil. Ou, então, cairão na generalização resignada de que "é assim mesmo", "somos todos corruptos", "não tem jeito" etc.É preciso deixar bem claro: a corrupção, no Brasil, tem cara, nome e sobrenome. E a corrupção na atualidade se chama Dilma Vana Rousseff. Assim como, até ontem, atendia pelo nome de Luiz Inácio Lula da Silva, o Apedeuta. Que fique claro que o governo Dilma Rousseff não passa de uma continuação do mandarinato lulo-petista, que a "presidenta" durona e competente é apenas um mito criado pelos mesmos que criaram o mito Lula. Nada mais cínico, nesse sentido, do que a idéia da "faxina" nos ministérios que estaria sendo feita por Dilma, o que não passa de mais uma invenção da imprensa companheira (invenção, aliás, negada pela própria Dilma). Vários ministros já caíram e outros, provavelmente cairão, mas é como se Dilma, que os nomeou, não tivesse nada a ver com o riscado. Já vi esse filme. Assistimos, durante oito anos, à comédia do presidente que, diante dos descalabros planejados na sala ao lado, não sabia de nada, não via nada (isso foi antes de se dizer “traído” e que “todos fazem igual”). Agora temos a presidente-faxineira (a gerente ultra-competente, pelo visto, não cola mais, assim como a lenda da presidente "intelectual" que falsificou o próprio currículo e incapaz de lembrar o título e o autor do último livro que leu). Blindada, com certeza. Ninguém se dá conta de que a corrupção é a própria alma do governo Dilma, e que qualquer um que for indicado para participar desse governo deve ser colocado de antemão sob suspeita. Pior: há o risco de a causa ser seqüestrada pelos mesmos que deveriam estar na berlinda. Vamos lembrar. A "luta contra a corrupção" ou pela "ética na política" sempre foi uma bandeira da esquerda no Brasil. Foi no impeachment de Collor, em 92, que o PT se fortaleceu e surgiu, de fato, para a política nacional (antes, era o partido dos sindicalistas barbudos e socialistas, para quem combater a corrupção era coisa da pequena burguesia moralista). Depois, na CPI dos anões e em todas as outras que se seguiram, os petistas e seus clones esquerdistas emergiram como os vigilantes da moral e dos bons costumes, os únicos bons e puros em meio a um mar de ladrões. No decorrer dos anos, o partido se especializou em destruir reputações alheias enquanto erguia seu próprio mito, e tratava de preparar o caminho para o assalto (literal e figurado) ao Estado. Tudo isso apenas como um instrumento para chegar ao poder: uma vez alcançado o objetivo, o partido tratou logo de jogar a bandeira da ética na lata do lixo, pois não mais lhe servia. Hoje, a UNE, que esteve à frente dos protestos vinte anos atrás, virou uma repartição chapa-branca, e dedica-se a fazer "protestos a favor" (não me surpreenderia, aliás, se organizasse um ato "contra a corrupção"...). O líder dos estudantes “cara pintadas” que saíram às ruas pedindo o impeachment de Collor, o ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindbergh Farias, é um dos freqüentadores do cafofo de Zé Dirceu em Brasília, e o partido das vestais está de braços dados com Maluf, Sarney e Collor. (E não venham me dizer que a Rainha Muda é "prisioneira" da base alugada ou coisa parecida: ninguém é prisioneiro porque quer.) Collor só caiu porque os brasileiros foram às ruas contra ele, Collor, e não contra a "corrupção". Enquanto os que marcham não se derem conta que Dilma Rousseff é apenas a gerente da roubalheira, insistindo em não ligar o criador à criatura, nada vai acontecer. Até que tomem consciência de que é preciso dar nomes aos bois e às vacas, vão ficar enxugando gelo e correndo atrás do próprio rabo, até serem enganados de novo.http://gustavo livrexpressao.blogspot.com/e-o-nome.html BLOG DO MARIO FORTE

O ‘donatário’ Clã Sarney ataca nos Lençóis de olho no gás natural e petróleo

              Dirceu Ayres
Clã Sarney ataca nos Lençóis de olho no gás natural e petróleo O ‘donatário’ ataca em Santo Amaro do Maranhão Casal busca, há mais de 4 anos, reaver suas terras, tomadas por Ronald Sarney repassada ao irmão, presidente do Senado, numa transação ilegal De olho na exploração de gás natural e petróleo nos municípios paradisíacos dos Lençóis Maranhenses, o clã Sarney vem intensificando a aquisição – por todos os meios – de terras da região já mapeadas pela Petrobras e classificadas pela estatal como de grande potencial exploratório. Em Santo Amaro do Maranhão (a 212 km de São Luís), por exemplo, calcula-se que a família Sarney, ou gente ligada a ela, já possua mais de 70% das áreas do município, nas quais em breve quatro empresas – Panergy, Engepet, Perícia e Rio Proerg – devem começar a explorar gás natural. Segundo a revista Carta Capital que está nas bancas, até uma neta de José Sarney (filha de Fernando Sarney) tem terras em seu nome em Santo Amaro. Seria uma área de mil hectares, onde a Petrobras andou prospectando recentemente. Métodos ilegais – Os métodos sarneysistas para se apossar das terras em Santo Amaro – áreas no meio do nada, mas que viraram objetos da cobiça dos poderosos porque abrigam perfuratrizes da Petrobras – nem sempre são legais. Em 2004, um casal de agricultores teve seu terreno vendido – sem seu consentimento e com a utilização de documentação supostamente fraudada – a Ronald Augusto Furtado Sarney, o “Rony”, irmão de José Sarney e marido da desembargadora Nelma Celeste Sarney, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ronald é uma espécie de “testa-de-ferro” de José Sarney na região. Ele compra as terras e as repassa ao presidente do Senado. O terreno tomado dos agricultores José de Jesus Sousa Marreiros, o “Zeca”, e Domingas Santana Marreiros, localizado na área da lagoa do Bacurizeiro, aparece na declaração de bens do senador Sarney entregue à Justiça Eleitoral em 2006. É um dos quatro terrenos que Sarney admite ser proprietário em Santo Amaro, mas qualquer morador do município sabe que ele tem muito mais.Via crucis judicial – A José e Domingas restou realizar, nos últimos quatro anos, uma sofrida via crucis judicial, que até agora, porém, trouxe poucos resultados, devido ao poder político e econômico dos Sarney. Na semana passada, o casal voltou fazer contato com vários órgãos do poder público, em São Luís, em busca de assistência jurídica. “Não desisto enquanto não tiver minha terrinha de volta”, disse “Zeca” ao Jornal Pequeno, chorando. “Trabalhei de sol a sol pra ter meu pedaço de chão e hoje me sinto um homem, além de doente, humilhado”, acrescentou o lavrador, que já foi submetido a seis cirurgias, para tratamento de úlcera, apêndice e olhos.Segundo José Marreiros contou ao JP, em 2004 dois irmãos seus – Valdecir Sousa Marreiros e Zeferino Sousa Marreiros – se aproveitaram da vinda dele e de Domingas a São Luís, para tratamento de saúde, e venderam sua propriedade em Santo Amaro – 4.880 metros quadrados de terras – a Ronald Sarney por R$ 60 mil. De acordo com José, Ronald, Valdecir e Zeferino forjaram os documentos que possibilitaram a negociação.Para comprovar que o terreno é seu, José exibe uma escritura pública registrada no Cartório do Ofício Único do Município de Humberto de Campos, no livro 2-B, matrícula 189. Outro documento – o termo de aforamento da Prefeitura de Primeira Cruz, firmado em 1983 – também não deixa dúvidas de que José é o legítimo dono da terra.Aposentadoria cortada – Na luta para reaver suas terras, José e Domingas têm sentido com freqüência as demonstrações de força do clã Sarney em Santo Amaro. Uma das testemunhas favorável a eles – o lavrador João Barros, conhecido como “Juca”, um portador de deficiência física –, por exemplo, teve sua aposentadoria cortada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Amaro do Maranhão assim que depôs na Justiça contra Ronald Sarney e os irmãos Valdecir e Zeferino Marreiros.A retaliação é explicável: Valdecir Marreiros é o presidente do sindicato dos lavradores. Chegou ao cargo com a ajuda de Ronald Sarney e se aliou ao irmão do “donatário” de Santo Amaro, José Sarney, para passar às mãos do clã as maiores extensões possíveis de terras do município.Invasão – O caso dos lavradores José e Domingas não é o único em que Ronald Sarney, laborando pelos interesses econômicos futuros do clã, se utilizou de artifícios ilegais para adquirir terras em Santo Amaro.Comprar terrenos limítrofes aos locais nos quais as perfurações da Petrobras foram realizadas e incorporar a área que abriga as perfurações na hora de cercar o terreno é outro truque utilizado pelo irmão do presidente do Senado.Foi isso o que ele fez no Espigão, invadindo parte das terras pertencentes à Claílton Azevedo Carneiro (filho do ex-prefeito de Santo Amaro, Jaime Silva Carneiro), exatamente no trecho em que foi fincada a perfuratriz da Petrobras. Ronald até mandou fazer uma porteira, trancada a corrente e cadeado, no local – como a reportagem do JP Realidade Maranhense constatou em dezembro de 2007 – e chegou a manter um funcionário armado tomando conta da área, que está em litígio.kemiguel@hotmail.com MIGUEL REIS NASCIMENTO FILHO A ESPERANÇA E A ULTIMA QUE MORRE

CARA-DE-PAU, CASCO DURO, lula

         Dirceu Ayres

A manifestação "Todos Juntos Contra a Corrupção" realizada nesta terça-feira no Rio de Janeiro só terá conseqüência prática quando entrar no jogo político, como disse aqui no blog às vésperas dos atos de protesto que ocorreram no dia 7 de setembro, data que assinala os festejos da independência do Brasil. Há pouco li no site da revista Veja matéria que faz alusão justamente sobre aquilo que foi o mote para o meu post aqui no blog. Quando cito a questão política não estou me referindo a partidos políticos, mas à esfera do poder político e a forma como ela é sustentada. A corrupção é um dos pilares que dá sustentação política para o atual governo comandado pelo PT. Entretanto, é mais do que isso. Ela, a corrupção, neste quadrante da vida nacional é resultante do esquema que vem mantendo o PT no poder, principalmente depois da segunda vitória de Lula, quando o PT sozinho já não conseguiria manter-se no poder. A partir daí o petismo teve que ampliar concessões. Tirante meia dúzia de bobalhões que acreditam nas teses comunistas do PT e que servem de massa de manobra para Lula e seus sequazes, 99% daqueles que constituem o núcleo de poder cobram seu preço. Toparam a parada para ganhar dinheiro como nunca ganharam antes neste país. E dinheiro público que entra em seus bolsos sem que os beneficiários debulhem uma gota de suor decorrente do trabalho! Dito isto, é fácil chegar a uma conclusão óbvia. A corrupção como vem acontecendo de forma impune e em níveis jamais vistos na história da República é originada pelo PT. É o PT o responsável por tudo que está acontecendo. Como é sabido, o PT sozinho sem a participação da dita "base aliada", ou seja, da "base alugada", não faz mais de 30% dos votos. Cabe entao a pergunta para corroborar o que acabo de afirmar: mas como é que pode esse partido vencer três eleições seguidas, sendo que na última elegeu um poste, a Dilma Rousseff, uma pessoa que nunca se elegeu nem para síndica de condomínio?, e que tem notória dificuldade, inclusive, de verbalizar mais de dois períodos que sejam conexos e façam sentido? Este é um lado da questão. O outro é ideológico, ou seja, o PT não é um partido democrático. Seu núcleo programático é socialista. Seu objetivo é tornar o Brasil uma República Comunista fundada num igualitarismo que tende a atomizar o sujeito dentro de um suposto coletivismo, estratégia que faz evaporar a individualidade. Sem a individualidade a liberdade desaparece, porque a liberdade começa justamente no direito à individualidade naturalística. Todas as coisas e entes da natureza e, sobretudo o homem em especial, pelo fato de que tem capacidade de memória e vontade, são diferentes. Não há nenhuma coisa ou animal da mesma espécie que sejam exatamente iguais.Por isso o PT só fala em "coletivo de mulheres", "coletivo de artistas", "coletivo de professores", "coletivo disso e daquilo", pois o objetivo é a acabar com a liberdade seqüestrando a individualidade, e o resultado é uma massa politicamente amorfa subjugada à "verdade" do partido.Na altura dos acontecimentos, boa parte da população brasileira já está de fato transformada em ovelhas, como evoca a foto que ilustra este artigo. E a prova disso é que nesses manifestos contra a corrupção transparece uma preocupação em não melindrar o PT e o seu chefão Lula.Alguém poderia contrapor ao meu argumento o fato de que o PT não é comunista porque tem como aliados empresários, banqueiros e políticos coronéis nordestinos como José Sarney. Entretanto, isso é uma falácia. Trata-se apenas de um momento nessa transição da democracia para o socialismo. É um interregno em que o PT vai aparelhando todas as instâncias do Estado e da própria sociedade civil, através de sindicatos, meios de comunicação, universidades, escolas, associações, clubes de serviço e entidades correlatas que passam a ser controlados por agentes do partido que disseminarão os novos valores consentâneos com a doutrina comunista, isto é, o ideário do PT.Mais adiante, a denominada "base aliada" não terá mais sentido e utilidade porque a esmagadora maioria da população já teve seus cérebros abduzidos pela doutinha esquerdizante. Todos já se transformaram em autômatos que reproduzirão em todos os âmbitos da atividade humana os novos valores defendidos pelo partido que então terá o poder total e absoluto o que deixará seus chefões à vontade para sugar sem cerimônia os recursos do erário derivados dos impostos pagos pelas ovelhas.Tudo isso que estou afirmando será vilipendiado não aqui nos comentários do blog, mas em outros lugares da internet, em outros sites e blogs de forma sub-reptícia. Já existe atuando em todas as áreas e, sobretudo na internet, milhares de autômatos do PT. Dirão que comunismo é uma palavra anacrônica, que isto não existe mais, que esse meu discurso é coisa antiga e que eu estou delirando, quando não, insuflando um golpe direitista. Na verdade é o PT, como já disse aqui, que prepara o golpe de Estado comunista, repito. Comunista! Não será mais pelas armas que esse golpe contra a democracia será desferido. Ele está sendo urdido silenciosamente, discretamente, através de um fantástico aparelhamento que alcança, acreditem, até mesmo as Forças Armadas, as polícias, o Judiciário, enfim, todas as instâncias públicas e privadas.Feita esta necessária digressão, retomo o início destas linhas. Observem então que a corrupção é um dos meios utilizados pelo PT para alcançar seus objetivos de transformar o Brasil numa República Comunista. Corrompendo ele consegue comprar apoio, ou seja, sustentação política. Sei que eles odeiam quando afirmo isso. Mas a verdade às vezes é irritante mesmo e ameaçadora!, mormente quando ameaça as mordomias da nomenklatura petista que goza as delícias do poder nas costas dos cidadãos contribuintes de impostos. Só para terem uma idéia, os diretores da Petrobras auferem salários mensais que ultrapassam R$ 60 mil mensais, excetuando-se aí as diárias, viagens e mordomias correlatas. Este é apenas um exemplo. Há mais estatais e centenas de cargos que são verdadeiros manjares. Por isso que quando o comunismo foi a pique na ex-URSS e no Leste Europeu revelou-se ao mundo que um punhado de apaniguados do partido gozavam de todas as regalias, enquanto a população penava nas filas dos supermercados governamentais em busca de alimentos e via as prateleiras vazias. Eram os autômatos, as ovelhas dóceis que o partido comunista prometera livrar dos grilhões do capitalismo. Quando caíram na realidade estavam passando fome pois o socialismo é antes de tudo, pelo seqüestro do individualismo e conseqüentemente da liberdade, um aniquilador da vontade, do empreendedorismo e do trabalho. Sobrevém daí a escassez, especialmente dos alimentos. Ao concluir, devo assinalar, portanto, que qualquer manifesto popular que questione ação ou omissão de um governo terá obrigatoriamente que ter um viés político que necessariamente não precisa vincular-se a um determinado partido político. Mas tem de ter um objetivo definido e noção de conjuntura política. Tem de identificar de forma clara a origem do problema a ser solucionado. No caso presente o movimento é contra a corrupção. Resta então, finalmente, indagar se os manifestantes estão conscientes dos aspectos que abordei neste texto. Numa dessas matéria veiculadas num portal noticioso constatei que um ecochato abanava um cartaz contra a construção da usina de Belo Monte. Isto não é um bom sinal.

SEM DISCUSSÃO, TÁ APROVADO....

   Dirceu Ayres

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, numa sessão meteórica, de pouco mais de três minutos, aprovou, na manhã de ontem, 118 projetos. O deputado Luiz Couto (PT-PB), o único presente, foi chamado com urgência à comissão para ter, pelo menos, um parlamentar no plenário da CCJ. Quem presidiu a sessão foi o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente. Quando Couto chegou, Colnago declarou: "Havendo número regimental, declaro aberta a reunião". Para abrir uma sessão na CCJ, a mais numerosa e mais importante da Câmara, são necessárias assinaturas de 36 deputados. Esse quórum existia, mas todos assinaram e foram embora, como ocorre às quintas-feiras. Os projetos foram votados em quatro blocos: de 38 (concessão de radiodifusão), de 9 (projetos de lei), de 65 (renovação de concessão de radiodifusão) e de 6 (acordos internacionais). A cada rodada de votação, Colnago consultava o plenário, como se estivesse lotado: - Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram.Sentado na primeira fileira, Luiz Couto nem se mexia. Em outro momento, Colnago fez outra consulta ao plenário da Câmara: - Em discussão. Não havendo quem queira discutir, em votação. Aprovado! Declarada encerrada a sessão, o deputado do PSDB dirigiu-se a Couto: - Um coroinha com um padre, podia dar o quê?! Couto é padre, e Colnago revelou ter sido coroinha na infância. A secretária da CCJ também fez um comentário:- Votamos 118 projetos! E Colnago continuou, falando com Couto: - Depois dizem que a oposição não ajuda. Além das centenas de concessões e renovações de radiodifusão, a CCJ aprovou, neste pacote, acordos bilaterais do Brasil com Índia, Libéria, Congo, Belize, Guiana e República Dominicana. Entre os projetos de lei, há um que trata de carteira de habilitação especial para portadores de diabetes e até a regulamentação da profissão de cabeleireiro, manicure, pedicure e "profissionais de beleza em geral". ( De O Globo)

UMA PARTE DO MISTÉRIO

                                                                          Dirceu Ayres
É incrível como o PT conseguiu não apenas chegar ao poder, mas, sobretudo, transformar toda a escrotidão de Lula e seus sequazes num paradigma. Assiste-se a institucionalização da roubalheira, das consultorias e ONGs de fachada e o aparelhamento de todas as instituições estatais por um bando de arrivistas de subúrbio e nada acontece além do ar compungido dos apresentadores do Jornal Nacional. O principal programa jornalístico, o Jornal Nacional, veste diariamente pela quase totalidade da população brasileira, consegue edulcorar os dejetos expelidos por Lula e seus sequazes. Os jornalões leio pela internet por dever de ofício. O velho de guerra e ex-vetusto diário paulistano foi completamente aparelhado pela bandalha do PT. Há uma pasteurização e vulgarização do jornalismo que glamouriza a idiotia e trivializa iniqüidades afrontosas como esse escândalo que revela o submundo do governo do PT sob o comando de Lula e Palocci. Essa chamada no site do Estadão é despudorada, porém emblemática, porquanto veicula um ato criminoso. Isto caberia no noticiário policial já que Lula está dizendo que o Governo tem que comprar pagar, remunerar de alguma forma a dita 'base aliada'. Compreende-se. Lula despachou nesta quarta-feira na residência de José Sarney. O que resta da oposição - se é que se pode ainda designar PSDB e DEM de Oposição - pratica a autofagia numa bizarra luta intestina. Não teve nem a competência de convocar a imprensa e divulgar uma Carta à população brasileira denunciando que a Nação está entregue a uma quadrilha, fato que a torna cúmplice desse desgoverno que, além de pilhar o erário, destrói os últimos resquícios do culto à honradez e aos mínimos padrões éticos respeitantes à moralidade pública. É inaceitável que tudo isto esteja acontecendo sem que se registre um pingo de indignação por parte da sociedade brasileira. E não podemos... É um povo Bundão. A sensação que se tem é que o mal conseguiu triunfar.

O SR. REDITARIO CASSOL (Bloco/PP – RO.

     DIRCEU AYRES

Reditário Cassol anuncia projeto que restringe benefícios concedidos a presidiários Pronuncia o seguintediscurso. Sem revisão do orador) – Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para comunicar que, há poucas semanas, dei entrada nesta Casa em um projeto de lei para alterar o Código Penal e a Lei de Execuções Penais. É necessário, Srªs e Srs. Senadores. A situação dos brasileiros hoje é desesperadora, em função dos fatos que vêm acontecendo pelo Brasil afora. Os presídios estão lotados, superlotados, e há tantos benefícios que os malandros, os criminosos que aprontam, quando cumprem a sua condenação, depois que são libertados, em dois ou três meses, acabam voltando para gozar das mordomias. Inclusive, até os familiares recebem salários quando o chefe da casa está preso.É um absurdo, ilustre Presidente, Srªs e Srs. Senadores! É um absurdo e uma vergonha nacional. O povo honesto e sério trabalha para manter tudo isso aí. Vejo falta de recursos para prioridades, começando pela saúde. Mas, em nossos presídios, os governantes estão gastando absurdos. É bom ver a pesquisa do IBGE de anos anteriores, se não me falta a memória, de 2009. O que tem sido feito pelo Brasil afora? Nossa população está com medo dessas pessoas mal-intencionadas, dessas malandragens. Até por último, quem tem feito uma pesquisa, se não me falta memória, foi até a própria Justiça. É preocupante o que está mostrando. Nós temos juízes e promotores que estão indignados e têm vergonha de ser autoridade, porque eles prendem um assaltante, um ladrão, um malandro, que em poucos dias está solto. E a população, geralmente, fala da autoridade, da polícia, do delegado, do promotor e dos juízes.Portanto, eu venho a esta tribuna pedir o apoio aos nobres senadores e senadoras para realmente fazermos o possível para tirar esses benefícios dos malandros. Nós temos que olhar para o lado das vítimas e não beneficiar os malandros. Os presídios, nesses últimos anos, transformaram-se em uma verdadeira creche. É uma vergonha nacional!É bom se lembrar. Eu me lembro do tempo em que, por sinal, ocupei provisoriamente o cargo de subdelegado em Santa Catarina, num distrito. O malandro ia preso e ia para o serviço. Sem dúvida nenhuma, a condenação era séria. Quando ele era libertado, nunca mais aparecia; nunca mais uma autoridade precisava se incomodar que ele aprontasse novamente alguma coisa, bem ao contrário de hoje.Isso está na nossa responsabilidade de legisladores, não é do juiz ou do promotor, da juíza ou da promotora; não é do delegado nem da polícia. Somos nós, da lei, que temos que olhar para isso com carinho e alterar esse Código Penal naquilo que é necessário, porque não é possível continuar dessa forma!Portanto, pelo conhecimento que tenho, pela realidade de se lembrar do velho tempo em que a gente era feliz e não sabia, é preciso ver como é que funcionava a Justiça no tempo passado, porque a lei era mais séria, e veja a situação que temos hoje.Srª Presidente, ilustre Senadora, Srªs e Srs. Senadores, precisamos dar as mãos, precisamos nos unir e precisamos fazer algo para poder favorecer as famílias sérias, honestas, que trabalham, o brasileiro que realmente ajuda este País sempre para dias melhores, e precisamos tirar essas mordomias que temos hoje com as pessoas más, com as pessoas ruins, com aqueles que realmente precisariam voltar um pouco ao velho tempo; seria bom que a borracha voltasse novamente, e que o País não continuasse dessa forma, com o povo brasileiro honesto e sério trabalhando para manter essa gente com toda essa mordomia.Eu agradeço, em nome da população brasileira, a todos os senadores e senadoras que vêm dar as mãos para pensar em alterar esse Código Penal para que possamos ter dias melhores, com mais tranquilidade, para que o futuro venha, para que os nossos jovens, os trabalhadores, a pessoa brasileira tenha mais tranquilidade. E que acabemos com essas coisas de benefício aos presos e aos mal-intencionados e façamos, sim, uma lei, uma condenação mais severa para que eles, depois que pagarem a pena, nunca mais pensem em voltar em ganhar tudo aquilo, todas aquelas mordomias. Meu abraço e minha consideração.Agradeço antecipadamente a todos os senadores e senadoras que realmente vão dar o apoio para alteração dessa lei, do Código Penal Brasileiro.Da Redação / Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Muita potência no motor

          Dirceu Ayres
Inventaram um novo "assassinato social": beber, entrar num carro e dizimar quem estiver passando Nos Estados Unidos, o comum é um sujeito se encher de carabinas e rifles, invadir uma escola, atirar no máximo de pessoas que conseguir e terminar se matando também.Os brasileiros estão inventando um tipo novo de "assassinato social". Consiste em beber bastante, entrar num carro -quanto mais caro e poderoso, melhor- e dizimar quem quer que esteja passando pela calçada.Claro que uma notícia puxa outra. Não que o cretino tenha sido "influenciado" pelo atropelamento que leu no jornal (embora isso possa acontecer também).Mas acontece de um caso específico atrair a atenção da população e os imediatamente seguintes acabarem entrando com mais destaque no noticiário, por força da coincidência.Foi assim há alguns anos, quando se repetiram as cenas de motoristas bêbados guiando na contramão de rodovias como a Imigrantes ou a Fernão Dias.Aquela moda, ao que tudo indica, passou. Os casos de Ferraris, BMWs, Land Rovers ou sei lá o quê subindo nas calçadas e matando gente se tornaram, entretanto, mais comuns -pelo menos, em regiões da cidade supostamente mais seguras e policiadas, como Pinheiros e Vila Madalena.São regiões com muito trânsito também, e pelo menos isso poderia inibir o motorista embriagado de pisar tanto no acelerador. Começo a especular um pouco. Talvez os próprios congestionamentos sejam um motivo para esse comportamento assassino.O feliz proprietário de uma máquina de grande potência, projetada para voar numa autobahn alemã, ou para enfrentar desafios "off-road" no deserto do Colorado, se vê, um belo dia, empacando a cada 15 metros num congestionamento da Rebouças. Sai por uma "via alternativa", como gostam de dizer no rádio, e encara o asfalto péssimo, as valetas, o catador de papel velho que se arrasta com sua carrocinha.O motor, com toda sua potência acumulada, é um tigre enjaulado. Um mínimo de espaço à frente, eis que avança com ímpeto assassino. A solução não está nas faixas de pedestres, é claro. Desconfio até que a iminência de uma fiscalização mais rigorosa a esse respeito motivou inconscientemente alguns motoristas a um comportamento mais desenfreado do que de costume. Pedestres em liquidação. Aproveite enquanto é tempo.Um dos últimos episódios de criminalidade automotiva, entretanto, pode jogar outras hipóteses na discussão. Na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o jovem Pedro Henrique Santos furtou um ônibus e desembestou por 23 quilômetros. Só parou depois de ter batido em 18 carros. Estava bêbado e drogado, provavelmente, mas o que chama a atenção é a roupa que ele estava usando. O rapaz, que era estudante de direito, usava uma roupa de policial do Bope. Tinha saído de uma festa à fantasia; ao ser preso, chegou a dizer que era protegido da presidente Dilma Rousseff.Fantasia é bem o termo. Com droga ou sem droga, está em jogo uma fantasia de poder. Nos Estados Unidos, o psicopata usa rifles para encenar algum tipo de vingança à moda de Rambo ou do faroeste.Aqui, onde não é tão fácil comprar armas de grosso calibre, o carrão tipo tanque de guerra ou, na falta dele, um ônibus comum, dão conta do recado. O sujeito já fica sentado a uma altura muito superior à média. Assim como o atirador prefere mirar do alto de uma torre ou de uma colina, o matador motorizado enxerga seus semelhantes de cima para baixo. O mero pedestre talvez não baste. Com o aumento do poder aquisitivo da classe baixa, o carro popular pode se tornar, também, uma vítima apetecível.Quem sabe, tudo não é fruto da prosperidade econômica? Por volta de 1950, os americanos pisavam fundo no acelerador e a ligação entre carro, bebedeira e morte estava no auge.O pintor Jackson Pollock morreu disso, em 1956, matando também uma moça que pegava carona com ele. Talvez mais impressionante, anos antes, tenha sido o caso do poeta Robert Lowell, que dirigia bêbado ao lado da escritora Jean Stafford, por quem estava apaixonado. Já tinha ameaçado matá-la e suicidar-se caso ela não consentisse com o casamento.Ela tentou resistir; ele arremeteu o carro contra um muro. O acidente desfigurou o rosto da moça. Casaram-se depois disso, amargando dez anos de infelicidade mútua, sem sexo. Não é regra geral, claro. Mas dá o que pensar tanta confiança na potência do motor. MARCELO COELHO

Até tu, Aloysio Nunes?

                                   Dirceu Ayres
Mais um tucano trai os seus eleitores na agropecuária. Desta vez, Aloysio Nunes. Quem é que vai sobrar neste crime cometido contra quem produz o alimento que o Brasil precisa?A regra para legalizar lavouras e criações existentes em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e em reserva legal está entre os aspectos mais controversos do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011) aprovado pela Câmara e que agora tramita no Senado. Há consenso de que não devem ser punidos os agricultores que desmataram seguindo legislação da época, como por exemplo, os produtores de café em áreas montanhosas do Espírito Santo e os vinicultores da Serra Gaúcha. Mas são muitas as divergências quanto aos demais casos de ocupação das áreas protegidas, em especial cultivos temporários, como lavoura de grãos, feitos até as margens de rios. Para especificar as situações passíveis de regularização, o texto aprovado na Câmara apresenta um conceito genérico de área rural consolidada: "ocupação antrópica pré-existente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvopastoris, admitida, neste último caso, a adoção de regime de pousio". O marco temporal coincide com a edição do Decreto 6.514/2008, determinando punições para crime contra o meio ambiente. O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), manteve o entendimento da Câmara, mas especialistas ouvidos em audiências públicas no Senado afirmam não haver justificativa para a chamada "data mágica". Esse também é o pensamento dos senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Lindbergh Farias (PT-RJ), que apresentaram emendas alterando o corte temporal previsto no conceito de área consolidada. Aloysio Nunes e Valadares sugerem que sejam regulamentadas atividades consolidadas até 24 de agosto de 2001, data da edição da Medida Provisória 2.166-67, que alterou as regras previstas no Código Florestal para áreas protegidas. Conforme argumentam, as novas regras passaram a valer a partir da edição da MP, sendo o decreto de 2008 restrito à definição de sanções aos que descumprirem tal regramento. Já Lindbergh Farias propõe a data de 12 de fevereiro de 1998, quando entrou em vigor a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998). O senador considera que, após essa data, infringiram a lei e são passíveis de punição todos aqueles que desmataram suas propriedades rurais de forma irregular. O parlamentar pelo PT do Rio de Janeiro também propõe suprimir do conceito de área consolidada a possibilidade de regime de pousio - período no qual a área não é cultivada, visando à recomposição de nutrientes pelo "descanso" da terra. Lindbergh argumenta que a prática se justifica apenas em casos de agricultura de subsistência e que, se adotada como regra geral, poderá servir de argumento "sempre que for detectado um processo de desflorestamento".

GRITA, BRASIL

                    Dirceu Ayres
Milhares de pessoas foram às ruas no feriado de 7 de setembro protestar contra a corrupção. Ao contrário do que estamos acostumados a ver, não foi um evento com patrocínio de movimentos “sociais” mobilizados pela esquerda; estes aderiram ao constrangedor silêncio de quem parece satisfeito com as gordas verbas estatais. Desta vez, os grupos se organizaram de forma espontânea e apartidária pelas redes sociais. Nas palavras de uma revista, tratou-se do “despertar das consciências”. A iniciativa merece apoio daqueles cansados de tanto descaso no uso do dinheiro público. Bilhões são desviados todo ano, políticos são pegos em flagrante, mas nada acontece. O ex-presidente Lula ajudou muito a criar este clima de anestesia geral, utilizando sua popularidade para proteger aliados corruptos. Parece que as pessoas estão finalmente acordando para o fato de que a letargia de hoje será paga com mais abusos amanhã. Já era hora de as pessoas honestas, saturadas de tanto abuso dos governantes, partirem para alguma ação efetiva. A pressão popular é uma arma legítima em qualquer democracia. O ideal é que este movimento se mantenha blindado contra o oportunismo político. Desta forma ele ganha mais legitimidade, até porque o combate à corrupção é uma bandeira da sociedade contra o corporativismo político, não contra um partido específico. A corrupção tem muitas causas, mas creio que duas merecem destaque: impunidade e concentração de poder. Quanto à impunidade, a arma mais eficaz talvez seja justamente a pressão popular, com passeatas de protesto. Lembremos que o “mensalão” ainda nem foi julgado e corre o risco de prescrever. Os brasileiros decentes não podem aceitar tanto escárnio! Já quanto à concentração de poder, será preciso atuar no campo das idéias, com foco no longo prazo. A mentalidade predominante no país, que desconfia do livre mercado e deposita fé quase religiosa no governo, terá que mudar. Mas isso não ocorre num piscar de olhos. É preciso investir nas idéias, apostar no poder dos bons argumentos. Esta mudança cultural será crucial para a sustentabilidade de um modelo com menos corrupção RODRIGO CONSTANTINO


Sobre o Jucá, as arcas e a grana que nasce em moita

              Dirceu Ayres
Aportou no STF uma ação judicial que cuida de um dos mais inusitados casos da cruzada eleitoral de 2010.Envolve as arcas de campanha do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de todos os governos. Chama-se Amarildo da Rocha Freitas o personagem central do inquérito. Empresário, atuou como colaborador da campanha de Jucá Às vésperas do primeiro turno da eleição, Amarildo foi ao escritório de campanha de Jucá. Na saída, carregava um envelope. Entrou no carro, virou a chave e saiu. De repente, Amarildo notou que uma equipe da Polícia Federal o seguia. Lançou o envelope pela janela do carro Os agentes da PF recolheram o refugo num matagal. Dentro, havia R$ 100 mil. Repetindo: o colaborador de Jucá jogou R$ 100 mil pela janela.Inquirido, Amarildo confirmou que recebera a grana de Jucá. Lançou-a no mato, segundo disse, porque ficou “assustado” com o cerco policial.Na época, Jucá reagiu assim: “Não entreguei dinheiro a ninguém, não é dinheiro meu, não é dinheiro de campanha, todo o nosso dinheiro está declarado.”Agora, reconduzido ao Senado, Jucá diz que desconhece o processo. Alega não ter sido notificado. A contabilidade da campanha foi aprovada, ele sustenta.A existência humana, como se sabe, gira ao redor do dinheiro. O pobre sua a camisa para ganhá-lo. O rico multiplica-o… …O falsário falsifica-o. O ministro desonesto desvia-o. O ladrão rouba-o. Todo mundo ambiciona o dinheiro.Maluco que arremessa pacote de dinheiro pela janela era jabuticaba jamais vista. Súbito, brota nas adubadas cercanias de Romero Jucá.Os R$ 100 mil do matagal permanecem retidos. Por ora, ninguém se animou a reivindicar o numerário. Espanto (!), pasmo (!!), estupefação (!!!).Torça-se para que o STF autorize a continuidade das apurações. Do contrário, ficará entendido que, em Roraima, dinheiro dá em moita. E não haverá quem segure a migração. - O blog no twitter. Escrito por Josias de Souza às 07h30

Honóris Causa pela UFBA, grande merda...

               Dirceu Ayres
Só em um país de gente muito burra alguém iria acreditar que os manifestantes que foram a UFBA para protestar e vaiar o EX presidente Defuntus Sebentus acabaram pedindo autógrafos ao mais novo "Honóris Causa" da sucateada universidade federal da Bahia.É óbvio e está mais do que na cara que levaram uma bandalha da UNE para fazer de conta que estavam protestando e no final o "magnetismo pessoal" do presidente falou mais alto e os estudantes acabaram fazendo uma festa com direito até de chupada nas bolas do Sebento.Toda essa encenação foi premeditada com a ajuda da imprensa amestrada por conta dos últimos acontecimentos onde o Sebento e o Haddad foram vaiados na USP e no ABC. Então para dar uma "alisada" na situação do Sebento, a UNE e os bate paus do PT montaram essa farsa na tentativa de iludir o povão e mostrar que o piloto de provas de alambique ainda é "o cara".Tudo isso aconteceu na Bahia onde o governador faz parte da turma dos capachos do PT. As Ratazanas Vermelhas continuam montando o circo das ilusões sempre com a intenção de mascarar a realidade e tapear o eleitor burro e morto de fome da "POCILGA BRASILIS" E cá entre nós, um título de Honóris Causa vindo de uma universidade que é reduto dos esquerdofrênicos da Bahia só mostra o quanto existe de farsa, mentira e hipocrisia naquela instituição. Uma universidade que está totalmente sucateada nas suas instalações deveria é pedir recursos para melhorar as condições do Campus e não perder tempo e jogar dinheiro fora com homenagens xinfrins para promover político safado. Honóris Causa da UFBA?Grande merda né?

“Bispo” Macedo é investigado por lavagem de dinheiro nos EUA e na Venezuela

         Dirceu Ayres
“Bispo” Macedo é investigado por lavagem de dinheiro nos EUA e na Venezuela — nesse caso, dinheiro seria do tráfico de drogas Se Deus vai perdoar Edir Macedo, isso não se sabe. Quem somos nós para especular sobre o Juízo Divinal, não é mesmo? Mas que a lei dos homens começa a enroscar com o autoproclamado “bispo”, ah, isso começa. O Ministério Público Federal o acusa de “organizador de atividade criminosa” e de praticar evasão de divisas, lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. O não-pagamento de R$ 10 milhões de aluguéis atrasados resultou na penhora da sede da TV Record no Rio. O repasse de dinheiro da Igreja Universal para a televisão é crescente — chegou a R$ 430 milhões em 2010 —, mas o Ibope empacou nos sete pontos na Grande São Paulo e dali não sai desde 2009. Mas não é só no Brasil que a barra está pesando para o bispo. Leia trecho de reportagem de Laura Diniz e Otávio Cabral na VEJA desta semana. (…)Na última década. Macedo expandiu seus empreendimentos para fora do Brasil, abrindo templos da Universal em 170 países e criando a Record Internacional. A expansão internacionalizou suas dificuldades com a lei. Como grande parte das doações passa pelos Estados Unidos, promotores americanos o investigam por lavagem de dinheiro. Até a Venezuela anda preocupada. Em pedido de cooperação enviado ao Brasil, promotores daquele país relatam que o bispo é alvo de uma investigação de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Os venezuelanos citam a acusação feita por um ex-pastor da Universal que viajou à Colômbia em 1989 para obter recursos com um traficante do Cartel de Cali. Voltou de jato fretado para o Brasil e a soma, segundo ele, foi usada para a compra da Record. Como o mesmo grupo de religiosos difundiu a Universal na Venezuela, as autoridades de lá temem que as igrejas estejam sendo usadas para lavar dinheiro.”Estamos na presença de uma organização criminosa internacional que também atua na Venezuela”, justificam os promotores, que pedem cópia de todas as investigações brasileiras relacionadas a Macedo.(…) Leiam íntegra da reportagem na edição impressa da revista. por Reinaldo Azevedo

domingo, 18 de setembro de 2011

Heloísa deve trocar PSOL por partido de MarinaEx-senadoras selam aliança para disputa da Presidência em 2014

                                              Dirceu Ayres
                
Alagoana critica Dilma e ironiza faxina; "Faz de conta que promove a limpeza para preservar o corpo putrefato” BERNARDO MELLO FRANCO DE SÃO PAULO Sem espaço no PSOL, a ex-senadora Heloísa Helena decidiu embarcar no projeto de Marina Silva, que deixou o PV em julho e estuda criar um partido para se candidatar à Presidência de novo em 2014.Elas ensaiaram a união ano passado, quando Heloísa quis ser vice de Marina, mas os socialistas vetaram a idéia para lançar a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio.A alagoana renunciou à presidência do PSOL depois da eleição, e agora autorizou a amiga a usar seu nome no movimento suprapartidário que deve dar origem a uma sigla sob sua liderança.A aliança seria formalizada ontem, em ato promovido por Marina em Brasília, mas Heloísa não pôde ir por problemas de saúde -ela se recupera de um possível AVC (acidente vascular cerebral)."É um momento muito especial", disse à Folha, de Maceió. "Espero estar com Marina na construção deste processo, que poderá culminar, como acho que certamente acontecerá, numa organização partidária para 2014."Heloísa disse não se sentir presa ao PSOL, que ajudou a fundar depois de ser expulsa do PT por negar apoio a reformas do governo Lula."Não tenho mais nenhuma relação mística com estruturas partidárias, como se elas fossem donas da verdade absoluta ou proprietárias das bandeiras ideológicas com que me identifico", disse.A ex-senadora deve ser acompanhada por aliados como os presidentes estaduais do PSOL Jefferson Moura (RJ) e Edílson Silva (PE), que se reuniram ontem com Marina.Heloísa ficou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2006, com 6,5 milhões de votos. No ano passado, perdeu a eleição para o Senado por Alagoas. Ela é vereadora em Maceió e diz não saber se disputará a reeleição em 2012. Ontem, ela quebrou o silêncio sobre o governo Dilma Rousseff, que comparou às gestões de Fernando Henrique Cardoso e Lula. "É a mesma coisa. O mesmo fatalismo neoliberal na política econômica e a mesma metodologia da roubalheira política", atacou. Heloísa ironizou a faxina promovida por Dilma, que afastou ministros e servidores acusados de corrupção."Acredito em fadinhas e bruxinhas, mas não acredito nisso. O sistema precisa que algumas partes podres sejam retiradas para que o odor não chegue de tal forma que a opinião pública queira destruir o sistema todo", afirmou. "Ao longo da história, esta prática já foi usada muitas vezes. Faz de conta que promove a limpeza para preservar o corpo putrefato." O ato promovido por Marina teve referências explícitas a uma nova campanha ao Planalto. "Sua candidatura fez bem ao Brasil, mas sua eleição para a Presidência fará bem ao planeta inteiro", disse o ex-deputado José Fernando Aparecido (ex-PV).Também compareceram políticos de outros partidos, como os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT). FOLHA DE SÃO PAULO