quarta-feira, 18 de abril de 2012

PT da Dilma tenta, mas não consegue parar CPI incentivada pelo PT do Lula, José Dirceu e Turma do Mensalão.

               
     Dirceu Ayres

Líderes governistas e da oposição apresentaram ontem no Congresso o pedido de criação da CPI do caso Cachoeira, abortando movimento iniciado dias antes para atrasar as investigações. O objetivo da CPI será investigar os negócios do empresário Carlos Cachoeira e suas relações com políticos e outros empresários. Cachoeira é acusado de explorar jogos ilegais e foi preso pela Polícia Federal em fevereiro. Aliados da presidente Dilma Rousseff apoiaram a instalação imediata da comissão para reverter o desgaste causado nos últimos dias por articulações feitas para frear o impulso pela criação da CPI. Dilma está preocupada com os riscos que as investigações do caso Cachoeira criam para a imagem do governo e dos partidos que a apoiam no Congresso, mas muitos petistas querem usar a CPI para atingir a oposição. Escutas telefônicas feitas pela PF nos últimos três anos mostram que Cachoeira tinha influência nos governos de pelo menos três Estados e relações com políticos de seis partidos, do PT ao PSDB. A oposição deseja que o foco principal das investigações seja a construtora Delta, que cresceu nos últimos anos com contratos no setor público e recebeu R$ 3,6 bilhões do governo federal desde 2003. A PF desconfia que parte dos recursos recebidos pela empresa foram transferidos para Cachoeira e depois repassados a políticos durante a campanha eleitoral de 2010. A oposição quer que a CPI examine as relações da empresa com o ex-ministro José Dirceu, que prestou serviços de consultoria para a Delta depois que saiu do governo, afastado por causa de seu envolvimento com o mensalão. Mas as investigações da PF indicam que a empresa também tinha relações com a oposição. Segundo um relatório do Ministério Público Federal obtido pela Folha, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), usou o cargo para defender interesses de Cachoeira e negociar uma obra para a Delta em 2011. No governo, a ordem é blindar tudo que possa arranhar a imagem do Planalto na CPI. Integrantes do governo trabalham para indicar parlamentares afinados com o governo para a comissão. O pedido para que a CPI seja instalada foi apoiado por 340 deputados e 67 senadores. Depois que todas as assinaturas do pedido forem conferidas, o documento será lido em sessão do Congresso. A comissão só poderá ser instalada depois que os partidos indicarem seus integrantes. O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), investigados pelo Congresso no passado, deverão fazer parte da CPI. A deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), que preside interinamente o Congresso, prometeu agilizar a criação da CPI. "Se a Casa optou por fazê-la, evidentemente que ela tem que ser feita", disse. A deputada substitui o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), que pediu licença médica de 15 dias para se recuperar de uma cirurgia cardíaca a que se submeteu no fim de semana. Discursos calorosos da oposição e até de governistas também contribuíram para o recuo governista ontem. "Isso não pode terminar em pizza", afirmou o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).(Folha de São Paulo)

CPI DO CACHOEIRA JÁ TEM TODAS AS ASSINATURAS

                   
        Dirceu Ayres

todos os deputados do PSDB e do DEM assinaram a convocação  Câmara e Senado já reuniram assinaturas suficientes para instalar a CPI do Cachoeira. A secretaria-geral da Mesa Diretora do Congresso recebeu, na noite desta terça-feira, 67 assinaturas no Senado e mais de 330 da Câmara. O mínimo necessário para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Casa é de 27 senadores e 171 deputados. Os números aindam pode aumentar, com novas assinaturas, ou diminuir por causa de duplicidade nos nomes. Agora, Câmara e Senado vão conferir as assinaturas. Todos os deputados de PSDB e DEM assinaram o requerimento. No PT, o índice chegou próximo a 100%. Já no PMDB, 46 de 77 deputados apoiaram o pedido, de acordo com o balanço preliminar. No PR, foram 16 assinaturas, em uma bancada de 36 parlamentares. Nas demais legendas, o apoio foi quase integral. Nem todas as bancadas do Senado divulgaram a quantidade de assinaturas obtidas. Também na Casa, PT, PSDB e DEM deram apoio integral ao pedido. Composição - Os partidos também começaram a formalizar nesta terça suas indicações para compor a comissão. Na Câmara, o PSDB já definiu Carlos Sampaio (SP) como um de seus nomes no colegiado. Outros titulares serão Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Rubens Bueno (PPS-PR) e Maurício Quintela Lessa (PR-AL). Mendonça Prado (DEM-SE), Sarney Filho (PV-MA) e Ronaldo Fonseca (PR-DF) serão suplentes. Já o PT ainda não bateu o martelo sobre as indicações. Mas o líder da bancada petista na Câmara, Jilmar Tatto (SP), reage à acusação de que o partido pretende esvaziar a CPI: "A oposição não tem discurso e nem projeto para o país", ataca. Segundo ele, a instalação da CPI é "uma questão de horas". No Senado, o PSDB convidou Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), tradicional oposicionista, para ocupar uma das quatro vagas originalmente reservadas aos tucanos. Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) também participará da CPI em uma vaga pertencente aos tucanos. Falta decidir quem será titular e quem será suplente. Ambos os cargos dão direito a um assento na comissão, permitem o uso da palavra e a coordenação de relatorias. Mas o substituto só vota quando o titular está ausente. Caminho sem volta - A agilidade de alguns partidos em escolher os integrantes da CPI também mostra que, apesar dos receios sobre o desgaste causado pela investigação, as legendas consideram a abertura da comissão um caminho sem volta. Uma das táticas de esvaziamento da CPI costuma ser a protelação na indicação dos membros. Parece não ser o caso.Depois da checagem das assinaturas, o passo seguinte será a leitura do relatório da CPI em plenário. Como a comissão será mista, com senadores e deputados, será necessário convocar uma sessão conjunta do Congresso Nacional. Com José Sarney (PMDB-AP) se recuperando de uma cirurgia cardíaca, a tarefa deve ser cumprida pela vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES). A oposição tem pressa: "Respeitado o rito, não há porque não fazer a leitura na quinta-feira", diz Bruno Araújo (PE), líder do PSDB na Câmara. A comissão, criada para investigar a atuação da quadrilha comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, será composta por 15 senadores e 15 deputados titulares, além de um número igual de suplentes. O prazo de encerramento da investigação é de até 180 dias. Do site da revista Veja

Crônica de uma absolvição anunciada.

                        
         Dirceu Ayres

Creio que haja gente que ainda acredita em condenação de todos os membros envolvidos no processo do mensalão. É preciso ter muita fé para acreditar em tal “milagre brasileiro”. Ao assistir a entrevista de Ayres Britto, no Jornal Nacional, ouvi um festival de metáforas e uma retórica semelhante a utilizada por um bom advogado, antes de ver os autos. Não foi à toa que Luiz da Silva o premiou com uma vaga no STF. Ayres Britto traz a sagacidade, e o jogo de cintura, necessários presidir o STF nas mais belas das encenações que a arte jurídica legou aos grandes juristas e que tem o poder de fazer Justiça ou punir inocentes e absolver o maior dos bandidos. Esta semana, por exemplo, soubemos através da Coluna de Monica Bergamo, na Folha de São Paulo, que os ministros do STF se estressam quando se trata de debater o Mensalão. Luiz Fux teria sugerido a Gilmar Mendes e Carlos Ayres Britto que realizassem sessão administrativa para discutir o andamento do caso. Mendes disse que primeiro Ricardo Lewandowski, que revisa o processo, precisaria liberar o relatório. Lewandowski , mais um amigo e indicado ao STF por Luiz da Silva, não teria gostado e dito a mendes que, se Mendes se metesse em assuntos de seu gabinete, ele também se meteria em assuntos de Mendes. Este respondeu afirmando que até agradeceria, se isso o ajudasse. Mendes disse ainda que continuaria falando sobre o mensalão, sim, sempre que entendesse que isso era necessário. O imbróglio é grande! Não creio que o STF, independentemente de ter, hoje, sua maioria indicada por Luiz da Silva e Dilma, decida pela culpa dos indiciados. Se isto acontecesse seria o início do caos para o apedeuta. A Justiça, decidindo assim, prejudicaria politicamente a dezenas de influentes políticos petistas e da base aliada. A última coisa que Luiz da Silva o governo de Dilma quer é isso: perder quadros fiéis ao seu projeto de Poder.E que não se enganem, brasileiros! O projeto de Poder do lulopetismo também passa pelo poder Judiciário. Se no Executivo ele aparelha, com o Legislativo ele “negocia”, o Poder Judiciário, dizem, ele comporia com os amigos juristas mais diletos. E a imprensa, que se diz o “quarto poder” ? Ah, essa eles dizem que compram, fácil, fácil!!! BLOG DO MARIO FORTES

O MENSALÃO E O JORNALISMO RASTEJANTE


                            
    Dirceu Ayres

A legenda desta foto fica a cargo dos leitores do blog  A Folha de São Paulo desta quarta-feira está um primor de jornalismo. Trata Lula como "presidente" e dá curso de forma acrítica ao diabólico plano lulístico para desqualificar o processo do mensalão por meio da CPI do Cachoeira. A Folha rasteja da manchete de primeira página à sua principal coluna política. Não há um mísero jornalista desses jornalões que faça uma crítica severa ao estágio de prodidão em que o governo do PT, conduzido por Lula, lançou a política brasileira. Reparem que a constituição dessa CPI não se funda no princípio moralizador que é o pilar dessa iniciativa parlamentar, comumente articulada pela minoria, mas numa pantomima grotesca e maquiavélica que atende tão somente aos interesses político-eleitorais de Lula e seus sequazes. Os comentários dos articulistas de política inclusive passam a analisar a CPI pela ótica da mais pura sacanagem. Nada tem a ver com a finalidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, mas com o fato de quem dela poderá tirar proveito político. Vejam por exemplo o que está na coluna Painel, da Folha de S. Paulo desta quarta-feira, reduzida a propagar um torrente de mentiras sob a orientação direta de Lula. Sem falar que o Hospital Sírio Libanês passou a ser o bunker do Lula, uma extensão do diretório do PT. O prestigioso hospital também acabará sucumbindo ao cair no redemoinho petralha. Agora leiam o que está na coluna Painel da Folha: O ex-presidente Lula recebeu anteontem no Hospital Sírio Libanês vários parlamentares para discutir a CPI do Cachoeira. Separadamente, despachou com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o antecessor Cândido Vaccarezza (PT-SP) e os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Renan Calheiros (PMDB-AL). A despeito dos receios da presidente Dilma Rousseff, Lula disse que a CPI tem de ser feita "doa a quem doer". Atribuiu a Carlinhos Cachoeira um "esquema" para destruir o seu governo, desde o caso Waldomiro Diniz, em 2004, passando pela denúncia de propina nos Correios -que resultou no mensalão-, um ano depois. Escalação O PT vai submeter a lista de indicações para a CPI ao crivo de Lula, que estará em Brasília amanhã. O ex-presidente defende Vaccarezza na relatoria, no lugar de Odair Cunha (MG), indicado pelo presidente da Câmara, Marco Maia (RS). Veja bem Vaccarezza confirma que esteve com Lula, mas diz que não discutiram nomes: "A única coisa que o presidente pediu foi para que a comissão apure os fatos sem proselitismos".