domingo, 24 de fevereiro de 2013

Yoani, o poder das palavras e o ódio à democracia no texto de uma professora de direito da USP



    
       Dirceu Ayres

Os leitores deste blog sabem quem é a sempre excelente Janaina Conceição Paschoal. Advogada criminalista, professora livre-docente de direito penal da Universidade de São Paulo, esta moça costuma pensar sem medo, uma qualidade cada vez mais rara num país que parece fazer de tudo para caminhar para a ditadura do consenso — que pode, em muitos aspectos, ser ainda mais odiosa do que as do Castro. Fiquei sabendo que Janaina esteve, nesta manhã, no auditório do Estadão, onde Yoani Sánchez conversou com jornalistas, podendo, finalmente, dizer com clareza o que pensa. Convidei, então, a professora a escrever um texto exclusivo para o blog. Ela aceitou. Mais uma vez, segue o trabalho desassombrado desta jovem professora, de 38 anos. Não! Juventude não é categoria de pensamento, eu sei. Nestes dias, no entanto, em que tantos moços se comportam como frangotes do velho totalitarismo, saúdo o trabalho de uma moça que tem a coragem de defender as liberdades individuais. Janaina toca numa questão essencial: as agressões de que Yoani foi vítima começam a se tornar rotina, ainda que de forma mitigada, até no ambiente acadêmico brasileiro. Basta que não se recite a cartilha de um partido ou de uma ideologia para cair vítima da difamação. Parabéns, professora!  Janaina Paschoal: coragem de dizer o que pensa Segue o seu texto. Acompanhei, hoje pela manhã, a “Conversa com Yoani”, promovida pelo Jornal O Estado de São Paulo. Diversamente do ocorrido em outras oportunidades em que a blogueira tentou se manifestar, o clima estava ameno e respeitoso. O que, confesso, conferiu-me grande alívio, pois, na qualidade de cidadã brasileira, já estava morrendo de vergonha pela forma com que a moça vinha sendo recepcionada. Várias perguntas foram formuladas pelos jornalistas que conduziram a conversa e também pelo público. Yoani respondeu a todas de forma objetiva e serena. Algumas questões deram à blogueira a oportunidade de fazer o papel de garota propaganda de uma suposta abertura cubana, bem como do elevado espírito democrático do governo brasileiro. Com efeito, pela “enésima” vez, ela foi indagada acerca do embargo a Cuba. Respondeu ser contra, pois, caindo o embargo, Cuba não mais terá desculpas para todas as violações praticadas na Ilha. O Senador Eduardo Suplicy perguntou a opinião de Yoani sobre a frase da presidente Dilma, referente a ser melhor ter uma democracia barulhenta do que uma silenciosa ditadura. Ela, como qualquer pessoa minimamente racional faria, afirmou que gostaria de eternizar a frase, por ser uma de suas preferidas. Eu já estava redigindo uma pergunta quando alguém se antecipou e indagou a opinião de Yoani acerca da postura do governo brasileiro diante da ditadura cubana. Nesse instante, a meu ver o ponto alto da Conversa, a moça, corajosa e calmamente, disse que, se ela pudesse dar uma sugestão, seria justamente a de que diminuísse o silêncio. Ela elogiou e agradeceu a ajuda financeira que o Brasil envia a Cuba, mas foi bastante clara ao cobrar firmeza e menos silêncio perante a violação aos direitos fundamentais. Ela ainda fez questão de enfatizar que não existem cubanos de Fidel ou cubanos de Miami. Há apenas cubanos que amam o seu país, onde quer que estejam.Para aqueles que vêm procurando distorcer os fatos, sugerindo que, se Cuba fosse mesmo tão ditatorial, esta moça não estaria aqui, Yoani, de forma muito diplomática (ela, inclusive, se apresentou como uma diplomata da cidadania), disse que, na verdade, Cuba nem a tolera nem autoriza que ela mantenha seu trabalho. Cuba, dada a visibilidade mundial que ela conquistou, não tem mais como impedi-la.Restou, portanto, muito evidente que Yoani não recebeu a liberdade; ela abriu, conquistou, a duras penas, esse espaço. Ao falar da frustração que implica ler as notícias em seu país, Yoani relatou que, ao comparar os verbos utilizados nas notícias nacionais e internacionais, intriga constatar que, nas nacionais, sempre estão presentes “AUMENTAR”, “CRESCER”, “DESENVOLVER”; por outro lado, nas internacionais, sempre se encontram “MATAR” e “MORRER”. Tudo a referendar a falsa ideia de que Cuba seria um paraíso. Ideia, infelizmente, muito difundida no ambiente acadêmico brasileiro, onde nossos jovens escutam, reiteradamente, que a verdadeira democracia está em Cuba. Quando questionada sobre os protestos que enfrentou, a blogueira foi bastante categórica ao aduzir que exercício da democracia não guarda relação com fanatismo, que se caracteriza pela violência verbal e até física. Acrescento que a truculência sofrida pela visitante, mais que motivo de vergonha própria e alheia, não tem mesmo nada a ver com democracia e poderia até configurar o crime de constrangimento ilegal, previsto no artigo 146 do Código Penal, pois ela foi impedida de fazer o que a lei permite. Fossem os tais protestos, que realmente exorbitaram a livre manifestação, intentados apenas por jovens românticos, aqueles que ainda acham “in” usar camisetas com fotografias de Che Guevara, ou Fidel, até seria “desculpável”.No entanto, as agressões físicas e verbais, perpetradas por pessoas já não tão jovens — pessoas, muitas vezes, que se esforçam para não terminar os cursos universitários em que ingressaram e, quando jubiladas, prestam novos vestibulares para poder exercer seu ofício — são, em grande parte, estimuladas por muitos mestres. Mestres que propalam e escrevem que a liberdade de manifestação não tem valor quando não se tem igualdade social. Mestres que, como no nazi-fascismo, elevam a sociedade ao patamar de uma entidade indefinida e, portanto, diversa dos vários indivíduos que a compõem. Os indivíduos, com suas necessidades, suas esperanças, medos e sonhos são apenas detalhes. Ora, para aniquilar um detalhe, não precisa muito.Yoani foi bem clara ao dizer que os cubanos vivem um quotidiano de pavor, pois não sabem se o amigo com quem falam ao telefone é ou não um agente do Estado. Não pertenço a nenhum partido. Por óbvio, apesar de ter até parentes petistas, não posso me alinhar com uma sigla que trabalha, a todo tempo, com dois pesos e duas medidas. Amigo é herói. Inimigo é ditador. Aliado é vítima de perseguição política. Dissidente é terrorista ou vendido. Amigo de amigo recebe asilo, não importa o que tenha feito. Opositor de amigo é deportado, hostilizado, vaiado, agredido. Tribunal que condena inimigo é democrático. O que condena amigo é Corte de Exceção. Ora, já que democracia barulhenta é melhor que ditadura silente, por que, diante da ditadura cubana, ainda permanece o silêncio? Além do silêncio, por qual razão um governo que se diz democrático ainda não explicou todo esse imbróglio envolvendo o funcionário da Presidência e um esquema de espionagem da visitante? Muito tenho ouvido que seria papel da oposição ter uma presença mais firme ao lado de Yoani. Respeito, mas não penso dessa forma. Apoiar alguém que luta COM PALAVRAS por liberdade para AS PALAVRAS é papel de todo cidadão, independentemente da causa. Ademais, não são poucos os intelectuais e políticos não formalmente petistas que ainda ostentam certo romantismo juvenil em torno de Cuba; reverenciam Fidel, em um saudosismo injustificável. Creio que o problema seja mais profundo que qualquer confronto de legendas partidárias. Já escrevi e faço questão de repetir que ditadura é ditadura, e ditador não é herói. A vinda de Yoani para o Brasil se revelou muito importante por escancarar a realidade que tomou conta do país há um bom tempo. Algumas pessoas se assustaram com os protestos e agressões contra a blogueira, como se fossem atos isolados. No entanto, esse já é o tratamento dispensado a qualquer pessoa que ouse pensar um pouco diferente. Para não perder o tom de relato, concluo dizendo que, ao final do evento, encontrei Yoani no banheiro e, a pedido de uma cubana, que sonha poder voltar para sua terra natal sem correr riscos, bati uma fotografia de ambas, abraçadas, ali mesmo no banheiro. As duas cubanas estavam felizes por se encontrarem, fisicamente e nos ideais. Eu fiquei feliz por registrar o momento e por, finalmente, ter a visitante conseguido falar. Afinal, foi somente para isso que ela veio. Por Reinaldo Azevedo




Não é que eles amem tanto o comunismo… Eles amam mesmo é a ditadura!



     Dirceu Ayres

Por que Yoani Sánchez, mulher de aparência frágil, fala doce e textos nada inflamados, provoca a fúria de alguns dinossauros da ideologia mundo afora, inclusive no Brasil? A resposta não é simples. Ainda que as esquerdas contemporâneas tenham mudado a sua pauta, e já não se encontrem mais comunistas de verdade nem em Pequim (restaram alguns apenas nas universidades brasileiras), é certo que elas conservam o gene totalitário e o ódio à democracia e à pluralidade. Herdaram do passado uma concepção de sociedade que as coloca como a vanguarda da história. Essa vanguarda seria a caudatária legítima de todas as lutas em favor do progresso, da igualdade e da justiça e, por isso, estaria habilitada a conduzir a humanidade para o futuro. Elas se consideram dotadas desse exclusivismo moral — e, em nome dele, tudo lhes seria permitido. Os que não aderem à sua pauta, pouco importa o conteúdo, seriam forças da reação, agentes do atraso, sabotadores do progresso. A história é rica em exemplos. A depender das necessidades, o comunismo internacional ora se alinhou com o nazi-fascismo “contra o imperialismo”, ora com o imperialismo “contra o nazi-fascismo”. Seus comandados defenderam com igual entusiasmo uma coisa e outra e, em ambas, vislumbraram o caminho para a redenção do homem. Afinal, os donos da história sempre sabem o que é melhor para a humanidade. Esses grandes embates ficaram no passado. Desmoronou também a ambição de se criar um modelo econômico alternativo ao capitalismo. Setenta anos de história bastaram para evidenciar a impossibilidade, restando, a exemplo de Cuba, algumas experiências que vivem de esmagar as liberdades individuais e que se impõem pela violência. O capitalismo fatalmente chegará à ilha hoje tiranizada pelos irmãos Rául e Fidel Castro não porque a história tenha acabado, e esse modelo de sociedade vencido. O capitalismo chegará justamente porque a história não acabou, e o estado comunista fracassou no seu intento de refundar o homem, a economia, a ciência, a natureza e até a metafísica. Não custa lembrar que as esquerdas é que eram partidárias do “fim da história”, não os liberais. O comunismo fracassou. Curiosamente, aquele “império” ruiu mais com suspiros do que com estrondo, tais eram as suas fragilidades. Não foi o pouco de abertura econômica proporcionada pela era Gorbachev que liquidou com o modelo, mas o pouco de liberdade que ele resolveu inocular no sistema. O totalitarismo é uma doença anaeróbia do espírito. Não convive com o oxigênio da liberdade e do contraditório. Aquilo tudo foi abaixo. A existência de Cuba e da Coreia do Norte é a prova mais evidente de que o comunismo, como a humanidade o conheceu um dia, acabou. Mas as esquerdas sobreviveram com a sua mesma concepção de história. A despeito de todos os desastres humanitários que já provocaram, continuam a reivindicar o monopólio do humanismo e da verdade e a vender a fantasia de que são as únicas forças moralmente habilitadas a nos conduzir para o futuro. Essa é a razão pela qual a noção de “crise” — entendida como um momento de transformação — é a que mais estimulou, ao longo do tempo, a imaginação dos historiadores e ensaístas de esquerda, a começar do pai original, Karl Marx. Eles julgam saber para onde conduzir a humanidade, ainda que esta, eventualmente, não queira… Yoani provoca a fúria do governo cubano e dos esquerdistas que se manifestam sem restrições nas democracias (justamente porque o comunismo perdeu…) não porque defenda a economia de mercado — todo esquerdista sabe, hoje em dia, que não há alternativa; não porque esteja colocando em dúvida supostas “conquistas” da revolução — ela é até bastante cordata a respeito. Os furiosos protestam porque Yoani é a evidência de que o exercício da liberdade individual desconstrói a fantasia totalitária, pouco importa em que modelo econômico ela esteja ancorada. E isso vale também para o Brasil. Vivemos, a despeito dos totalitários em voga, numa regime de plenas liberdades democráticas. É uma conquista da população brasileira, não desta ou daquela forças políticas em particular. Não existe mais em nosso país um embate relevante entre os que defendem e os que atacam a economia de mercado. O mercado venceu porque é a escolha mais eficiente, mais racional e mais adequada às habilidades e às aspirações humanas. Mas permanece, sim, um confronto inconciliável entre os que creditam nas liberdades individuais e os que entendem que estas devam se subordinar aos anseios daqueles que se apresentam ainda hoje como “a vanguarda”. Aqueles patetas fantasiados de Che Guevara que hostilizaram Yoani, a absurda participação de um funcionário graduado do governo na conspirata armada pela embaixada cubana, as grosserias que contra ela desferiram parlamentares de esquerda, tudo isso é a evidência não de amor pelo comunismo, mas do ódio à liberdade. Com a sua simplicidade, com a sua verve mais tímida do que encantatória, com algumas formulações muitas vezes óbvias sobre o que é ser livre, Yoani não trouxe à luz apenas as violências do regime político cubano; ela conseguiu denunciar também as tentações totalitárias que ainda estão muito vivas no Brasil. Não é que essa gente que saiu urrando contra ela ainda acredite no comunismo. Mas é certo que essa gente ainda acredita na ditadura. Em Cuba ou aqui. Por Reinaldo Azevedo 24/02/2013



DEMOCRACIA PARA QUE???



             

    Dirceu Ayres

E pensar que nos anos 80 do século passado eu ainda nos bancos da universidade já lutava contra o recém criado Partido dos Trabalhadores. Armei muita confusão, algumas até as vias de fato, dentro dos corredores, no DA, e até na atlética da faculdade por atacar o "milagre" político que se formava como nova proposta para livrar o país da ditadura militar que ainda dominava o cenário político no Brasil. Para ser sincero, os militares jamais incomodaram a mim ou a qualquer membro de minha família, justamente por estarmos preocupados em tocar a vida e sobreviver com dignidade. Certo que a inflação e o descontrole financeiro a que estávamos entregues neste período eram um entrave no crescimento econômico das famílias, tempos bicudos, inflação, desemprego, mas podíamos caminhar nas ruas durante as madrugadas sem sermos molestados por quem quer que fosse. Segurança garantida, vagabundos de verdade iam aos montes para a casa do caraleo nas mãos do saudoso E.M. Vagabundo naquela época não virava celebridade, virava estatística ou lenda. HOJE, ESTÃO NO PODER... Muitos da minha geração lutaram de alguma maneira pela abertura política e pela restauração da democracia, enfim, elas vieram, os militares entregaram o país às mãos do povo. Finalmente o Brasil virou uma democracia após pouco mais de vinte anos de ditadura militar, A população feliz acreditava que sabia o que estava fazendo, compraram o pacote de bondades que o PT vendia dentro de suas promessas de limpeza ética e transparência na política, era o novo se apresentando. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento. O partido que veio repleto de pensadores, juristas, e mais do mesmo, os terroristas cassados pela ditadura tiveram a chance de se colocarem novamente na vida pública, e pior, com direito a se elegerem. E deu no que deu, os PTistas de raiz, aqueles que acreditavam na ética, na mudança, e na moralidade, abandonaram o partido por não aceitarem as novas diretrizes que o partido apresentou assim que começou a chegar ao poder. Instalaram a ditadura do tudo por dinheiro, transformaram o país numa baderna, trocaram as lutas pelas liberdades civis e pela democracia em uma feira de corrupção e bandalheira. Membros do partido enriqueceram assustadoramente em pouco mais de 5 anos, e membros da fundação do partido que lutavam por um país melhor se corromperam pelo poder e pelas facilidades que o estado corrupto sempre promove para seus pares. O PT sempre foi contra tudo e contra todos, sempre votou contra o país, nunca aceitou a possibilidade de governantes de outros partidos poderiam implantar programas que realmente ajudariam a mudar o Brasil. E foi assim no plano Real, entre outros, o PT sempre votou contra, afinal eles eram os donos da verdade e os paladinos da justiça. E o povaréu esquerdofrenico de ocasião, funças públicos e de estatais, professores, e simples trabalhadores sindicalizados se tornaram a massa de manobra para a manutenção do poder dos bandoleiros vagabundos que venderam a ilusão de um Brasil mais justo e solidário. Estamos entregues à própria sorte, os governantes que aí estão, passam anos à fio preocupados sempre com as próximas eleições, aparelharam o estado de tal maneira que nem o STF, ou a PF escapam de seus tentáculos, e as leis são para os inimigos, já que para os amigos, tudo. O PT está transformando o país em uma ditadura "light", permite aos cidadãos o livre ir e vir, e promove festas para alienar ainda mais a fraca cabeça da imensa maioria deste povo. Promoveu o festival do crédito fácil, onde hoje 60% das famílias brasileiras estão atoladas em dívidas, mas o que importa estar pagando juros sobre juros se quem nada tinha, hoje tem até TV de prasma mesmo sem saberem ler o manual de instalação do aparelho, e as dívidas? Oras, as dividas que se phodam, pago quando der, e se não der não pago. O consumo explodiu, os Brazucas se enfiam mundo à fora feito novos milionários torrando o que tem e o que não tem em bugigangas que se compram facilmente em qualquer loja de SP ou RJ, mas sempre saem com aquela velha desculpa de que lá é bem mais barato. Aqui não é bem mais barato porque o povão torrador de grana está preocupado em quando acabar de pagar a última viagem já se enfiar na próxima prestação para rodar o mundo como um novo rico sem noção. Em vez de ir a luta para que o governo baixe os impostos e pare de nos explorar. E os investimentos em educação, isso apenas a velha classe média, aquela que é classe média por educação, conceitos e esforços, tem feito. Fazem de tudo para melhorar a vida de seus filhos, se matam de trabalhar para pagar as melhores universidades do país para dar aos seus herdeiros as condições de lutar por melhores empregos, sejam aqui ou no mundo. E os emergentes gastando em bobageiras, comprando carros em 800 prestações, se endividando cada dia mais sem pensar no amanhã. Para que pensar no amanhã? Se nada der certo, e com o PT no poder, ao menos garantimos uma bolsa ajuda qualquer. Na cabeça desses dirigentes corruptos e estelionatários, é mais fácil transformar o grande Brasil em uma nova CÚba, do que em uma Alemanha, Coréia, ou mesmo Uzestaduzuinidus. Cidadania é uma coisa que se tem de berço, com muita educação e com o estado atuando em favor da melhoria social do povo. Mas um povo cidadão não mantém gente do gabarito dos PTralhas no poder, e é isso que eles tem pavor. Preferem ser os governantes de um povo totalmente alienado do que entrarem para a história da humanidade como os governantes que transformaram uma repúbliqueta de bananas em um país dos mais fortes do mundo em todos os sentidos. É mais fácil alienar uma população para se perpetuar no poder, do que dar cidadania e condições de pensar para essa população e se manter no poder por saber que o povo que pensa assim o entendeu e os elegeu. Olhando as manifestações de jovenzinhos babacas e alienados contra a visita de Yoani ao Brasil, é que chego a conclusão de que nosso país não vai mudar tão cedo já que a juventude que sempre foi a mola propulsora das mudanças no mundo está cooptada pela esquerda festiva, sei que ao menos nas próximas duas ou tres gerações o Brasil vai continuar mediocre. Os próximos ao poder, e os que nele estão, continuarão enriquecendo a olhos vistos, e jogando migalhas para um povo burro que dá risada de tudo Sabem que não correm perigo de um levante da população contra seus governos. O Comunismo travestido de capitalismo populista transformou uma nação inteira em caarneirinhos dóceis e alienados. Pensando bem...quem deveria andar com nariz de palhaço somos todos os que um dia lutamos pela redemocratização do Brasil. Pois, perdemos um tempo enorme para entregar o país nas mãos de um povo sem cultura e sem compromisso algum, um povo totalmente idiotizado pela mídia, festeiro e carnavalesco que só pensa em se dar bem sem ter que se esforçar. Sorte dos jovens da tradicional classe média que estão sendo preparados para poderem sair do país e viverem com dignidade nas verdadeiras democracias do mundo. Deemocracia no Brasil para que mesmo? E PHOD@-SE!!! (O Mascate)

A blogueira cubana e o blog do juiz



       Dirceu Ayres

Sob o título “Os direitos humanos em Cuba”, o artigo a seguir é de autoria do juiz de direito Jorge Adelar Finatto, do Rio Grande do Sul. Foi publicado originalmente em seu blog “O Fazedor de Auroras” (*). As ditaduras são feitas de cadáveres e prisões. Não existe a figura do bom ditador. Sejam de direita ou de esquerda, ditaduras são igualmente infernais. As pessoas da minha geração, que sofreram na pele a falta de liberdade e de perspectivas durante o período ditatorial brasileiro, sabem o que isso significa. Depois de muitas e frustradas tentativas, a filóloga, jornalista e blogueira cubana Yoani Sánchez, nascida em 4 de setembro de 1975, conseguiu autorização para viajar para fora do seu país. Chegou ao Brasil há alguns dias, o primeiro país que visita. Yoani é alguém com coragem para criticar o sistema político e social em seu país. Criou, em 2007, o blog Generación Y. Por conta disso, é perseguida. Não é inimiga de Cuba, pelo contrário. Quer mudanças, quer mais participação do povo e melhores condições de vida. Deseja, enfim, o que qualquer pessoa razoável sonha: uma existência melhor para todos. O tratamento agressivo que Yoani vem recebendo no Brasil, por parte de alguns defensores do regime ditatorial cubano, é desrespeitoso não apenas com ela como em relação à sociedade brasileira, que não aceita o cerceamento à liberdade de expressão. A visita da jornalista tem sido marcada por manifestações antidemocráticas e grosseiras contra ela, por parte dessa minoria extremista que nem de longe representa o povo brasileiro, por “ousar” criticar o regime. Os irmãos Fidel Castro Ruz, ex-presidente, e Raúl Castro Ruz, atual líder político de Cuba, não se mostram dispostos a permitir a democratização e nem a rever a forma de tratar os opositores do regime de partido único (Partido Comunista de Cuba). A Revolução Cubana, vitoriosa em 1959, liderada por gente como Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara, combateu a ditadura do general Fulgencio Batista, que, entre outras violências, tratava com brutalidade os inimigos políticos. Uma vez no poder, os dirigentes cubanos repetem a intolerância contra os adversários. Informações divulgadas ao longo das últimas décadas mostram que a revolução trouxe avanços, principalmente em áreas como educação e saúde. É um país pequeno, que tem hoje cerca de 12 milhões de habitantes. O embargo econômico imposto pelos Estados Unidos só tem colaborado para a falta de avanços sociais e políticos em Cuba. A posição americana é um obstáculo ao fim da ditadura e fortalece o discurso persecutório dos governantes. Yoani, por sinal, é contra o embargo. Fidel Castro, seu irmão e sequazes cometem o erro essencial de todos os ditadores: acham-se insubstituíveis, e não admitem a transição democrática do poder. Consideram-se melhores e mais preparados do que todos os outros cidadãos e só eles sabem o que é bom para o país. O governo que se diz revolucionário não reconhece a existência de perseguições por razões de consciência e afirma que o que há são mercenários a serviço dos Estados Unidos, alegação que não convence a mais ninguém. O que se pergunta é quantas prisões e até mortes serão ainda necessárias para que se estabeleçam o diálogo e o respeito aos que pensam diferente do governo em Cuba. É uma violência aos direitos humanos um mesmo grupo manter-se no poder por tanto tempo, afastando a população da democracia, negando-lhe direitos políticos e condenando gerações ao silêncio e ao atraso. Não existe justificativa, do ponto de vista ético, político e humano, para essa eternização, que só é possível mediante a eliminação da liberdade e, às vezes, da própria vida de quem é contrário ao sistema. O que se espera do governo brasileiro é uma posição firme e clara contra a falta de democracia naquele país e contra a perseguição movida aos que se manifestam por mudanças. É incompreensível e inaceitável o longo e pesado silêncio das autoridades brasileiras em relação aos direitos humanos e à escuridão política em Cuba. (*) http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/ POR Frederico Vasconcelos.
           






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