sábado, 15 de janeiro de 2011

TUDO MUITO SINGULAR

                                                                Dirceu Ayres
Imensa é nossa capacidade de distorcer as coisas transformando a vítima em culpado. Tenho aqui uns exemplos. Um deles, não tem nada a ver conosco diretamente, serve para ver como funciona a lógica aplicada pelas pessoas que tem de emitir opinião.
Um cidadão está andando por uma rua da cidade quando é abordado por um assaltante. O meliante, não satisfeito em roubá-lo, ainda lhe dá um tiro na cara. A troco de nada. Em qualquer país do mundo, agressor é agressor e tem que ter uma punição. Pra nós, não. A culpa é da vítima, que não tinha nada que estar no local errado, à hora errada, ali onde estava. Além disso, era um sujeito de certas posses, de classe média, e vai ver que mereceu mesmo o fim que levou. O agressor é que é a vítima. A vítima de verdade mesmo, além de culpada é questionada por seus hábitos e por estar onde estava. O agressor é uma espécie de “fruto da sociedade” que lhe tirou as condições de estudar, ser honesto, trabalhar para se manter e cuidar da família e de si próprio. Bem assim, é o poder do “chefe” que pratica o terrível “poder maior”, o poder prepotente e chantagista de ser Patrão. O ser de magnânima grandeza e a incrível Majestade inigualável em cima dos fracos, oprimidos e injustiçados funcionários que precisam do emprego que ele Patrão pode tirar ou melhorar, depende do funcionário (a) aceitar ou não as suas propostas impregnadas de lirismo. Hoje alguns são denunciados e esperamos a punição. Será....
Nos Estados Unidos. Depois dos atentados, (11 de setembro), o governo americano tomou uma série de medidas altamente impopulares para tentar evitar agressões. Prisões são feitas, proibições de se entrar nos aviões com certos objetos. Qualquer cidadão com um nariz um pouco mais arrebitado poderia ser impedido de entrar num avião ou no país. Essas medidas até que serviu também nas cidades Americanas como segurança. E no restante do mundo –Crimes em Nova York estão sob tolerância “O”. Más, aqui no nosso rincão com antiamericanos babões - que não tem a menor vergonha de encarar aquilo tudo como “paranóia”, destruindo os Prédios que seriam o símbolo maior dos Americanos e do capitalismo. Até agora me pergunto o que faríamos se tivéssemos levado dois aviões na cabeça?. A se julgar pelo que vimos no qüiproquó com a Bolívia, ofereceríamos subsídios para que os terroristas comprassem aviões mais potentes, grandes quadrimotores, capazes de duplicar o estrago… Também neste caso, a Al Qaeda apareceu como vítima, como anjo vingador antiimperialista. Os americanos então foram os grandes culpados. Que diabos de Política, Religião ou dogma se pratica hoje em dia para se pensar assim?. Que jeito sem jeito!!! Esse é nosso mundo novo, com esse mundo mesmo é que teremos de viver e conviver. Surgem novos chefes de Estado, novos Caudilhos, os Grandes, manda-chuvas que estão surgindo por todas as Américas, Latina, Sul e central. Pense num Governo tomando ou nacionalizando tudo que você construiu em toda sua vida e até Grandes Empresas Estrangeiras. Chego a pensar que é a derrocada inconseqüente da humanidade. Como tudo é cíclico, poderá aparecer um Adolf Hitler, Stalin, Fidel Castro, (mais novo) Mao tsé-tung, Pinochet, Stroessner e tantos outros que possivelmente poderão vir navegar em nossas águas. É, realmente tudo é MUITO SINGULAR. HUGO CHAVES está muito perto de nós.

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