domingo, 30 de janeiro de 2011

UM TIPO TURISTA



     
                                            DIRCEU AYRES
Era de manhã cedinho
Por volta de cinco horas,
Acordei devagarzinho
Procurei pela senhora,
Comigo tinha dormido
E já tinha amanhecido
Ela que tinha sumido!
Podia ter ido embora.


Fiquei a me perguntar
Onde Diabos eu errei?
Eu que transei com ela
Somente a ela eu amei,
Tudo que ela me pedia
Eu pronto lhe atendia
Dava o que ela queria,
Prá ela nada eu neguei.


Dei-lhe mansão de rico
E um telefone celular,
Carro de último tipo
Para ela ir passear.
Aonde que ela andasse
Dirigindo seu carrão
Tinha a minha proteção,
Com arma para atirar.


Prá Europa viajou
Prá África e Oceania
No “Taj Mahal” andou
Tudo ela conhecia,
No carnaval que brincou
Escolheu pular um dia.
Para esquecer sua beleza
Fui curtir minha tristeza
Lá em outra freguesia.
Embaixo da cama dela
Estava um bilhete atoa


O prazer que estava nela,
Era conhecer Alagoas.
Respeitei dela o prazer,
Realizei o seu querer.
Andando pelas ruelas
Nas Ruas da Pajussara
Passeando junto dela
Nas areias amarelas.


Uma cartinha achei ligeiro,
Na cartinha eu descobria
O meu erro tão grosseiro,
Eu mesmo não percebia
Viajou o mundo inteiro.
Mas ela não conhecia
O melhor lugar que havia
No nordeste Brasileiro.


Mulher muito inteligente
Sabia bem o que queria
Não tem conversa ingente
Pois de tudo ela sabia.
Mulheres que não são boas
Com ela não arruma arrêgo
Na verdade seu segredo
Era vir para alagoas.


A mais famosa Izabel,
No seu corpo eu navegava
Era o que eu mais ansiava
Nela eu bebia seu mel.
Com ela eu tinha dormido
E ela sempre a passear
Seu nécta era um manjar
O gosto guarda comigo.

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