quarta-feira, 27 de julho de 2011

ANGATUBA LINDA CIDADE INTERIORANA DE SÃO PAULO

                                                   Dirceu Ayres
Angatuba é termo indígena que significa abundância de ingás. Do tupi ingá: angá ou ingá, a fruta adocicada do ingazeiro; e tyba: grande quantidade, abundância. Angatuba foi fundada em 1862, quando o capitão José Marcos de Albuquerque comprou por duzentos e cinquenta mil réis, um vasto terreno de matas virgens de propriedade de Maria Genoveva dos Santos, e seus herdeiros João Martins dos Santos e Domingos Leite do Prado. Nessa época, o terreno situado no município de Itapetininga, chamava-se "Bairro Palmital". Esta seria a primeira denominação do município. Ali, José Marcos de Albuquerque juntamente com Teodoro Arruda, Salvador Pereira de Albuquerque, Salvador Rodrigues, Felisberto Ramos, Teodoro Rodrigues, José Vicente Ramos e Dominiciano Ramos iniciaram a construção de uma capela. A construção foi interrompida com o falecimento do Capitão José Marcos de Albuquerque e retomada após a viúva, D. Paula Maria de Camargo, casar-se com o tenente-coronel Tomás Dias Batista Prestes. O coronel Prestes constituiu comissão para retomada da construção com o Alferes José Antônio Vieira, Salvador Ferreira de Albuquerque, Salvador Rodrigues dos Santos, Teodoro José Vieira e Domiciano Ramos. Estes, apoiados pela população do local, concluíram a construção da capela feita em madeira que foi denominada "Capela do Ribeirão Grande do Palmital". E este foi o segundo nome dado a Angatuba: "Capela do Ribeirão Grande do Palmital". Tomás Dias Batista Prestes presenteou a comunidade com um pombo de prata, imagem que representa o Divino Espírito Santo, que se tornou o padroeiro da capela. Em 11 de março de 1872, a lei provincial nº. 7, elevou o povoado à categoria de Freguesia do Espírito Santo da Boa Vista. Em maio de 1873, o tenente Tomás Dias Batista Prestes, consegue a escritura do terreno da capela e em setembro o terreno é anexado ao patrimônio da "Capela do espírito Santo da Boa Vista". Em 1885 a Freguesia teve anexado território desmembrado de Itapetininga e foi elevada a município pela lei nº. 27 de 10 de março do mesmo ano. A instalação efetuou-se em 5 de fevereiro de 1887. Em 1908 a Lei n. 115, alterou o nome para Angatuba que, em tupi-guarani significa "assembleia dos espíritos", "morada dos espíritos" ou "mansão das almas". Existem historiadores que afirmam que Angatuba significa, em tupi-guarani, "fruta-doce", ou Anga= fruta e tuba= doce. O primeiro vigário da paróquia da Vila foi o padre Caetano Tedeschi. A comarca criada pela lei 5285 de 18 de fevereiro de 1959, foi instalada no dia 29 de maio de 1966. Por uma semana, durante os embates da Revolução de 1932, o município de Angatuba foi ocupado por tropas gaúchas. Consta que com a previsão da invasão do "exército-do-sul" e o medo da população devido a fama de que os gaúchos "destruíam casas e atacavam mulheres", os moradores esconderam suas esposas e filhos pequenos em sítios e/ou cidades vizinhas. Fato curioso foi que com a demora da chegada dos soldados, aos poucos o povo foi retornando para suas casas. Os Gaúchos chegaram quando não mais se imaginava que o município seria tomado. Felizmente nenhum incidente foi registrado e os dias de ocupação foram tranquilos. Campina do Monte Alegre Fato importante na história de Angatuba foi o desmembramento de parte de seu território para criação do município da Campina do Monte Alegre. A área assemelha-se a um apêndice situado a sul do centro geográfico e foi criado pela Lei Estadual nº 7.664, de 30 de dezembro de 1991. O município foi instalado em 1993.

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