sexta-feira, 29 de julho de 2011

MIN. DOS TRANSPORTES AFASTA 20º fUNCIONÁRIO MEIO DA CRISE.

      Dirceu Ayres

Maurício Savarese Do UOL Notícias Em Brasília. Envolvido em uma crise de má administração e suspeitas de corrupção, o Ministério dos Transportes afastou nesta sexta-feira (29) o 20º funcionário em um mês. O coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Marcelino Augusto Santa Rosa, foi exonerado após denúncias publicadas pelo jornal "O Globo", de acordo com a assessoria de imprensa do órgão. De acordo com o jornal, a mulher de Rosa tem negócios com o Dnit. Sônia Lado Duarte Rosa trabalha como procuradora de oito empresas ligadas ao órgão, muitas delas na área de sinalização de rodovias. Mais cedo, o titular da pasta, Paulo Sérgio Passos, afirmou que a presidente Dilma Rousseff preencherá os cargos vagos até a próxima segunda-feira (1). Entre os afastados pela crise, estão o agora ex-ministro Alfredo Nascimento e o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot. Membros do PR e do PT perderam os cargos depois de denúncias da revista "Veja", indicando que o Ministério dos Transportes servia como um meio de arrecadar recursos eleitorais para partidos políticos. Passos afirmou também que as mudanças no ministério afetaram o desempenho da pasta no PAC2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Ele disse ainda que a reestruturação da pasta vai privilegiar quadros técnicos, e não políticos. Minha opinião: Compartilho com os elogios que estão sendo dedicados à presidenta Dilma em função da limpeza que está efetuando no Ministério dos Transportes. Agora, ficou feio a forma que encontraram para o Pagot sair. Tinha que ser afastado pela Dilma como foram os outros. Ela não deveria aceitar a formula encontrada pelo Blairo Maggi para livrar a cara do Pagot. Ficou ruim foi para ela. A Presidente Dilma agiu como deve. Demorou ainda um pouco. É o mínimo que se faz em casos de corrupção. Agora se abram os inquéritos. Em outros casos ela deve agir do mesmo modo. Eu creio que a Presidente Dilma pode ter luz própria e - aí sim, ela terá o apoio do Brasil inteiro e dos políticos, pois o posicionamento dela será claro, límpido. Pouco importa se foram ou não afastados... O que realmente importa é saber se os cofres públicos receberão o dinheiro de volta e se os culpados serão processados, quem sabe até presos. Realmente espero que não fique somente no"Afastados", pois isto não é punição e sim premiação.Promovido a coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em meio à crise, Marcelino Augusto Rosa comanda serviços milionários do órgão com empresas cuja representante é sua mulher, Sônia Lado Duarte Rosa. De um lado do balcão, o servidor, que responde a processo disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU) por suposto favorecimento de empreiteiras, tem ascendência sobre contratos de sua área. De outro, é ela quem leva e traz documentos e pleitos de algumas das contratadas à sede da autarquia em Brasília. Sônia Duarte é procuradora de oito empresas, a maioria responsável pela sinalização de rodovias. Antes de assumir a Coordenação Geral de Operações - no lugar de Luiz Cláudio Varejão, exonerado pela presidente Dilma -, Marcelino já era interino do cargo e coordenava o setor de Segurança e Engenharia de Trânsito, responsável pela sinalização horizontal e vertical, entre outras atribuições. Graças a aditivos, algumas das clientes de Sônia conseguiram dobrar o valor de seus contratos nos últimos anos. Só a SBS, que se vale dos serviços de Sônia há pelo menos três anos, esticou o valor de seu contrato em 164% (de R$ 4,3 milhões para R$ 11,4 milhões), após seis aditivos. A CAP tem dois contratos, um com aumento de 121% (de R$ 4,1 milhões para R$ 9,1 milhões) e outro de 86,5% (de R$ 5,2 milhões para R$ 9,7 milhões). Já a Sinalmig obteve acréscimos de 112% (de R$ 5,09 milhões para R$ 10,6 milhões). Desde 2006, a SBS já recebeu R$ 9 milhões. Os pagamentos à CAP somaram R$ 16,3 milhões. No caso da Sinalmig, outros R$ 8,9 milhões. Sônia atua no Dnit há cerca de 15 anos Em vez de abrir licitações para ampliar ou dar continuidade aos trabalhos, o Dnit optou por prorrogá-los por meio de aditivos. As três empresas são de Belo Horizonte e também atuam como subcontratadas de empreiteiras que trabalham para o órgão. Nos bastidores da autarquia em Brasília, Sônia e Marcelino ganharam o apelido de "casal Dnit". Ele é servidor Antigo, com mais de 40 anos de crachá, egresso do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Levada pelo marido, ela atua há cerca de 15 anos no órgão, graças a procurações das empresas, anualmente renovadas. O boca a boca aumentou a clientela. E fez sua fama. Segundo um engenheiro, contratá-la é a garantia de "acelerar" processos internos. Sônia e Marcelino são sócios na Somart, com sede no apartamento em que moram em Brasília. Nos registros da Junta Comercial do Distrito Federal, a empresa faz representação comercial de material odontológico e cosmético a madeira e revistas, além de obras de terraplanagem, serviços de preparação de terreno. Eles alegam que a empresa está inativa.

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