sábado, 27 de agosto de 2011

IMBECILIDADES JORNALÍSTICAS.

         Dirceu Ayres
O blogueiro Ricardo Setti publica um post sugerindo que a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, está apoiando as causas do MST. Na verdade, quando saía de uma audiência com Dilma Rousseff, Kátia Abreu foi abordada pela imprensa que, naquele momento, cobria uma visita do MST a Gilberto Carvalho e a Gleisy Hoffmann, depois da invasão promovida ao Ministério da Fazenda. Perguntada sobre o motivo da visita, Kátia Abreu informou que foi levar à presidência um estudo sobre uma nova política agrícola para o país. E um dos problemas do velho modelo é justamente o endividamento do pequeno agricultor. Eis que a jornalista sugeriu, então, que a senadora estaria apoiando as reinvidicações do MST. A senadora respondeu que estava defendendo o pequeno agricultor que não pode pagar o que deve, pois o modelo de financiamento está errado. Existem duas imbecilidades jornalísticas que podem ser escritas sobre Kátia Abreu: que ela concorda com o MST e que ela concorda com ambientalismo predador de Marina Silva e suas ONGs. Sobre o Código Florestal, o que foi colocado pela presidente da CNA é que é preciso acabar com esta conclusão absurda de que o governo está sendo derrotado, pois além de não estar, este tipo de notícia prejudica o Brasil nas suas exportações e é ruim em termos de mercado. Pega mal lá fora. Quem está acompanhando a batalha do Código Florestal sabe que há uma negociação política e que o que Kátia Abreu defende é muito diferente do que preconiza o ministério do Meio Ambiente, por exemplo. Por fim, este blogueiro vai decifrar porque este tipo de matéria maldosa está sendo publicada: o objetivo é marcar o PSD como governista. Apenas isto. No caso da senadora Kátia Abreu, não pega. Ela já votou abertamente a favor do governo e contra o governo. Certa ou errada, ela está sendo independente. E inteligente. O que ela estava fazendo naquela visita ao Palácio do Planalto, no dia em que assumia o novo Ministro da Agricultura, é política. Política da boa. Ela foi ao Palácio do Planalto defender os interesses do país, de 5,2 milhões de proprietários rurais, na medida em que representa, como presidente da CNA, um setor que produz 1/3 do PIB. Só mesmo um jornalista imbecil para achar que Kátia Abreu foi à Dilma aderir ao governo. Jornalista da Veja, mesmo com nota oficial, insiste nas inverdades. Ontem, às 18 e alguma coisa, publiquei um post sobre as imbecilidades jornalísticas cometidas pelo jornalista Ricardo Setti, de Veja, divulgando uma pretensa adesão da senadora Kátia Abreu (PSD-TO) ao governo, apoio MST e outras besteiras de quem faz jornalismo irresponsável. Em seguida (ainda estava em vôo de Brasília para o Sul), a senadora emitiu uma nota que confere com o que este blog publicou.( Blog do Coronel) No entanto, mesmo com a nota oficial, o jornalista da Veja continua insistindo nas suas imbecilidades jornalísticas. Vejam a nota abaixo e tentem enxergar na mesma o que o jornalista escreveu: "Nota da senadora Kátia Abreu sobre encontro com Dilma deixa claro seu desembarque da oposição". Para chegar a mesma conclusão do jornalista, só sendo um imbecil com altas doses de arrogância. “A respeito das declarações a mim atribuídas sobre pretenso apoio às reivindicações do MST e da Via Campesina e suposto compromisso de não me opor ao governo na votação do Código Florestal, no Senado, que teriam sido manifestadas depois da audiência, na última terça-feira, dia 23/8, com a presidente da República, Dilma Rousseff, considero de fundamental importância restabelecer a verdade dos fatos, esclarecendo que: 1) Sempre defendi a importância da assistência técnica para os pequenos produtores rurais, pois é a única forma de adotarem boas práticas agronômicas e obter renda. Da mesma forma, defendo a adoção de políticas públicas que ofereçam soluções para o endividamento dos chamados “pronafianos”. E isto coincide com reivindicações de alguns destes movimentos sociais; 2) Quanto à votação do novo Código Florestal, creio que não é do interesse de ninguém derrotar o governo. Confio que encontraremos um caminho para que todos saiam vencedores deste debate. Estarei, em todo o momento, como me compete, defendendo as prerrogativas do setor agropecuário e do Brasil. Por fim, saí da audiência com a presidente Dilma Rousseff convicta de que encontraremos um bom caminho para promover a maior e mais sustentável agropecuária do planeta. Fiquei especialmente feliz com a oportunidade que finalmente se abriu de lhe apresentarmos pessoalmente as demandas do nosso setor para a necessária revisão do Código Florestal brasileiro.Brasília, 25 de agosto de 2011 Senadora Kátia Abreu Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

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