quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SENADOR PEDRO SIMON.

     Dirceu Ayres
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez uma espécie de alerta à presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira no plenário do Senado. Segundo ele, os encontros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro José Dirceu com membros do atual governo podem enfraquecer a autoridade dela. Para o peemedebista, que fez questão de dizer que não acredita na prática de "negociatas ou atos ilícitos" entre os envolvidos, esses encontros poderiam ser confundidos com um governo paralelo. As informações são da Agência Senado. "O que o senhor José Dirceu está fazendo num quarto de hotel com o presidente da Petrobras (José Sérgio Gabrielli) aqui em Brasília? Estariam fazendo o quê? Discutindo política. E é competência do senhor José Dirceu conversar com o presidente da Petrobras, num hotel, discutindo política? É competência de o senhor José Dirceu ter uma série de pessoas, uma série de ministros, num quarto de hotel em Brasília, discutindo política?" disse o senador. Pedro Simon afirmou ainda que "todo dia" o ex-presidente Lula aparece na imprensa "falando com o ministro, falando com o governador, com o parlamentar". O senador disse que Lula nunca falou mal da atual presidente e que sempre reforçou a tese de que, em 2014, ela será candidata à reeleição. Porém, questionou se essas reuniões não seriam um "governo paralelo". "São essas coisas que estão ficando graves. E alguém se pergunta então se a presidente Dilma não está recuando. Eu digo que não", afirmou. Simon ressaltou que Dilma tem um "estilo sóbrio" de governar, em que as pessoas indicadas pelos partidos para o governo devem ter ficha limpa, biografia transparente e competência para exercer o cargo que desempenham. E que, quando há necessidade, ela afasta seus subordinados "sem estardalhaço". "Na Câmara, no Senado, líderes, partidos iam fazer represálias", disse ele, que afirmou ainda não acreditar que ela "retroaja na sua maneira de ser". Pedro Simon concluiu o pronunciamento dizendo que "reza" para que a presidente tenha coragem e que "não se assuste com alguns, principalmente do PT e do PMDB", pois o que for feito no governo será cobrado pelo povo na rua.

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