sábado, 26 de novembro de 2011

Dois ex-terroristas voltam a pregar o "controle social" da mídia.


    Dirceu Ayres

A imprensa tem feito às vezes do Ministério Público, um órgão majoritariamente cabrestado pelo PT, que nesta semana deu duas provas disso, primeiras ao paralisar as obras do Metrô e agora mandando parar a inspeção veicular em São Paulo, lançando suspeitas sobre o PSDB e o PSD, os dois adversários do PT na sucessão da maior cidade do pais. A imprensa tem sido o instrumento de pressão sobre as gavetas da Polícia Federal, que resiste em fazer andar velhos processos contra o governo - Erenice Guerra, por exemplo - e a estourar verdadeiros aparelhos dentro de um governo de corrupção, jamais de coalizão, que o PT montou. A imprensa é o único instrumento que a sociedade tem para fazer a Justiça andar no país, tirando-a das suas cadeiras de respaldar alto, de onde preferencialmente atendem os próprios interesses, em busca de mais benesses, de aumentos de salários e de não cortar o ponto de magistrados que participaram de uma greve ilegal. A mídia é a última defesa da sociedade contra a corrupção do governo petista. A bandalheira só não é maior porque meia dúzia de veículos independentes impede a ação dos chefes de quadrilha. Aliás, o PT não toma a mínima iniciativa para controlar a roubalheira, mas apenas para reduzir controles. Quer reduzir o poder de fiscalização do TCU, por exemplo, a maior prova de que querem agir sem barreiras. Sem TCU e sem imprensa, o José Dirceu mandaria construir um Palácio do Planalto do B, ali no Nahoum Hotel, de onde reinaria livremente, orientando ministros e políticos corruptos. De quando em vez, a exemplo do seu mentor Fidel Castro, escreveria longas cartas à nação, comandando sem freios a sofisticada organização criminosa. O redator das cartas seria o Franklin Martins, aquele mesmo que, cometendo um crime hediondo e imprescritível, escreveu aquela famosa carta onde ele e seus camaradas ameaçavam assassinar um diplomata estrangeiro seqüestrado. Naquele episódio, os dois ex-terroristas estavam juntos e obrigaram que a carta fosse lida em cadeia nacional de TV, exercendo pela primeira vez no país o que querem implantar agora: o controle da mídia. Leia aqui e aqui. Coturno Noturno.

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