terça-feira, 29 de novembro de 2011

LIVRO DIZ QUE DILMA NÃO PARTICIPOU DO ROUBO DO COFRE DE ADHEMAR DE BARROS.

         Dirceu Ayres

Duas moças bem arrumadas entram no Copacabana Palace, vão ao guichê de câmbio, trocam US$ 1 mil e desaparecem. Uma hora depois, as duas - as guerrilheiras Dilma Vana Rousseff e Maria Auxiliadora, da VAR-Palmares - comemoram com seus companheiros, em um apartamento perto dali, o sucesso da operação. Os US$ 1 mil eram só o tira-gosto de uma fortuna de US$ 2,59 milhões (hoje, cerca de R$ 28 milhões) capturados, na véspera, de uma casa no bairro de Santa Teresa. Dinheiro guardado em um enorme baú de 150 quilos, o célebre "cofre do Adhemar" - cujo roubo foi festejado pelo grupo como "a maior vitória da esquerda armada contra o capitalismo no continente". O episódio é uma das muitas histórias dos tempos de Wanda da hoje presidente da República: o período entre 1968, quando aderiu à resistência à ditadura, e 1973, ano em que deixou a prisão em São Paulo, sepultou o codinome e foi estudar economia em Porto Alegre. É um dos bons capítulos do livro O Cofre do Dr. Rui, recém-lançado pelo jornalista e escritor Tom Cardoso. "Dr. Rui" era o apelido de Ana Capriglione, amante de Adhemar de Barros, governador paulista que, diz a lenda, encheu o baú praticando o "rouba, mas faz". "O que eu tento, no livro, é mostrar o papel real de cada um e o destino do dinheiro", avisa o autor. E o papel real de Dilma, ouvidos mais de 30 depoimentos, fica mais claro. Segundo o livro, não partiram dela nem a ideia do roubo nem da organização do ataque. Dilma sequer teria participado do grupo de 11 pessoas que, sob o comando de Juarez de Brito, o Juvenal, invadiu em julho de 1969 a casa do irmão de Ana Capriglione para pegar o famoso cofre. "Mas Wanda tinha, sim, grande importância no grupo. Cuidava de planejar, distribuir armas e munição, documentos. Tomou conta de várias malas com os dólares e ajudou a definir sua distribuição", explica Cardoso. A militante já era famosa pelas broncas e pela coragem. Defendia a ala "massista", que sonhava organizar as massas e vivia às turras com os "foquistas", a turma pesada de Carlos Lamarca, ansiosa por iniciar logo a luta armada. Em um congresso em Teresópolis, ela surpreendeu os camaradas ao encarar o poderoso Lamarca "chamando a atenção para a fragilidade de suas idéias", segundo Cardoso. Lamarca a apelidara de Mônica, "porque era dentuça e mandona", como a personagem dos quadrinhos. Ela deu o troco compondo um plágio de País Tropical, de Jorge Ben: "Este é um congresso tropical / Abençoado por Lenin / E confuso por natureza... / Em agosto (em agosto) / Tem Juvenal (tem Juvenal) / E também um capitão chamado Lamarca..." Mas O Cofre não é um livro sobre Dilma: ela aparece porque estava no caminho da história. O eixo principal das 170 páginas é o tortuoso sumiço do dinheiro pelo qual grupelhos internos pelejavam, às vezes armados e gritando uns com outros. Ao final, o que vem à luz é a rápida caminhada da esquerda armada rumo ao seu fim. Que o autor não cravou em 1971, com a morte de Lamarca, mas em 1985, quando o militante Gustavo Schiller pulou de um oitavo andar em Copacabana. Schiller era o jovem carioca que, nos idos de 1969, havia contado a alguns amigos que no porão de sua própria casa, em Santa Teresa, havia um cofre abarrotado de dólares. Do portal do Estadão MEU COMENTÁRIO: Enquanto a revista norte-americana New Yorker diz em reportagem que Dilma faz faxina como nunca antes neste país demitindo corruptos... Lupi que o diga... Sai um livro em que afirma que Dilma Rousseff não participou do roubo do cofre de Adhemar de Barros, embora fizesse parte do grupo terrorista. Coincidências à parte, o fato é que a biografia da ex-terrorista de alguma foma vai sendo lapidada... Ainda bem que o blog fotografou a mudança da Dilma quando se mudou para o palacete presidencial... (Aluizio Amorim)

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