domingo, 11 de dezembro de 2011

Brasil sem Marina Silva negocia e salva Conferência do Clima em Durban.

                          
     Dirceu Ayres

Abaixo, a análise de Ciro Siqueira, do Blog Código Florestal, sobre o fim do radicalismo ambiental nas negociações internacionais. Ruim para a Marina Silva, bom para o Brasil. “Luiz é um advogado criativo e imaginativo e um grande parceiro de negociações, e o Brasil tem um histórico de conquistas incrível que está cada vez mais sendo projetado no âmbito internacional", disse ontem à noite o ministro britânico de Energia e Clima, Chris Huhne sobre o negociador-chefe do Brasil em Durban, Luiz Alberto Figueiredo. Figueiredo e a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, tiraram a negociação do impasse e ajudaram a salvar a 17ª Conferência do Clima da ONU. Como Resultado, o Protocolo de Kyoto que estertorava foi estendido até 2017 enquanto um processo de negociação de um novo acordo “com força legal” que inclui China e EUA buscará outro pacto global sobre o clima, a entrar em vigor a partir de 2020. Os negociadores aprovaram também as bases para a construção de projetos efetivos de pagamentos por serviços ambientais e estabeleceram as bases para a criação de um fundo global para o clima. As grandes ONGs internacionais, por outro lado, saíram insatisfeitas com o resultado do encontro. Greenpeace e Amigos da Terra saíram alardeando a “derrota” do evento. Para elas os países ricos se recusaram a assumir compromissos mais rígidos. A depender do radicalismo das ONGs o impasse teria continuado, o Protocolo de Kyoto estaria perdido e o mundo voltaria à estaca zero na busca de uma solução para o aquecimento global. O mundo começou a perceber que a agenda ambiental não pode ficar à mercê do radicalismo “sonhático” das ONGs. ONG não gosta de solução ambiental. ONG existe por causa do problema ambiental. Se não existissem problemas ambientais não existiram ONGs de meio ambiente. Pouco a pouco elas vêm sendo isolados e alijadas dos processos decisórios relevantes . O mundo começou a perceber que a coisa anda quando as ONGs ficam de fora. O ambientalismo, a sincera busca pela preservação ambiental, não pode se resumir à agenda das ONGs. A grande lição de Durban é que o lugar do radicalismo é o lado de fora. Completando a análise do Ciro, o que aconteceu em Durban é exatamente o que está acontecendo com o Código Florestal. Quando Marina Silva e seus ongolóides deixaram de ser ouvidos, o Brasil conseguiu produzir um documento equilibrado, maduro e democrático. (Coturno Noturno)

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