sábado, 17 de dezembro de 2011

Falecimento de Iporan Nunes de Oliveira - herói da FEB e do Brasil


       Dirceu Ayres

Iporan Nunes de Oliveira (20/12/1917 - 03/12/2011) Os brasileiros deveriam tomar conhecimento desse herói verdadeiro. Sim , nós temos , como o então Ten Iporan. Força Expedicionária Brasileira. Nossas homenagens. Falecimento de Iporan Nunes de Oliveira - herói da FEB e do Brasil IPORAN NUNES DE OLIVEIRA, esse sim, é mais um dos nossos heróis verdadeiros, cujos feitos gloriosos são ignorados pelo Ministério da Educação e pelos governos da esquerda farsante que preferem a falsa história capaz de gerar benesses sem méritos aos “companheiros”! Triste nação brasileira! Um herói. Este sim um "Filho do Brasil". Deveriam ser estes os nomes cultuados e suas histórias contadas, mas, no Brasil, preferem homenagear Marighelas, Lamarcas, etc. Nos anexos, o relato da Tomada de Montese e slides que mostram o ataque no terreno. Trata-se de uma apresentação que fiz na 7ª SCh do EME, em 14 de abril, dia da tomada de Montese. Leiam o relato, acompanhando nos slides e façam sua homenagem silenciosa ao Ten Iporan. Naquele dia e naquelas alturas, mais uma vez, "A COBRA FUMOU". CITAÇÃO PARA A CRUZ DE COMBATE DE 1ª CLASSE DO TENENTE IPORAN Durante toda a campanha da FEB, destacou-se em diversas patrulhas de combate e em três batalhas – Monte Castelo, Castelnuovo e Montese – em que o 11º RI se envolveu, tendo recebido doze elogios por suas ações militares, nas quais sempre fazia prisioneiros alemães. Na antevéspera do ataque a Montese, na chefia de uma patrulha de combate, abriu uma pequena brecha em um campo minado que protegia uma das bordas fortificadas da posição alemã. Durante o ataque do dia 14 abr., já conhecendo o terreno e sabendo da existência da brecha, a qual era desconhecida dos alemães, foi à frente da força de ataque, entrando com seu pelotão em Montese, tomando a torre local, onde fez vários prisioneiros, e manteve posição de resistência contra os alemães, contribuindo em larga escala para a vitória da FEB nesta batalha. Seu pelotão foi a primeira tropa brasileira a romper o dispositivo defensivo e adentrar no fortificado ponto de defesa dos alemães, em um momento em que as unidades da FEB engajadas na batalha sofriam pesadas perdas decorrentes da obstinada resistência inimiga. Demonstrou coragem, decisão, vontade, senso de cumprimento do dever e iniciativa. Mais um que se vai, sem o devido reconhecimento do seu próprio país!!! Faleceu no último dia 3 de dezembro em Niteroi, Rio de Janeiro, de causas naturais aos 93 anos de idade, o veterano da FEB Coronel Iporan Nunes de Oliveira. Nascido em Cuiabá, Mato Grosso, Iporan era filho de Joaquim Pinto de Oliveira e Theonila Nunes de Oliveira. Ingressou na Escola Militar do Realengo, sendo declarado Aspirante a Oficial em 8 de janeiro de 1944. Logo em seguida, já tendo ciência da estrutura organizacional da futura Divisão de Infantaria Expedicionária, voluntariou-se para servir no 11º Regimento de Infantaria, em São João Del Rey, Minas Gerais - um dos três regimentos escolhidos para compor a divisão. Chegando à Vila Militar no Rio de Janeiro em março de 1944, Iporan iniciou a longa e exaustiva rotina de preparo físico que antecedeu ao embarque. O 11º Regimento embarcou para a Itália em 22 de setembro, como parte do 2º Escalão da FEB. Chegando lá no dia 11 de outubro, os soldados passaram pelo período de adaptação e armamento, antes de serem enviados ao front em novembro. Iporan, já Tenente, recebeu o comando de um pelotão da 2ª Companhia. Seu primeiro grande sucesso se deu em 12 de dezembro, quando durante um ataque a Monte Castelo, seu pelotão conquistou a localidade de Falfare. Ele lideraria 11 bem-sucedidas patrulhas ao longo da guerra, ganhando as duas classes da Cruz de Combate. Contudo, seu maior sucesso viria no dia 14 de abril de 1945, na vila de Montese. A FEB havia recebido a incumbência de conquistar Montese, último bastião alemão sobre os Apeninos, que abriria as portas do Vale do Pó naquele setor. O ataque começou às 9h do dia 14, com dois pelotões da 2ª Companhia - do Capitão Meira Mattos - no ataque. Um deles era o de Iporan. Progredindo com dificuldade em meio a intenso bombardeio da artilharia alemã, ele e seus soldados conseguiram atingir as alturas da cidade, embora fossem cortados do restante das tropas. No dia seguinte, consolidaram as posições de dominação da localidade, destruindo os últimos focos de resistência inimiga. Por sua extrema tenacidade na liderança do pelotão durante o ataque, o Tenente Iporan foi condecorado pelo Exército dos EUA com a Silver Star - que foi-lhe entregue pessoalmente pelo General Charles Gerhalt em Cuiabá, no dia 15 de julho de 1946. Ele também recebeu a Ordem do Império Britânico, concedida pelo Marechal-de-Campo Sir Harold Alexander no Rio de Janeiro, em 15 de junho de 1948. Após a guerra, Iporan continuou servindo no Exército Brasileiro em diversas designações por todo o país, servindo no Estado-Maior do Exército entre 1960 e 1964 - quando passou para a reserva na patente de Coronel. Depois disso trabalhou como administrador de shopping centers e posteriormente chefe de segurança da Rede Ferroviária Federal, aposentando-se definitivamente em 1983. O Coronel Iporan deixa esposa, quatro filhos e numerosos netos. O pelotão do Tenente Iporan, logo antes do ataque a Montese.

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