domingo, 19 de fevereiro de 2012

MANTEGA CONTINUARÁ OMISSO?

                  
       Dirceu Ayres


Investidores minoritários exigem que Mantega tire Josué Alencar e Jorge Gerdau do Conselho da Petrobras Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.netLeia mais artigos no site Fique Alerta – www.fiquealerta.net Por Jorge Serrão e João Vinhosa Nem dá para o governo comemorar, tranqüilamente, a posse da primeira mulher a presidir a Petrobras. O conselho de Administração da empresa, presidido pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, é alvo de contundentes críticas dos investidores minoritários. Eles voltam a exigir que deixem de ser “representados” pelos conselheiros Jorge Gerdau Johannpeter e Fábio Coletti Barbosa (ou seu substituto Josué Alencar) – que também atuam no Comitê de Auditoria da Petrobrás. Junto com a nova “presidenta” Maria das Graças Foster – cujo marido Colin Vaughan Foster é maçonicamente ligado à família Real Britânica -, Gerdau e Barbosa são os tentáculos mais fortes da Oligarquia Financeira Transnacional na Petrobrás. Em agosto do ano passado, os acionistas minoritários brasileiros pediram a saída de ambos do Conselho de Administração da “estatal de economia mista” por “conflitos de interesses”. Ambos atuam “indiretamente financiadores e fornecedores de serviços financeiros e materiais metálicos para construção de refinarias e plataformas de petróleo para a Petrobras”. Barbosa pediu para sair em 19 de dezembro, mas foi substituído por Josue Alencar (filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar) - o que para os minoritários representou trocar seis por meia-dúzia. Desde 2009, Gerdau integra o conselho consultivo do escritório brasileiro do David Rockfeller Center for Latin American Studies, da Universidade de Harvard, que atua em lobbies do setor petrolífero. Ex-presidente da Febraban e do Santander, Barbosa atuava em outros dois poderosos conselhos de administração: da PIFCo (Petrobras International Finance Company) e da Br Distribuidora – ambas subsidiárias integrais da Petrobrás. Gerdau e Barbosa ainda fazem parte do poderoso Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Dilma Rousseff – que na gestão Lula, além de ministra da Casa Civil, também presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. Na Assembléia Geral Extraordinária da Petrobras realizada em 23 de agosto de 2011, o acionista minoritário Romano Allegro apresentou um enérgico manifesto solicitando “à presidência da mesa cientificar o presidente do Conselho da Petrobras, na pessoa do Dr. Guido Mantega” que é inadmissível manter como representante dos acionistas minoritários no Conselho de Administração “os Drs. Fábio Coletti Barbosa e Jorge Gerdau, e no Conselho Fiscal o Dr. Nelson Rocha Augusto”. Só Barbosa "atendeu ao pedido". O acionista Romano também reclama que “que o Dr. Nelson Rocha Augusto, membro efetivo do Conselho Fiscal da Petrobras desde 2003 e reeleito nos últimos cinco anos, de 2006 a 2011, também não tem a independência adequada para ser o representante dos acionistas minoritários ordinaristas”. Romano alega que Nelson é presidente da BB Administração de Ativos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S/A. A BB DTVM é subsidiária integral do conglomerado Banco do Brasil. Romano lembra que Nelson também acumula as funções de diretor da BB Securities de Londres e do Banco do Brasil Securities LLL de Nova York. Analisando a perda de credibilidade da Petrobras, em seu manifesto protocolado na Assembléia Geral Extraordinária Romano foi categórico: “A Petrobras, que valia R$ 430 bilhões em 31/12/2007, hoje, dia 19/08/2011, vale exatamente R$ 273 bilhões, já consideradas todas as novas ações subscritas e ‘integralizadas’ em 2010, na maior capitalização de todos os tempos”. Romano avança na crítica: “Se adicionarmos o aumento de capital de outubro do ano passado ao valor da empresa em 31/12/2007, chegaremos a exatos R$ 550 BILHÕES E AO COMPARARMOS COM O VALOR ATUAL DA EMPRESA CONSTATAREMOS UMA DESTRUIÇÃO DE VALOR DE EXATOS 277 BILHÕES DE REAIS, muito mais do que uma VALE INTEIRA, o que é simplesmente inacreditável. E nesse caminho foram dizimados inúmeros minoritários, inclusive eu, e inúmeros trabalhadores brasileiros que confiaram na empresa e nela investiram parte relevante das suas economias”.



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