segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Não, Josias, Kátia Abreu não é uma neogovernista. É uma neopolítica.




     Dirceu Ayres

Hoje o Blog do Josias, aquele jornalista que foi humilhado por José Serra em um debate UOL na eleição passada, sendo chamado de petralha ao vivo e a cores, publica uma nota eivada de maledicência contra a senadora Kátia Abreu (PSD), que também é Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Leiam abaixo: Presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), a senadora Kátia Abreu (ex-DEM, hoje PSD) celebra nesta segunda-feira (13) uma parceria com a Caixa Econômica Federal. Envolve o lançamento de uma versão rural do projeto Minha Casa, Minha Vida, prioridade de Dilma Rousseff. Kátia escolheu o Tocantins, sua base eleitoral, como palco da assinatura do primeiro termo de cooperação da CNA com a Caixa. Prevê a concessão de empréstimos para lenvantar 1.406 casas em áreas rurais do Estado. Serão beneficadas famílias com renda anual de até R$ 16 mil –coisa de R$ 1.333 por mês. A CNA da neogovernista Kátia envolve-se no programa habitacional da União a pedido de Dilma. As casas do Tocantins constituem um projeto-piloto. Pretende-se levar a iniciativa às zonas rurais de outros Estados. O lançamento desta segunda ocorrerá na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins. Será um ato impregnado de política. A lista de convidados inclui, além de presidentes de sindicatos rurais, o governador tocantinense Siqueira Campos (PSDB), deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. Além de mal intencionado, o jornalista da Folha é mal informado. Vejam matéria abaixo, publicada na revista Globo Rural, em JUNHO DE 2010, MUITO ANTES DO PSD, que, obviamente, o urbanóide não lê, pois o seu habitat é a avenida Paulista ou os corredores do Congresso, em Brasília. Com o objetivo de estender aos produtores e trabalhadores rurais os benefícios da medida provisória 460, que dispõe sobre os contratos de construção de moradias dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, a presidente da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu, apresentou quatro emendas que viabilizam a construção de moradias no meio rural. “Precisamos oferecer ao homem rural as mesmas políticas públicas destinadas a quem vive nas cidades, eliminando os vazios institucionais que ainda se mantém no campo”, disse a senadora. Uma das emendas apresentadas dispõe que a capacidade financeira dos pequenos produtores rurais será comprovada pela DPA - Declaração de Aptidão do Pronaf - no ato da contratação das operações celebradas no âmbito do Programa Nacional de Habitação Rural. Desta forma, seria possível solucionar as dificuldades enfrentadas, especialmente pelos pequenos produtores, para comprovar renda. Muitas famílias de pequenos produtores habitam em residências precárias, vivendo até mesmo em um único cômodo. Para que essas famílias possam reformar ou ampliar suas residências, obtendo melhores condições de vida, outra emenda da senadora Kátia Abreu prevê subvenção econômica no âmbito do Programa Nacional de Habitação Rural para construção, aquisição e reforma de um único imóvel para cada mutuário. Em outra emenda, a senadora propõe que os trabalhadores rurais, por intermédio de suas cooperativas, formem Condomínios Habitacionais Rurais para participar do Programa Nacional Habitacional Rural. O texto dispõe que o número mínimo para a constituição de um condomínio rural será de 20 casas; as habitações terão área útil de construção de, no mínimo, 40 metros quadrados e a área de cada lote das residências tenha cinco mil metros quadrados. O dinheiro do Minha Casa, Minha Vida é do povo brasileiro. É dinheiro público. É obrigação de um político e de um líder setorial buscar a melhor aplicação possível dos recursos. Nem tudo é política. Nem tudo é este pequeno mundo bundão do Josias. Este tipo de convênio envolve todos os níveis de governo e, obviamente, tem a presença e a participação de politicos. Kátia Abreu escolheu o Tocantins porque conhece o estado como a palma da sua mão. Porque também é presidente da Federação de Agricultura do estado. E porque mesmo sendo do PSD ajudou a eleger o governador do PSDB. Assume, assim, pessoalmente, a responsabilidade de que o programa dê certo e que a experiência possa ser transportada para todo o Brasil. O que irrita Josias de Souza e alguns recalcados do DEM é que Kátia Abreu é uma neopolítica. Faz política moderna. Trabalha pelo país. É um dos grandes nomes para os próximos anos da política brasileira. Dos 10 milhões de miseráveis que ainda existem no Brasil, 9 milhões estão em áreas rurais, justamente porque lá não chegam os programas sociais de nenhum governo, por séculos e séculos. Josias de Souza mostra toda a sua mesquinhez e toda a sua pequenez. Não entende nada de Brasil. Neogovernista? Não, babaca: neopolítica.

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