quarta-feira, 21 de março de 2012

FRAUDE JURÍDICA. SETE ANOS DE VERGONHA PARA O STF

              

     Dirceu Ayres

Quase sete anos depois de um Procurador Geral da República denunciar a gang dos 40, o Brasil e o mundo estão próximos de testemunhar aquilo que corre o risco de ser qualificada como a maior fraude jurídica da história envolvendo diretamente um Tribunal Superior, uma “piada de salão”, na afirmação de um canalha que já se convenceu de que somos todos idiotas e imbecis a serviço de um corrupto, sórdido e hediondo projeto de poder liderado pelo PT, o mesmo partido cujo líder tinha o hábito de chamar parlamentares de picaretas, acusação comprovada com a transformação do Congresso Nacional em lacaio do Poder Executivo. O “Mensalão”, um esquema de suborno de toda uma base parlamentar para apoiar projetos do Poder Executivo, e que acabou tendo o “maior sucesso” ao transformar o Congresso Nacional em um palco permanente de negociações espúrias entre muitos outros crimes envolvendo algumas dezenas de canalhas esclarecidos da iniciativa privada, com o mais grave já prescrito, chega à sua fase final de julgamento e, por incrível que possa parecer, sem ainda data marcada para terminar. São 50118 páginas de processo, 233 volumes e 495 anexos de pura enrolação jurídica diante de uma sociedade permanentemente atacada pela doença da idiotia e que já aceitou o espúrio relativismo da Justiça como uma “saudável prática” do direito de defesa. Tudo vai acabar terminando “sem que se conheça” o verdadeiro mandante e chefe do mensalão que conseguiu manter, por enquanto, o silêncio e a proteção da lealdade dos 40 formalmente acusados. Todas as pessoas honestas e honradas que entendem que a prática da Justiça formal não pode estar prioritariamente vinculada a togados bandidos, bandidos vestidos de togados ou togados cúmplices ou omissos diante da transformação do poder público em um Covil de Bandidos, devem estar absolutamente decepcionadas com a postura dos nossos Tribunais Superiores, que têm demonstrado não atender mais os anseios da sociedade por Justiça, mas primordialmente as necessidades dos atores sórdidos de um jogo de poder que se utiliza fartamente da corrupção e do suborno para atingir seus objetivos. O PT no seu terceiro mandato consecutivo, caminhando para o quarto, continua impune de mais de cem escândalos de corrupção denunciados e investigados pela Polícia Federal, entre eles o Mensalão, que dada a sua dimensão política abafa muitos outros, talvez, de caráter ainda mais grave. A nossa sociedade presencia com a cumplicidade da covardia e da omissão quase coletiva a absurda degeneração das relações públicas e privadas e a transformação do poder público em um Covil de Bandidos e o país em um Paraíso de Patifes. Nossa “opção democrática” parece ser vivermos sob o controle de um degenerado Regime Fascista que tem como norma fundamental de comportamento - a quem interessar possa - a prática e a indução ao suborno e da corrupção como seus sustentáculos, tendo como pano de fundo a inaceitável degeneração moral da Justiça e um processo permanente de vingança contra as Forças Armadas, única força institucional (ainda) capaz de destituir o mais safado e corrupto poder público de nossa história, diante da união das burguesias e oligarquias de milhares de canalhas esclarecidos que se beneficiam diretamente, e cada vez mais, com a degeneração das relações públicas e privadas. Para não esquecer: quem roubou o crucifixo do gabinete da Presidência? Geraldo Almendra.

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