quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os gritos do silêncio

Marthela Steenkamp (RIP, 1997-2012)

     Dirceu Ayres

o fim de semana da Páscoa, uma família de fazendeiros sul-africanos foi morta a tiros, incluindo uma bela garota de apenas 14 anos. Não é um caso isolado: desde o fim do apartheid, mais de 3165 fazendeiros "boer" brancos sul-africanos foram mortos por negros. Na maior parte das vezes, não há roubo algum, apenas execução sumária, em alguns casos precedidos de tortura e violência sexual. Seria genocídio? Alguns dizem que se tratam apenas de vítimas de crime e, neste caso, o número de vítimas negras de crime (por outros negros) na África do Sul seria ainda maior. Porém, é claro que está tendo lugar uma perseguição aos fazendeiros brancos, querendo intimidá-los e expulsá-los de suas terras, como já aconteceu no Zimbabwe. Os "boer" resistem, mas, até quando? É muito curioso que hoje ninguém fale da África do Sul. É quase como se o país de repente tivesse desaparecido do mapa. O fato é que a tal "nação arco-íris" prometida jamais se concretizou, e hoje o país está em situação bem pior do que durante o apartheid, seja para os brancos, seja para os negros. Sim, os negros detém o poder, mas pode-se dizer que tenham um nível melhor de vida agora, quando a África do Sul virou a capital mundial dos estupros? O apartheid era desigual, sem dúvida, mas observem uma coisa curiosa: durante essa época, em pleno apartheid, milhares de imigrantes africanos de outros países do continente migraram para lá. Pelo jeito, não faltavam negros querendo ser "oprimidos" pelos brancos safados. Hoje em dia, é o contrário. Não são apenas os brancos que estão emigrando da África do Sul, como até mesmo os negros mais qualificados, que acreditam ter melhores opções em outros lugares. O país virou um antro de violência e corrupção. Mas ninguém se importa... É verdade que naquela época os brancos tinham uma posição privilegiada, e agora boa parte deles, sem ter mais o privilégio por lei, está vivendo na pobreza. Mas também é verdade que, salvo alguns negros que se deram bem como os mostrados nesse mesmo documentário do link, a situação ficou pior para quase todos. Eis aqui um blog documentando em fotos a decadência arquitetônica de Johannesburgo. Cry the beloved country... A jornalista Ilana Mercer, sul-africana de nascença, fala um pouco sobre a situação atual de seu país no seu blog e no livro "Into the Cannibal's Pot". A destruição da África do Sul ocorreu em nome da tal "igualdade". Ou seja, a busca utópica de uma sociedade na qual todas as raças, culturas, etnias, "orientações sexuais" e religiões tenham o mesmo nível de vida, numa delirante igualdade, não de oportunidade, mas de resultados. É a ideologia em voga hoje no Ocidente, fazer o quê. Igualdade total, não de oportunidade ou perante a lei, mas de resultados. E nenhum esforço é medido nessa luta absurda. Mas tal igualdade de resultados não é possível. Tal "fim do racismo" e "sexismo" não é possível, pois o fato de negros, índios, mamelucos e cafuzos terem em geral nivel de vida pior do que os brancos e asiáticos não tem NADA a ver com a escravidão, a opressão, ou o racismo brancos, assim como há uma explicação perfeitamente lógica para a diferença salarial entre homens e mulheres que nada tem a ver com o "sexismo". As pessoas e as culturas e as etnias e os sexos são diferentes e têm interesses diferentes e apresentam resultados diferentes, é apenas isso. E, salvo intervenção divina ou uma equalização forçada através da manipulação genética, ou então em um Estado Totalitário ao estilo de Harrison Bergeron, jamais serão todos de todo iguais. É isso. Se não acreditam, então esperem sentados pela igualdade, ou vocês irão cansar... No mais, a morte de fazendeiros continua, é como cantava o pacifista Nelson Mandela: "matem os Boer." Publicado por Mr. X. Surrupiádo do amigo LIBERESFERA ou LIBERTATUM

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