sábado, 25 de agosto de 2012

Folha escandalosamente petista.


                
     Dirceu Ayres

Hoje a Folha de São Paulo busca em 2004 uma consulta de Celso Russomanno para a Advogacia Geral da União, relacionada com o Banco de Santos. Nada de ilegal ou imoral. Aliás, se quisesse fraudar alguma coisa teria procurado algum ministro safado do PT. Nada nem perto do que Lula fez diretamente com o Banco Panamericano de Sílvio Santos, doando R$ 5 bilhões para um banco falido, beneficiando-se imediatamente com a cobertura do SBT no caso da agressão contra Serra. É escandalosamente petista a matéria da Folha. Leiam um pedaço da matéria: O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, que deu impulso a sua carreira política trabalhando pela defesa dos consumidores, procurou o governo federal em 2004 para defender interesses de uma empresa que deu calote em 110 mil pessoas e quebrou pouco tempo depois. A empresa chama-se Valor Capitalização e era controlada pelo Banco Santos, que foi à lona em 2004. A empresa e o banco estão em processo de liquidação judicial. Russomanno, que na época era deputado federal, levou à Advocacia-Geral da União uma proposta da Valor para que os bingos, fechados em fevereiro de 2004, fossem autorizados a vender títulos de capitalização. E, seguida, um colunista ataca a campanha de Serra, por ter usado o termo "bilhete mensaleiro", com uma análise grotescamente petista. Leiam abaixo. E entupam a ombudsman do jornal com críticas. Os grifos são do blogueiro. O exemplo de Marta Suplicy, que há quatro anos alegou desconhecimento após sua propaganda questionar Gilberto Kassab por não ser casado, José Serra alegou ontem não ter ouvido quando sua propaganda questionou Fernando Haddad pelo "bilhete mensaleiro".Foi um teste de agressão, limitado ao rádio, como de costume no Brasil. Serra e seu marqueteiro, Luiz Gonzalez, queriam responder ao bilhete único mensal lançado por Lula no primeiro programa de rádio de Haddad -e que voltou no segundo, o que indica ter ecoado bem no "tracking". Mas a reação foi excessiva. Entrar tão cedo com ataque tão direto não é bom sinal, para a campanha serrista. Avisa que, a depender do eco em suas pesquisas, ele se dispõe a recorrer ao mensalão, apesar de respingar em aliados seus, como o PR de Valdemar Costa Neto. Talvez não tenha mesmo alternativa. A agenda eleitoral de São Paulo, nestes seus primeiros dias, vem perdendo em atenção para a agenda judicial de Brasília, sufocada pelo apelo teatral dos embates no Supremo. Cedo ou tarde, como aconteceu duas décadas atrás, com o escândalo collorido invadindo a campanha municipal, as narrativas acabam se misturando. De fato, já são misturadas, nesta campanha. Haddad se apresenta como "o novo", foi escolhido por isso, mas não é apenas para se contrapor ao septuagenário Serra. Ele é novo em relação a José Dirceu, João Paulo Cunha etc.

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