Dirceu Ayres
O Brasil é um país que investe “pesado
em cultura”, tanto que chega a ser interessante. Que o diga certos escritores
de esquina, (Tipo) Truna Putistinha, Adriane Galisteu com seu memorável
best-seller "A mariposa voou" ou algo assim. Como já não me
surpreendo com mais nada leio, no G1, que a Doris Giesse, que perdeu seu
contrato com a TV Globo por ter declarado na revista Sexy que sua maior
fantasia era encarar 6 crioulos bem dotados de uma vez só, vai escrever um
livro sobre a sua queda do oitavo andar do Edifício em que mora. É um direito
dela, mas, pqp, se isso virar best-seller o mundo está perdido mesmo. Se ela
pode, nós também podemos. Preciso cair na real, tenho mais de quatrocentas
crônicas escritas sem nem uma ter sido publicada. Tinha um amigo de nome
Haroldo Miranda que trabalhava na Gazeta de Alagoas (Jornal) e sempre estava
levando e mandando publicar todos os Domingos os meus escritos. Agora meu amigo
se foi, está com o criador e eu não acho apoio para publicar nem uma
cronicazinha por pequena que seja. Uma senhora cai de um Edifício em que mora e
vai logo escrever um livro e quem sabe isso tudo vai dar certo, putz grilo, já
não sei e não estou entendendo nada. Ela tem um blog. E eu conheço. Nunca li
nada que tivesse a menor importância ou um soneto (ela gosta de fazer) que pelo
menos tivesse ou algum dia venha a ter rima ou algum sentido, como vou acreditar
que ela vai fazer alguma coisa que presta?. Mas a humanidade é mesmo
complicada. Veja a fama que a Bp (Truna Putistinha) alcançou contando às
relações amorosas que fez com os empresários, os casais, os Políticos e outros
que poderiam ser Padres, Pastores etc. e não podiam aparecer. As pessoas gostam
mais de coisas proibidas ou que possam gerar fofocas e dúvidas. Isso é a
chamada curiosidade humana que nunca se satisfaz, não é comensurável não chega
a ter mensurabilidade e ficamos meio perdidos. Certo dia eu perguntei em uma
tipografia como proceder para editar um livro e o dono me respondeu que só a
capa custaria cerca de cinco mil reais (5.000,00) e o livro dependeria de
quantas folhas e se teria gravuras. Parei e pensei: Putistinha e Geesezinha devem
ter patrocínio ou um amigo que ajuda, eu nem tenho e nem estou interessado em
“amigos” para me ajudar, vou ficar no banco de reserva até ou arranjar um
patrocínio ou o dinheiro para editar um livro. Sei que isso não chega a ser o
fim do mundo, nem é tão difícil, mais difícil tenho certeza, será arranjar quem
o leia. Como estou sabendo que as pessoas só estão lendo livros de auto-ajuda
ou pornografia não iria se interessar por um livro de generalidades ou de
crônicas do cotidiano de ninguém se não se interessaria pelo meu nem pelo seu.
O Governo que: “investe pesado na cultura” Não vai lhe ajudar, a secretaria de
cultura está muito mais ocupada com as denúncias de corrupção e com escolas
fechadas ou sem professores, como daria atenção a alguém que quer publicar um
livro?, Como se ele não faz parte de nenhum partido político?, Muito menos do
PT. É querer demais. Qualquer pessoa de bom senso diria logo que não é assim
que funciona. Se você é amigo do político pode até ser cozinheiro que não
importa, vai ocupar um cargo de diretor de um enorme banco estatal, uma firma
enorme como Furnas e ou tantas outras. A “chave” é ser do grupo, ou mesmo ser
somente político e ter voto para oferecer, isso deve bastar. Assim vai editar,
fazer, imprimir livros até a hora que não tiver mais. Isso deve ser o que eles
chamam de Politicamente correto. Vou aguardar o Blog da Maria Betânia que o
Governo vai financiar 1.000,000, 00 para fazer poesias. Blog rico!!!.
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