sexta-feira, 1 de março de 2013

Dona de 3,5% do Itaú e com fortuna estimada em R$ 5 bilhões, a "socióloga" Neca Setúbal não tem nada de sonhática.



     Dirceu Ayres

A colunista Juliana Duailibi faz meio jornalismo na sua coluna, no Estadão. Em nenhum momento entrevista a banqueira sobre a "Rede" de Marina Silva, nos enfiando goela abaixo a socióloga. Leia abaixo. A socióloga Neca Setubal, integrante da Rede, partido criado pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, admite que o projeto tem uma “dose de utopia”. “Se não tiver, você não muda, faz sempre a mesma coisa.” “Estamos apostando. Pode ser inviável fazer de outra forma. Mas, para mim, uma das grandes contribuições será mostrar que é possível fazer de uma outra forma. Será uma grande referência, independentemente de ganhar ou perder a eleição”, disse. Leia abaixo trechos da entrevista. Por que a sra. resolveu entrar no projeto de fundar um novo partido? Na campanha de 2010, eu me envolvi bastante também. Estava super envolvida, publicamente envolvida. Realmente, a primeira vez foi em 2010, mas o meu envolvimento é porque eu acredito nesta proposta, acho que é uma proposta que faz sentido para os princípios em que eu acredito, como a questão da sustentabilidade, da ética, da Justiça social. São três pilares em que eu acredito. Então, para mim, é trabalhar em função de uma utopia de um País, de uma sociedade, é caminhar nesta direção. E, com a Marina, há uma identidade muito forte entre nós duas. A Rede não adota uma postura ingênua em relação à política brasileira? O grupo já é chamado de “sonhático”… Eu acho que tem uma dose de utopia mesmo, porque, se não tiver, você não muda, faz sempre a mesma coisa. Mas eu acho que, embora tenha uma dose de utopia, é uma utopia que tem muita gente, muitas pessoas que estão falando: ‘É isso mesmo, vai por aí’. Eu acho que existe uma grande sustentação na sociedade, diferente da política (tradicional). Também é o seguinte: estamos arriscando. Estamos arriscando pensamento, uma série de coisas. Estamos apostando. Pode ser inviável fazer de outra forma. Mas, para mim, uma das grandes contribuições, será mostrar que é possível fazer de uma outra forma. Será uma grande referência, independentemente de ganhar ou perder a eleição.É possível fazer uma diferença e que é possível batalhar por isso. Há espaço no País para esse tipo de alternativa? Vamos ver. Claro que é um risco. É um risco. Não tem modelo. Mas, se fosse para ter um modelo e não ter um risco, não precisava nem de um partido, entrava num outro partido já existente. Eu acho que a contribuição é isso, sair todo mundo da zona de desconforto, porque eu acho que já está até acontecendo nos outros partidos. E trazer para o debate uma outra perspectiva.

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