terça-feira, 11 de janeiro de 2011

EU OUTRA VEZ

Tem gente que perto a mim            DIRCEU AYRES
Não gosta do que eu escrevo,
Eu não gosto de seu soberbo;
Minha vida é mesmo assim.

Vou escrever sempre sim
Nessa vida é meu tempero,
Não suporto o desespero
E ver quem gosta de mim.

Não saio, nem pra passeio!
É uma vida sem qualidade,
Pensando, só tenho saudade!
Nem da morte tenho receio.

A vida que estou levando
Nem o Diabo a levaria,
Espero que algum dia
Devagar vá terminando.

Se passar essa agonia
Que estou sentindo agora
Juro por nossa Senhora
Vai melhorar o meu dia.

A vida que suportei,
De menino até adulto
Com respeito eu reputo
Vida que eu não gostei.

Ou vidinha condenada
Essa que estou levando
Pela morte esperando,
É escrever e mais nada.

Depois que eu adoeci
O dinheiro escasseou
Amigo se evaporou
Escafedeu-se, não vi.

E velhos amigos meus,
Esqueceram-se também
Já não vejo mais ninguém
E filho, desapareceu.

Pai é Pai em qualquer parte
Toda hora é de alegria
Todo ano em qualquer dia,
Não desconheça esta arte.

Em hora de uma precisão
É que se mostra o amor
Como Sr. Jesus ensinou
Não deseje a excomunhão.

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