terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O CONQUISTADOR.

                                               DIRCEU AYRES.
Eu, Jumento Pai d’égua;
Amando moça tão pura,
Minha vida que era escura
Pra ela, eu corria as léguas.

Fazendo sempre um amor
Com uma Jovem gostosa,
Nem tanto por ser formosa,
Mas, com ela não tinha dor.

Gata manhosa, bem faceira
Quando olha os homens gritam,
Uns elogiam, outros criticam,
Tudo isso é uma besteira.

Carregar sempre essa dor
De ser amante escondido
Embora sempre sentido
Lembrando sempre amor.

Não sou mais conquistador,
Nem consigo me esquecer
Dos tempos que com querer
A amava com muito ardor.

Mesmo assim to satisfeito
Pois essa vida vai levando,                   
Continuo a ela amando
Agora não tem mais jeito.

Pendurado à minha cruz
Terei gostado dessa vida,
Vou esquecendo a ferida
Que meu coração produz.

A mente tem as lembranças
Das garotas que eram formosas
Mesmo sem serem gostosas,
Eram minhas conchanbranças.

Assim conto minha estória
Que eu vivi há tanto tempo,
Pra esquecê-la não agüento
Essa estória é bem notória.

Aqui eu vou dar um passeio
Do jeito do conquistador
Más por ela que ainda estou
Esperando com receio.           .
          
Mais quando tiver partido
Desse mundo que é insano,
Nunca mais cometo engano
Não serei mais distraído.

Na terra da luz dourada
Serei muito bem recebido,
Serei também um escolhido
Pra continuar minha estrada.

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