terça-feira, 1 de março de 2011

AQUÍ O PALHAÇO SOMOS NÓS

Dirceu Ayres
Para que o cidadão comum entenda o jogo político no Brasil, precisa fazer um curso de ''Teoria da Conspiração'' na CIA, e um curso de ''Investigação da Vida Privada'' na KGB. Num país onde a mentira e a impunidade fazem parte do cotidiano da vida pública, a falta de vergonha torna-se algo normal. É triste, mas uma grande parte do povo não sente mais nenhuma indignação com os desavergonhados. Só mesmo num país onde o ilícito é uma rotina, é que podemos ouvir calmamente tanta mentira. A senadora Marta Suplicy (PT), que certa vez aconselhou o povo a ''relaxar e gozar'' nas filas dos aeroportos, também fez outra declaração que nunca foi novidade para ninguém: ''Política é uma coisa muito suja. '' Todo mundo já sabe disso há muito tempo. Todos sabem que vocês não prestam. A maioria dos senadores, deputados e políticos dos partidos que supostamente deveriam ser oposição, nunca foi oposição de nada. Oposição para eles sempre foi uma agregação vantajosa ao executivo. Como o eleitor não vislumbra a oposição, vota na demagogia governamental. Logo no começo desta nova legislatura no Congresso Nacional, o cidadão já sentiu o que vem aí pela frente, com a formação do bloco suprapartidário chamado ''Queremos levar vantagem em tudo''. Diante disto, a única pergunta que tem sentido é a seguinte: ''Para que serve, ao cidadão, o Congresso Nacional? Afinal de contas, para que serve esse Congresso que nós temos? Se o poder do voto que lhe concedemos é usado como moeda de troca junto ao governo, com o único objetivo de conseguirem vantagens pessoais? Nada é feito por eles para beneficiar o povo que os elegeu. Suas únicas preocupações são com o seu conforto, os seus vencimentos e a sua perpetuação no poder. Já aumentaram os seus vencimentos, vão construir um imenso anexo, e votar uma lei eleitoral que lhes favoreça. A nossa vontade não importa. Até aquela nossa tão desejada Lei da Ficha Limpa foi mexida para atender interesses particulares. O eleitor e mesmo o maior otário desse pais, elege um deputado, com um salário de R$26.700,00, ajuda de custo de R$35 mil, moradia R$3 mil, auxilio gabinete R$60 mil despesas medicas pessoal e familiar ilimitada e internacional , bem como telefone celular. Passagens em primeira classe, passaportes diplomáticos e reuniões no exterior para congressos ou equivalente visto, além da aposentadoria com apenas 8 anos de mandato. E a pior de todas as compensações, não precisa dar satisfações de seu trabalho para quem os paga, os patifes eleitores. Depois o Tiririca e o palhaço?

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