sexta-feira, 11 de março de 2011

TRABUCO DO DIRCEU

                                          Dirceu Ayres
Falei com o Dirceu Ayres
Que mais parece seu avô
Que anda meio caduco,
Como estava seu trabuco
Ele então me confessou:


A mão do tempo roubou
Prazeres e sensações
Não tem mais aptidões
Para transar como outrora.
O trabuco hoje namora
Dois pelancudos culhões.


Eles eram dois ovinhos
De cor de rosas e bonitos,
Hoje sendo tão raquíticos
Já não são tão bonitinhos.
Estão velhos maltratados
São pelancas engilhadas
Ninguém vai achar bonito.


Deitado em cima do couro
Ta um trabuco cansado
Lembra tempo trabalhado
Era considerado de ouro.
As moças já o conheciam
Como ouro trabalhado
Pegava-o com tal cuidado
Que todo o sangue fervia.


Hoje resta a esperança
De o trabuco ter escada
Mesmo usando tal Viagra
Ter coelhas pra matança.
Já serviu como charuto
Ou um picolé de caju
Com roupa ou estando nu
Com trabuco tem festança.

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