quarta-feira, 20 de abril de 2011

EU E O VAQUEIRO

                                          
                                               Dirceu Ayres
Certo dia na Fazenda, num daqueles dias cinzentos que pensamos que vai chover e só temos o ar abafado, conversava com meu vaqueiro Sebastião, sobre as coisas dessa vida. Muito principalmente sobre mulheres que estão fazendo uso indiscriminado do silicone. O Basto, cabra novo ainda com seus quarenta anos de idade, cabra meio namorador embora casado e com três filhos sendo uma menina e dois meninos, o vaqueiro tinha compleição física avantajada e uma cara de bom moço, tinha um defeito desgraçado. Quando bebia queria atravessar parede não conseguia se fixar na cama, era colocá-lo e ele despencava pro chão. Porém quando se tratava de curar um animal com alguma ferida, um úbere com mamite não se encontrava ninguém com tanta habilidade. Caminhando parecia um Jonh Waine desarmado embora meio desengonçado, pergunto qual a namorada do dia, agora lembrando um caubói manco caminhando em direção a estribaria RESPONDE... Hoje não tenho ninguém. Lembrei-me de um dia em que ele estava assim (sem ninguém) e no caminho da mata alcançou uma mulher já bastante estragada pelo tempo ou o trabalho pesado no campo e o peso da idade depois de uma ligeira conversa, ele a levou pra dentro do mato e zapts. O que eu queria que ele entendesse (pois em uma conversa simples seria mais fácil se atualizar) o porquê de minha conversa, isso por falta de um outro assunto, era que em uns 40 anos nós teremos milhares de velhinhas andando por aí, cheias de tatuagens, tatuagens e pircing Vai ser muito engraçado mesmo, as velhinhas ficaram manchadas como dálmatas, brancas com manchas de Dragões (tatuagens) de cor escura ou uma tatuagem de águia ou uma de um Jacaré nas partes genitais, isso vai dar muito que falar ou vão achar muita graça. Sem contar que os peitões ou mesmo peitinhos estarão inteirinhos por conta do silicone... Já posso até ver as velhinhas bastante rebentadas mais com o tórax e seus peitinhos bem duros, vão ficar igual um balão murcho com uma coisa dura dentro... Isso não é o pior,... O pior será um monte de velhinhas com o corpo todo murcho, cheio de pelancas dobras, peles enrugadas e o seu corpo com uns desenhos nossos conhecidos, sem contar os piercings e/ou seus furos. Que miséria eu pensava, más como passar isso para o Vaqueiro?, Eu queria conversar e ele sempre foi e continuava sendo um homem de alma ignara, poderia dizer que era um sujeito muito bronco para minha paciência. É, nem com todo jeito do mundo eu iria fazer aquele vaqueiro entender da verdade do que eu estava falando. Mulher pra ele era bastante que fosse mulher, às vezes acho que ele só não pegava Rádio porque dá choque. Um bom amigo, mas em se tratando de mulheres... Não importava que fosse velha, nova, jovial ou menina... Para ele bastava que fosse uma fêmea, passava nas “armas”. Agora que ele se chama saudade, pois Deus resolveu leva-lo para sua companhia precisando que deve estar de alguém que tire leite nas vacas do Paraíso, ninguém melhor e mais habilitado do que Sebastião Vaqueiro para deixá-lo muito feliz com o trabalho o problema seria somente cuidar de mandá-lo ao jardim das onze mil virgens, aí o senhor de todos os mundos vai ter uma mão de obra bem inconveniente.

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