quarta-feira, 4 de maio de 2011

APRENDIZ DE PICARETA


                                                 Dirceu Ayres
Vai longe o tempo em que não precisava ter malícia. Hoje basta conhecer uma pessoa para ficar com os cabelos em pé. Mas a experiência adquirida ao longo da existência ajuda muito para que possamos fazer um juízo de valor. Gosto de observar pessoas que às vezes parecem querer demonstrar uma dureza incomum. Na verdade: dureza doentia – pessoas que tentam mostrar a maneira durona de ser. Tentam serem duronas resistentes as surpresas e os imprevistos da vida. Eu diria que querem parecer fortes e resistentes, más, a única coisa que conseguem demonstrar é uma falsidade enorme até com as pessoas que com eles trabalham imaginem aquelas que com eles convivem! Precisam de um mínimo de alimento para o corpo. Para a alma, nada. Calor humano, dedicação, amor, delicadeza, ou seja, lá o que o ser que vive nos padrões normais diz precisar... Ele não precisa. Parece viver em uma espécie de espera permanente, talvez dando uma forma cilíndrica e escorregadia a sua estrutura para ninguém se apoiar e não oferecer ao mundo externo e as pessoas que o cercam a menor superfície e o menor apoio possível para que alguém que queira se segurar, não consiga. Com a pele lisa e dura, nada deixa fluir de si mesmo e também fica impossibilitado de receber. Parece ser ou estar cego, surdo e mudo para as pessoas e para o mundo. Esqueceu que o ato de recolher os braços para não dar, fica sem “ferramentas” para receber, pois os mesmos braços usados para doar são os mesmos que usamos para receber. Por fim cheguei a uma conclusão: são aprendizes de picaretas que temendo ser descoberto, ou que possamos saber suas intenções, conseguem viver dessa maneira. Falsos, mentirosos, sem vida, sem conteúdo interior e ainda levam a desvantagem de serem covardes. Arrasta-se na lama de certa parte da humanidade. Só produzem o negativo, e, todos os dias santificados de Cosme e Damião, como para tirar de si um pouco da desgraça que carrega, levam como oferenda aos santos meninos, muitos confeitos, muitos bombons e uma grande quantidade de doces. Espero que antes de alguma atitude das autoridades, eles consigam que Deus os mande para o ORIENTE ETERNO. Assim a humanidade ficará livre de animais tão desgraçados e seres de comportamento falso, mentiroso e sem poder ter confiança em alguém que age como eles. De minha parte continuarei zelando pelas gatas que comigo convívem e com toda certeza elas estarão cuidando de mim. Sem falsidade, sem mentira e só amando que é bom para a saúde humana principalmente a minha que já sou idoso.

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