sexta-feira, 13 de maio de 2011

O TEXTO

                                                        Dirceu Ayres
É, seria preciso boa vontade para mudar certos costumes, inclusive os de linguagem. O nosso Português é de uma riqueza extraordinária e segundo os Estrangeiros, é muito difícil para se aprender. É pena também que a metáfora, esse maravilhoso recurso da linguagem que confunde o real ao simbólico, não seja apreendido pelas pessoas, em época de globalização, internet e comunicação fácil. Existe uma tendência quase geral em se acreditar em tudo, ainda mais se o autor do texto tiver algum título, algum pronome de tratamento, mesmo sendo um Professor não tão competente. É triste a constatação de que talvez tenhamos chegado a um ponto de tensão que impede a leitura leve. Nesses tempos ditos politicamente corretos, temos que ter cuidado especial com piadas. Mesmo com piadas assépticas. Desacostumados a usar o racional na separação do real do imaginado, o leitor, confortável em sua poltrona, fica esperando a explicação para, talvez, lançar um sorrisinho no canto dos lábios. Mais tenho uma saída que se diz, Politicamente correta!, É pedir o extraordinário...Perdão. Sim o Perdão. Os controladores de vôo pedem perdão. O Rabino Sobel pede perdão e já que: “perdão foi feito prá gente pedir”. Aproveito para pedir perdão tão em moda, pelos meus erros, coisas mal entendidas e até pelos meus inimigos. E se, além dos erros já cometidos, também for possível abrir uma poupança de Perdão, melhor ainda, estou nessa, vou abrir uma conta de Perdão. Para se escrever um famigerado Texto, não precisa dizer que é preciso muito cuidado pois os feitores das obras feitas estão à espreita. Se você bobear vão queimar o seu “filme” É uma desgraça, mais eles não são capazes de fazer nada, pois nada escrevem e nada produz, são muito bons para criticar o que as pessoas fazem. Que interessante! As pessoas que nada fazem ou não sabem fazer e ainda tem os que sabem mais a preguiça atrapalha e não faz nada, só atrapalham, é uma espécie de peso morto na vida e nas letras. Peso de inteligência morta, de coragem morta, é achar uma maneira de acreditar, ter fé, fé de mais ou fé de menos, não atrapalha, só continuará (fedendo, digo...Lutando) lutando porque sabe de um velho provérbio que diz: “A alma amadurece com a idade e com o sofrimento”. Passará até vergonha se preciso for, mas não deixará de lutar pelo seu maravilhoso texto. O texto sofrido, maltratado, sem metáforas, sem disse me disse, até sem subterfúgios, mais tentará escrever seu querido, sofrido e tão amado texto. Assim é a vida, com ou sem sofrimento continuará escrevendo tudo que lhe vem na cabeça e com coragem de escrever, sem preguiça ou artimanhas. Tentará ser um escritor autêntico, sem a malandragem que costumam usar quando se escreve alguma coisa que se pretenda que seja lido...Aleluias. Aprendí muito jovem que alguem disse:Ao contrário do xadres a vida continua após o xeque mate”. Não vou deixar de escrever. É difícil, mas ruim mesmo é achar alguém que queira se dar ao trabalho de ler.

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