quarta-feira, 1 de junho de 2011

ACABOU A PARCERIA DE PT E PGR PARA NÃO INVESTIGAR AÉCIO NÉVES

                                                         Dirceu Ayres 

Acabou a velha e profícua parceria: PT entra na PGR para investigar "vida nababesca" de Aécio Neves. Nada como três dias depois do outro. Bastou Aécio Neves(PSDB-MG) virar o presidenciável tucano para cair por terra aquela velha amizade entre o PSDB mineiro e o PT, que tantas alegrias rendeu para Lula (Lulécio) e para Dilma (Dilmásia). Belo Horizonte, entregue por Aécio ao PT e ao PSB por estratégia estadual, já vai ter disputa. E agora o PT quer investigar a riqueza de Aécio, conforme informa a Folha, abaixo.Em meio à crise do governo no Congresso e ao enfraquecimento de Antonio Palocci (Casa Civil), o PT de Minas ingressou anteontem na Procuradoria-Geral da República com pedido para que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado por supostas sonegação fiscal e ocultação de patrimônio. O PMDB-MG subscreve o pedido. A representação acusa Aécio de ter "hábitos caros e pouco comuns à maioria esmagadora da população". Também cita que Aécio leva uma vida "nababesca", frequenta restaurantes de primeira linha, festas com celebridades e viaja em jatinhos, o que seria "incompatível com seus rendimentos".A assessoria de Aécio afirma que todos os bens do senador estão declarados e que seus hábitos são compatíveis com seus rendimentos. No Congresso, PT e PMDB têm se recusado a aprovar pedido para convocar Palocci. Conforme a Folha revelou, o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e o ano passado. A representação atinge um dos interlocutores de Palocci no PSDB em um momento de fragilidade. Após a revelação dos bens de Palocci, Aécio defendeu um comportamento "sereno" da oposição.Na ação, os deputados mineiros anexaram cópias da declaração de bens de Aécio, documentos sobre empresas de sua família e reproduções de multas de trânsito.Também há cópia de declaração de despesas de sua campanha com o aluguel de um jatinho da Banjet Táxi Aéreo, que ainda seria usado para fins particulares sem pagar nada. A empresa tem como sócio Oswaldo Borges da Costa Filho, nomeado por Aécio para presidir a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. Um dos autores da ação contra Aécio, o deputado Rogério Correia, líder do bloco PT-PMDB-PC do B na Assembleia, disse que o caso é "mais grave" que o de Palocci pois o primeiro "era governador quando enriqueceu".

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