sexta-feira, 24 de junho de 2011

OS MINISTROS DO SUPREMO

    Dirceu Ayres

Dos ministros que libertaram Cesare Battisti, só Marco Aurélio Mello nomeado pelo primo Fernando Collor de Mello ─ não deve a toga a Lula. Os outros cinco chegaram ao Supremo Tribunal Federal pelas mãos do palanqueiro itinerante. E nenhum escapou da sabatina decisiva com Márcio Thomaz Bastos, advogado e amigo de Lula antes e depois da passagem pelo Ministério da Justiça. Desde janeiro de 2003, cumpre a Márcio verificar pessoalmente se o chefe pode confiar no candidato, mesmo se indicado por padrinhos influentes. Coube a Frei Betto, por exemplo, apresentar Joaquim Barbosa ao presidente interessado em nomear um jurista negro. O nome de Ricardo Lewandowski foi soprado ao marido por Marisa Letícia, que havia sido vizinha da mãe do doutor em São Bernardo e vivia ouvindo referências elogiosas ao filho sabido. Ayres Britto nem precisou de protetores: o presidente o conhecia desde 1990, quando tentou eleger-se deputado federal pelo PT de Sergipe. Carmen Lúcia ganhou a vaga porque o chefe do Executivo resolveu que o STF precisava de mais uma mulher. Luiz Fux, oficialmente nomeado por Dilma Rousseff, já estava escolhido quando o governo começou. Sempre depois de submeter o favorito à triagem de Márcio Thomaz Bastos, Lula incluiu em seu legado a vaga reservada ao candidato de Sérgio Cabral. Numa das mais lastimáveis sessões da história do Supremo, os cinco, apoiados por Marco Aurélio Mello, transformaram o presidente da República no único e incontrastável árbitro de pedidos de extradição. Parece não fazer sentido. Mas faz. AUGUSTO NUNES e GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS PALÁVRAS DO SEBENTO (LULA51) EM 1988 "No Brasil é assim: quando um pobre rouba, vai para a cadeia, mas quando um rico rouba ele vira ministro." (Sebento, o "eterno candidato" disse isso em 1988) Taí o Palocci, o Dirceu, e a Erenice que não deixaram o Sebento mentir. E não é que "O CARA" já estava avisando aos eleitores que os batedores de carteira iriam virar ministros no governo dos ratos vermelhos e ninguém se tocou? Hoje, nós eleitores não podemos reclamar quando vemos a bandalheira coletiva promovida pela classe política do Brasil. O Sebento também disse que no congresso havia 300 picaretas. Apesar do "aviso" continuaram votando neles. Uma parte do povo tem memória curta, para a outra, existe o GOOGLE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário