quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Alvaro Dias aponta irregularidades no Ministério do Trabalho.

                      
       Dirceu Ayres

Da Redação / Agência Senado O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou ao Plenário nesta segunda-feira (28) um Termo de Compromisso de Doação assinado no dia 6 de agosto de 2007, que ele classificou como "prática ilícita documentada". Nesse documento, o presidente de um sindicato do município de São Vicente (SP), João Carlos Cortez, assume o compromisso - com certidão expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, publicada no Diário Oficial da União - de doar à Força Sindical 10% do Imposto Sindical referente ao ano de 2010. O valor, conforme o documento apresentado pelo senador, "será diretamente repassado até o mês de agosto do mesmo ano (2007), a título de doação". Álvaro Dias apresentou um segundo documento com o mesmo teor, mas com o percentual da doação alterado para 30%, no exercício referente a 2008. Num terceiro documento, a doação ficou estabelecida em 20% para o exercício de 2009. - Isso é um acinte, é uma afronta, é a documentação da corrupção - exclamou o senador. Álvaro Dias afirmou que, com esse tipo de expediente, o Ministério do Trabalho "se transformou numa fábrica de sindicatos". - Foram 1.457 cartas sindicais registradas em três anos e com mais de duas mil em curso, tramitando para o seu registro definitivo. O que não se entende é como o ministro continua ministro. O que não se compreende é como a presidente Dilma não toma nenhuma providência - disse. Comissão de ética do governo quer Lupi fora do Ministério. Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou, por unanimidade, nesta quarta-feira (1º) à presidente Dilma Rousseff a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O grupo decidiu ainda aplicar uma "advertência ética" ao ministro. A advertência se aplica quando o servidor ainda está no cargo - quando já deixou o cargo, é "censura ética" - mas não tem efeito prático. Representa uma "mancha" no currículo do advertido. A assessoria do Ministério do Trabalho informou que o ministro não irá se manifestar enquanto não tomar conhecimento do inteiro teor da decisão da comissão. Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações dadas por Lupi às denúncias apresentadas na imprensa no último mês foram "insatisfatórias". Pertence disse que "nenhum fato em especial" motivou a decisão da comissão. "Ele apresentou a sua defesa e a comissão entendeu que ele não tinha se explicado sobre toda a base das acusações", disse. Por meio de nota, a comissão declarou que o caso de Lupi "trata-se de suposto desvio ético" revelado em reportagens na imprensa. BLOG DO MARIO FORTES.

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