sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SONHO DE UM POETA

                                                                    
Quem me dera que eu fosse um poeta
Que dons perolados se aflorasse
Com forma, forte, fina eu ficasse,
Perfeitamente forte e com estética.
Seria como se em mim germinasse
Orquídeas fechadas, herméticas.
Criaria Poesias não patéticas
Versos que com amor eu dominasse.

Que os versos que eu fizesse fossem lindo
E que a posteridade que o herdasse
Decorasse, amassasse e recitasse!
De um modo sutil e nunca findo.
Que grandes Vates quando lessem
De pronto, logo os decorassem!
Não importa o tempo que levassem
Importante que jamais os esquecessem.

Que em todas as línguas os traduzissem
 Mortas, ou vivas, também os dialetos,
E meu nome ficasse entre os seletos
Poetas que nessa terra existissem.
E esses Poetas que os versos vissem
Ao declamá-los eles se emocionassem
E até emocionados eles ficassem
Contagiando a todos que os ouvissem.

 Futuro ou passado eles alcançassem,
Pois milhares de séculos já distantes
Poemas de Homero e até Cervantes
Clássicos que eles comparassem.
Então eles humildes se emocionassem
Ou contasse como antigas musas cantam
Poemas que ouvindo se encantam
Fazendo citações que os inebriassem.

Que poemas de amor que eu fizesse
Transmitisse emoções e eles sentissem
Quando lendo, ensinando até ouvissem.
As emoções que sempre tive, eles tivessem.
Se minh’alma fosse eterna não partisse
Dessa vida, dessa terra e eu vagasse.
Até o fim dos séculos eu penasse,
O anjo a declamar meus poemas eu ouvisse.

Quando outras almas eu encontrasse
Almas de antigos vates e houvesse
Encontrado meus versos e estivesse
Com bons sentimentos e os amasse.
Com sabedoria me ensinassem
Homens de ciências também leram
Mostraram a fonte onde beberam
Os antigos também se estimulassem.        

Mas se com outra vida aqui eu viesse
Por ironia o Destino me trouxesse
condições propícias que eu houvesse
De estudar cedo e depois trabalhasse.
Pois os erros que eu cometesse
Como agora os tenho cometido,
Não seria reincidente empedernido
Ou os castigos novamente eu recebesse.

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