Dirceu Ayres
Vi na rua uma bela moça
Cabelos loiros assanhado
Corpo bem delineado,
Tudo nela era arrumado
Camisola bem decente
De fazenda transparente
Cabelo meio amarrado.
Pois ela quando me viu
Ficou me tartamudeando
Não estava nem falando
Prá ela o mundo caiu.
Com perna bem bronzeada
Com finura e bem decente,
Nádega proeminente.
A moça olha prá gente
E diz, meu mundo faliu.
É que eu não tinha visto
Que a moça era formosa
Cabelo com cacho, lúbrico,
Bem corada ou cor de rosa,
Com sorriso bem brilhante
Um corpinho exuberante,
Era uma mulher mimosa.
Com cerca de quinze anos
Era uma mulher tão bela,
Esqueci sessenta anos
E me apaixonei por ela.
Tomei logo a decisão
Do fundo do coração,
Eu vou me casar com ela.
Ela me amou de fato
E queria muito bem,
Eu nunca seria ausente
Seria seu grande bem.
Com olhar apaixonado
Sentia-me compensado
Amar-me até no além.
Um amigo “Malaquias”,
Notou logo num instante
Viu que amigo não devia
Fazer parte desse lance,
Por experiência já sabia
Pois parar ninguém podia
Um verdadeiro romance.
O ano que foi chegando
Com namoro acontecendo
Amor na cama ardendo
Prá o destino era amando.
O Pai dela apareceu
E eu que fui procurá-lo
Pediu-lhe a mão; ele deu.
Hoje que eu vivo com ela
Alegria em nos campeia
Seu cabelo despenteia
E eu faço a alegria dela.
Branca, menina, mimosa,
Ser bela e ser tão formosa
Tem um jeito próprio dela
Não chega a ser trabalhosa.
Aqueles seios bonitos
Empinados para o rosto
Eu beijo com muito gosto
Fico até meio esquisito.
Sua pele tem alvura,
É limpa e seu gosto é mel,
Possuí-la é ir pro céu,
Ela transmite ternura.
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