DIRCEU AYRES
Atendendo pedido de amigos e pessoas que gostaram desses escritos estou repetindo.
Como se não bastasse viver assustado com enfarto, morte súbita, Aneurismas e outras doenças que surgem na velhice e com o peso da idade. Principalmente com a idade avançada; muitos homens vivem com uma terrível preocupação como o de uma consulta com o Urologista Pois seria de se perguntar: você se sente bem após uma consulta médica hoje em dia? Estou falando de uma consulta normal com um médico normal. E destas normalidades!!!Tiro fora, preventivamente, o urologista e o toque prostático, que contraria tudo que de moderno existe hoje na Medicina. Porque às vezes penso... Um urologista não pode ser normal. Deve ter alguma inclinação de sadismo. Sentir como você é por dentro, ainda que numa pequena glândula próxima ao seu orifício retal, exige uma dedicação no mínimo esquisita. Não é normal viver de enfiar o dedo nos anus de homens, numa época em que tudo é diagnosticado através de exames sofisticados, de raios de todas as espécies, ondas curtas e longas, médias, intermediárias e tropicais, ressonâncias magnéticas, ecografias fotos internas do corpo, exame de sangue e os cambaus. Para examinar suas coronárias, bem mais estreitas e lá no alto de seu tórax, enfiam um cateter pela virilha que chega ao coração e, se preciso, imediatamente colocam um stent para corrigir alguma eventual obstrução. Para examinar sua próstata metem prosaicamente ou prazerosamente o dedo naquilo que é torto, mas chama de reto.
Há alguns anos, era diferente. Você relatava os sintomas, o médico fazia as perguntas clássicas para tentar identificá-los no quadro de doenças, auscultava seu coração, seus pulmões, depois o deitava numa maca e apalpava seu abdômen numa exploração minuciosa de algum órgão dolorido, sentia o calor e a cor de sua pele e dava algumas pancadinhas com os dedos juntos para sentir o som ou o eco do seu corpo. Fazia o que hoje se chama de Anamnese. Conheci um Médico que espalmava a mão sobre seu estômago e fígado e tamborilava sobre seu corpo com o dedo médio procurando algum som estranho ou indicativo de doença. Mesmo que você tivesse ido lá apenas para tratar de uma unha encravada. Hoje não. Você vai ao gastroenterologista com uma persistente dor na “boca do estômago”, espera uma apalpadela, uma apalpadela para ele sentir e identificar o local exato, mas não adianta. O consultório não tem nem maca, mas fica escrevendo durante mais de hora sobre sua vida, seus antepassado, as doenças que seus parentes antepassados tinham ou tiveram. Na última consulta, perguntei se deveria deitar na escrivaninha, apesar de ocupada com papéis, canetas e o micro computador. Ele disse que não precisava e me chamou de gozador. E eu estava falando sério... Saí de lá com uma requisição para endoscopia e outra para uma ecografia abdominal alta... Senti-me desprezado, diminuído, reduzido a uma coisa sem especificação humana. Para surpresa minha e do Médico, deu tudo normal. O médico é a única pessoa que pode apalpar você sem receio de qualquer comprometimento emocional e isto vale para ambas as partes, pelo menos em situação normal. Senão a consulta parece incompleta e você sai do consultório mais inseguro do que quando entrou. Exceto, como ressalvei no início, os urologistas. E falo de cadeira porque já estou na casa dos setenta 70. Digo, dos 70 anos, Ops. Não dos 70 exames. Se fosse de 70 exames já estaria desconfiado de mim mesmo. Agora ando desconfiado que alguns Pacientes que costumam mandar seus advogados entrarem com processos contra Médicos dessa especialidade, penso que pode ser que estejam sentindo falta de algumas apalpadelas, ou mesmo do famigerado exame. Como setentão, sou um otimista cético que tem por lema "nada é tão ruim que não possa piorar, acreditem!". Imaginem quando as coisas para alguns são consideradas boas. Às vezes penso que eu deveria subir uma montanha alta e lá ficar uivando como um lobo. Outra hora eu estaria pensando que não sou uma árvore e não tenho raízes fincadas ao chão, posso me movimentar, mas não tenho tomado nenhuma atitude e nada faço nem estou fazendo para mudar situação nenhuma. Que Diabos. Nasci com uma terrível alergia a homens, só de pensar que vou estar perto... Dá-me coceira, sai perebas pelo corpo todo, me sinto mal, imagine que até meu lado feminino nasceu e continua sendo “LÉSBICO”, imagino que na vida intra-uterina eu já lambia meus próprios dedos assim como lambi os dedos da Parteira, parece que já vivia numa faze de degustação oral intra-uterina. Pensando assim acredito que não iria arrumar a cama com a casa pegando fogo. A pergunta agora seria, como vou mudar meu eu depois de ser um chato setentão?.
Há poucos dias estava lendo sobre PALEONTOLOGIA, dei de cara com a notícia abaixo:
Sexta 30 de novembro de 2007, às 10h40.
“Hominídeo pré-histórico tinha “harém”, diz estudo”.
“Um parente pré-histórico do homem moderno, o Paranthropus robustus, que viveu há cerca de dois milhões de anos, mantinha "haréns", em que um macho dominante controlava um grupo de fêmeas, segundo um estudo publicado nesta semana pela revista Science. Segundo os autores do estudo, a diferença de tamanho entre machos e fêmeas dá as pistas sobre o comportamento sexual da espécie - essa diferença, conhecida como dimorfismo sexual, é associada no reino animal a uma estrutura em que um macho dominante rege um grupo de fêmeas, enquanto os machos menores, ainda não totalmente desenvolvidos, têm menos chances de se reproduzir.”
Ora, basta ler ou observar com certo cuidado e ficará sabendo que era algum antepassado ou parente meu, pois deste jeito é que fui criado e continuo mesmo da mesma maneira com meus setenta anos. Agora pense... Levar uma dedada para fazer um desgraçado exame que começa a aparecer em um exame de sangue (p.s.a.) e já deve existir Máquina com condição de efetuar esse tipo de exame, To FORA.
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