. Dirceu Ayres
Sabemos que todos os seres envelhecem más, precisamos envelhecer com dignidade, com certa alegria, com saúde, de bem com a vida e acima de tudo com muita dignidade. Envelhecer é obra da natureza, más as pessoas envelhecem sem poderem fazer nada, fracos, doentes e geralmente ou quase sempre expulso de casa pelos filhos. Que quando não querem ser incomodados, colocam em um asilo. Tudo isso é preciso mudar. Podemos fazer melhor. O Envelhecimento é o processo de desgaste da energia vital ao longo do tempo.O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. Esta tradicional definição tem sido desafiada pela sua simplicidade. No caso dos seres vivos relaciona-se com a diminuição da reserva funcional, com a diminuição da resistência às agressões e com o aumento do risco de morte. Rosangela Machado postula que no ser humano caracteriza-se por um processo biopsicossocial de transformações, ocorridas ao longo da existência, suscitando diminuição progressiva de eficiência de funções orgânicas (biológica), criação de novo papel social que poderá ser positivo ou negativo de acordo com os valores sociais e culturais do grupo ao qual o idoso pertence (socio-cultural); e pelos aspectos psiquicos vistos tanto pela sociedade quanto pelo próprio idoso (psicológico). Inicialmente foi postulado que o envelhecimento do ser humano seria o processo de deterioração dos sistemas com o tempo, permitindo assim a existência de filosofias “anti-envelhecimento” (onde velho é tão bom quanto novo, ou mesmo potencialmente igual ao novo) e mesmo de intervenções designadas a reparar ou impedir o envelhecimento. Em que pese que, à luz do conhecimento atual, o envelhecimento é um processo inexorável e irreversível. Vamos tratar aquí especificamente dos aspectos sociais, cognitivos, culturais e econômicos do envelhecimento. A biologia do envelhecimento será considerada em detalhe em um outro comentário. O envelhecimento é uma parte importante de todas as sociedades humanas, refletindo as mudanças biológicas, mas também as convenções sociais e culturais. A idade é usualmente e arbitrariamente medida em anos e, na maioria das sociedades, o aniversário de nascimento é considerado um evento importante. Também na maioria das sociedades é comum a negação do processo de envelhecimento e dos eventos a este associados. Muita energia, tempo e dinheiro são gastos exclusivamente para esconder os efeitos do envelhecimento, especialmente entre as mulheres. Dividindo o ciclo de vida A vida humana é freqüentemente dividida em várias etapas. Esta divisão é arbitrária, uma vez que todos os processos biológicos de modificação são lentos e progressivos – e muitas vezes coexistem uns com os outros, como o processo de envelhecimento e o de desenvolvimento, ambos se iniciando desde a concepção, se considerados todos os aspectos bioquímicos já conhecidos. Assim, a divisão da vida humana em períodos de um ciclo reflete fenômenos ou estados observáveis, mas padece de enorme variabilidade individual. Dada a influência cultural destas divisões, em algumas culturas, a divisão mostrada abaixo não reflete um dado homogêneo. Na maioria dos países ocidentais, a idade adulta se inicia entre os 16 e os 21 anos, enquanto é considerado idoso geralmente aquele com 65 anos ou mais. Há grande variação entre os países sobre com qual idade um indivíduo se torna legalmente um adulto. No Brasil existem questões como a idade mínima para o voto (16 anos), a obrigatoriedade do voto (entre 18 e 65 anos), o voto opcional (entre 16 e 18 anos de idade ou mais de 65 anos), bem como a maioridade civil (18 anos) e a maioridade criminal (21 anos), bem como a aposentadoria compulsória para servidores públicos (70 anos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário